domingo, 31 de outubro de 2010

Coimbraaa...tem mais encantooo...vestidaaa...de azul-e-brancooo


E eis que o F.C Porto segue o seu trajecto triunfal, dentro e fora de "portas". Hoje, deparando-se com um autêntico "dilúvio" no Estádio de Coimbra, o F.C Porto "despiu o fato de gala" que vem usando vezes sem conta, para dar lugar ao "fato-macaco" e conquistar três preciosos pontos.

O relvado estava transformado numa autêntica "piscina", pelo que o habitual "tiki-taka" azul-e-branco era praticamente incomportável e a equipa, inteligentemente, soube contornar a situação.

Belluschi, quando tudo faria prever que não se adaptaria a este tipo de relvado (uma vez que se trata de um jogador extremamente tecnicista), deu o mote e antes de servir os seus companheiros de equipa fez questão de levantar a bola (tal e qual um autêntico jogador de futebol de praia).

Mas além de Belluschi há óptimos destaques individuais que devem ser feitos. Para começar, nada como atribuir "nota 20" à defesa, com particular destaque para o "intratável" Maicon e para um Sapunaru completamente mudado.

Sapunaru, que sob a orientação de Jesualdo Ferreira mostrava valor mas ao mesmo tempo alguma irregularidade (e, quiçá, alguma falta de "agressividade"), está um jogador diferente...para melhor. Esta época Sapunaru "forçou" André Villas-Boas a adoptar uma política de gestão e rotatividade no lado direito da defesa, única e exclusivamente por mérito próprio. Os seus níveis de combatividade, confiança e segurança têm progredido de jogo para jogo e convenhamos que não é fácil retirar (ainda que alternadamente) do "onze" um jogador como Fucile que ainda no último Mundial integrou o "onze ideal" segundo a prestigiada "Gazzeta Dello Sport".

Para além destes dois jogadores, toda a "fortaleza" Portista esteve em grande plano (permitindo apenas um remate à Académica na segunda-parte...e que para nossa sorte, até poderia ter resultado em golo).

Depois há que realçar a atitude e energia inesgotáveis de Falcao (que fez um jogo fabuloso), assim como a "arte" de Varela, o "herói da noite".

Num jogo propício a lances casuais, pragmáticos e porventura pouco vistosos, Varela não quis abdicar daquele que é um dos princípios deste F.C Porto -Jogar sempre bonito!

E foi assim que o "Drogba da Caparica" decidiu. De forma prática, eficaz mas com nota artística elevada, o extremo Português assinou um "golaço".

Apartir do golo o F.C Porto ainda desperdiçou uma grande penalidade (por João Moutinho que, como se sabe, anseia pelo seu primeiro golo ao serviço do F.C Porto...e que há-de chegar) e cerca de três boas oportunidades de golo por Falcao.

É com jogos assim que se fazem campeões. Uma alma inesgotável e uma sede de vitória que não mais tem fim.

Gostaria de atribuir uma última nota (positiva, pois claro) a André Villas-Boas que continua a ser pragmático mas a "calar" os críticos que tanto duvidavam do seu talento. Sem grande alarido e com conferências de imprensa discretas, o "mestre André" tem estado sublime. Que assim continue, porque esta semana há dois jogos no bem tratado "tapete" do Dragão e cabe ao F.C Porto dar espectáculo.

Resta-me apenas dizer que achei inconcebível a atitude do árbitro ao permitir que um jogo nestas condições se realize. Além de provocar um desgaste enorme, é propício a lesões (Fernando que o diga...), mas como todos nós sabemos estamos a uma semana de um jogo que pode decidir muito daquilo que pode ser o campeonato. Como tal, todas e quaisquer tentativas para enfraquecer o F.C Porto são de esperar.

sábado, 30 de outubro de 2010

Exibição qb, e magnifico Aimar

O Benfica somou esta sexta-feira a quinta vitória consecutiva na Liga portuguesa, ao vencer em casa o Paços de Ferreira, por 2-0. Na partida da 9.ª jornada da prova, os golos “encarnados” foram apontados por Aimar e Kardec.

