domingo, 11 de outubro de 2009

Dia de Portugal...


De calculadora na mão, Portugal deu ontem um passo seguro rumo aos Playoffs que efectivamente irão decidir os últimos "passageiros" a aproveitar a "boleia" para a África do Sul.

Mais do que o Portugal-Hungria, houve um jogo que pode ter definido todo um apuramento. Falo precisamente do Dinamarca - Suécia que terminou com uma vitória dos Dinamarqueses fruto de um pontapé cheio de "alma" de Jakob Poulsen. Nunca os Portugueses festejaram de forma tão exuberante um golo Dinamarquês...

Uma hora e meia mais tarde, em pleno Estádio da Luz, Portugal cumpriu com a sua obrigação. Era escandaloso, vergonhoso e incompreensível se depois deste "brinde" Portugal não conseguisse vencer uma frágil selecção Húngara. O jogo começou bem, a um ritmo alto e com Portugal a comandar as operações. O golo aos 18 minutos por intermédio de Simão, foi apenas consequência do caudal ofensivo que Portugal vinha produzindo. Foi um golo determinante no entanto, não deixou de ter a colaboração do guarda-redes Húngaro -Portugal agradece!

Conseguido o primeiro golo, o resto da primeira-parte foi um autêntico "deserto de ideias". A Hungria acusou o 1-0, Portugal relaxou sobre o resultado e até ao intervalo não houve qualquer motivo de interesse no jogo (à excepção de duas ou três jogadas de relativo perigo da Hungria e muito por culpa da "insegurança" de Eduardo).

Na segunda-parte assistimos a mais do mesmo nos primeiros minutos. Portugal um pouco "adormecido" e a Hungria a querer fazer pela vida mas com limitações de ordem técnica bastante esclarecedoras.

O golo que viria a "tranquilizar" a selecção (no que diz respeito à incerteza do resultado final) foi conseguido por Liedson após brilhante assistência de Bruno Alves. O "levezinho" já leva dois golos em três jogos e, polémicas à parte, até que tem dado algum jeito nesta selecção "orfã" de Pontas-de-lança.

Minutos mais tarde e já perto do final da partida, Simão Sabrosa estabeleceu o 3-0 com que o jogo terminára, fechando com "chave d'ouro" uma exibição do ponto-de-vista individual bastante conseguida.

Neste jogo em que o colectivo teve, efectivamente, alguma dificuldade a se impor, houve a meu ver quatro individualidades que se destacaram por excelência. Em primeiro lugar foi Simão. O extremo Português que não vinha atravessando um bom momento de forma (sobretudo pelo Atl.Madrid) marcou dois golos, correu, assistiu e "brilhou". Sem dúvida um dos melhores em campo.
Quanto a mim e, ainda que num patamar exibicional inferior, acho justo destacar a excelente prestação de Pedro Mendes (a pergunta que neste preciso momento se coloca a Queiroz é: Porque razão só agora é que foi convocado?). Por fim, resta-me destacar a exibição produtiva e bastante combativa de Liedson e a performance do intratável de Bruno Alves, no eixo da defesa.

Enquanto que Liedson lá na frente marcou o golo da "tranquilidade", Bruno Alves bem cá atrás conseguiu anular todas as investidas Húngaras sem que por algum momento tenha cometido faltas.

Os "trunfos" estão agora nas mãos de Portugal e perspectiva-se que na quarta-feira Portugal entre em campo mais "à vontade" e apenas com olhos para a baliza adversária.

É este o "fado" Lusitano. Um começo "tremido", uma máquina calculadora na mão e um apuramento às custas de terceiros. Não me passa pela cabeça outro cenário que não seja o de uma vitória já na quarta-feira e, desta feita, resta apenas esperar por mais um momento de alguma fortuna a quando do sorteio dos Playoffs.


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