Para a recepção aos “castores”, o treinador Jorge Jesus apresentou apenas uma novidade em comparação com a vitória do domingo passado, frente ao Portimonense. Com a recuperação de Fábio Coentrão, o técnico apostou na sua entrada para o lado esquerdo do ataque, passando Gaitán para o lado contrário do terreno. Carlos Martins não foi, assim, opção de início frente aos pacenses.

Foi o Paços de Ferreira a primeira equipa a criar perigo na partida, mas o guard
a-redes espanhol Roberto opôs-se muito bem a um remate de Rondon (6’). Depois deste pequeno susto, o Benfica, como lhe competia, assumiu as despesas do encontro e começou a criar boas jogadas de ataque. Coentrão (8’) e Saviola (12’) estiveram muito perto de abrir o marcador, mas foi Aimar quem celebrou no Estádio da Luz. Após um excelente trabalho individual sobre vários adversários, o médio-ofensivo argentino fez um golo de belo efeito (14’), colocando o Benfica a vencer, justamente, por 1-0.

E o futebol ofensivo e bonito dos “encarnados” continuou nos minutos seguintes. Aos 19 minutos, numa das mais belas jogadas do encontro, Coentrão combinou com Kardec e este cruzou para a conclusão de Saviola. O remate do argentino só foi travado por Maykon que evitou, assim, o segundo golo. Outro lance de belo efeito saiu
dos pés de Coentrão que, no entanto, rematou ao lado (24’).

O Paços de Ferreira, sempre muito fechado na sua defesa, apenas tentou incomodar o Benfica através de transições rápidas, mas Roberto foi segurando os remates mais perigosos dos pacenses.

O segundo tempo começou logo com um remate ameaçador de Fábio Coentrão (46’). O Paços procurou subir no terreno e durante uns minutos o espírito de grupo dos “encarnados” foi fundamental para controlar essa reacção do adversário.

Kardec sentencia
Uma falta sobre Fábio Coentrão na área pacense ditou uma grande penalidade e o consequente segundo tento das “águias”. É que o brasileiro Alan Kardec não perdoou na conversão do castigo máximo, dando outra tranquilidade à equipa (64’), marcando assim o seu primeiro golo na Liga portuguesa.

É preciso não esquecer que a formação de Jorge Jesus joga uma cartada importante na próxima terça-feira, dia 2 de Novembro, frente ao Lyon para a Liga dos Campeões, pelo que o segundo golo veio permitir uma melhor gestão do encontro por parte dos “encarnados”.

Até ao apito final, e já com o Paços a jogar com menos um (expulsão de Baiano), o Benfica ainda dispôs de um bom par de oportunidades para dilatar a vantagem, no entanto, o 2-0 manteve-se.

O Benfica conquistou, assim, justamente a quinta vitória consecutiva no campeonato nacional e sem sofrer qualquer golo.

O Benfica apresentou a seguinte equipa frente ao Paços de Ferreira: Roberto; Maxi Pereira, Luisão (Sidnei, 87’), David Luiz e César Peixoto (Salvio, 63’); Javi Garcia (Airton, 75’), Aimar, Gaitán e Fábio Coentrão; Saviola e Kardec.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Transparência? Verdade?...é só paleio...


O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o seu sócio e braço direito no grupo empresarial, Almerindo Duarte, são suspeitos de terem participado numa burla que prejudicou o Banco Português de Negócios (BPN) em 14 milhões de euros. A notícia é avançada pela revista "Sábado".

De acordo com a "Sábado", "na manhã de 30 de março deste ano, elementos da Polícia Judiciária e do Departamento Central de Investigação e Acção Penal fizeram-lhe buscas às suas duas casas (uma situada em Oeiras, outra em Corroios) e à sede do grupo Inland/Promovalor, que lhe pertence".

Os investigadores deslocaram-se ainda ao "Estoril, onde está localizada a residência particular de Almerindo Duarte".

A operação judicial está a "coordenada pelo procurador Rosário Teixeira" . O inquérito em causa "partiu de uma queixa ao MP e investiga indícios de burla e falsificação de documentos, no âmbito de um empréstimo bancário destinado a adquirir acções da Sociedade Lusa de Negócios que pertenciam ao líder benfiquista".

in Record


E eis que no melhor pano cai a nódoa. O sr. Luis Filipe Vieira, que tanto tem "lutado" pela ética, transparência e "verdade desportiva", vê o seu nome envolvido numa alegada burla ao BPN.

O artigo fala por si (e quem sou eu para o desmentir) desta feita, é com curiosidade que aguardo pelos "topos e fundos" de certos comentadores de painel (refira-se, por exemplo, António Pedro Vasconcelos do programa Trio d'Ataque) que, em situações opostas, não se fazem rogados e colocam escutas, fruta, corrupção e tudo mais nos seus "fundos". Isto, pois claro, com o objectivo primordial de desvalorizar as vitórias do F.C Porto (o que vem sendo habitual).

A propósito do sr. António Pedro Vasconcelos, é com uma boa dose de humor que registei um comentário em que o próprio ousou comparar a União de Leiria (que antes de vir ao Dragão estava em 7º lugar, em igualdade pontual com o 5º classificado) ao modesto Arouca...

Realmente, mais cego do que o que não vê é aquele que não quer ver...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

F.C Porto 5 - 1 U.Leiria: Abram alas para o "tiki-taka"...


À margem do "choradinho" que vem sendo feito desde que a época arrancou, o F.C Porto segue o seu trajecto triunfal que, esta noite, teve mais um momento alto. Em 15 jogos oficiais a equipa de André Villas-Boas já contabiliza 14 vitórias e hoje "esmagou" uma União de Leiria que se "acobardou" perante tamanha avalancha de futebol ofensivo.

Tive oportunidade de assistir ao jogo no Dragão e tenho a dizer que este F.C Porto continua a "encantar". Hulk, Falcao, Ruben Micael, Maicon ou até Álvaro Pereira poderiam merecer destaques particulares mas na posição de um adepto torna-se dificil individualizar qualquer apreciação quando o futebol desta equipa funciona como uma bela orquestra.

E como qualquer orquestra precisa de um bom "maestro", eis que hoje foi a vez de Ruben Micael pegar na "batuta".

Depois de uma jogada de "tiki-taka" (entre muitas a que assistimos durante a jogo), Ruben Micael "estendeu a passadeira" a Hulk para que o Brasileiro, num "chapéu" absolutamente genial, inaugurasse o marcador.

Já antes do primeiro golo de Hulk, Falcao ameaçou a baliza Leirense com um pontapé estrondoso à trave.

Falcao não estava a conseguir quebrar o enguiço na primeira-parte, no entanto a "malapata" não o impediu de "infernizar" as defesas contrárias, tendo servido Hulk para o 2-0 após uma jogada magistral. A jogada do Colombiano vale "meio golo", sem margem de dúvidas.

Antes de terminar a primeira-parte e para que não restassem dúvidas, Silvestre Varela (após uma brilhante recuperação e assistência de Moutinho) "zigue-zagueou" a defensiva do Leiria e acabou com as poucas, mas legítimas aspirações Leirienses.

Já na segunda-parte (e porque jogo no Dragão sem golo de Falcao é algo incomum), eis que o Colombiano deu seguimento à boa exibição que vinha rubricando e não só marcou um, como dois golos de belo efeito.

O primeiro surgiu após uma grande assistência de Álvaro Pereira. Radamel Falcao antecipa-se a toda a defesa e, em vôo, disfere um autêntico "petardo" com a cabeça.

Minutos mais tarde e já depois da União de Leiria ter reduzido para 4-1 (após uma grande penalidade que apenas o árbitro conseguiu vislumbrar), o ponta-de-lança Colombiano bisou e fechou o resultado final num folgado e merecido 5-1.

Poderiam ter sido 7 ou 8 golos caso os laterais Fucile e Álvaro não tivessem desperdiçado duas boas oportunidades. O F.C Porto ficou-se pelos 5-1, mostrou um futebol deslumbrante e uma frescura física assinalável já que a meio da semana superou com nota máxima o difícil teste de Istambul.

Apesar da grande penalidade a favor da União do Leiria não existir, confesso que fiquei contente por esta ter sido marcada já que "deita por terra" as teorias da conspiração de elementos ligados aos clubes rivais que, pura e simplesmente, vinham dizendo que ninguém marcava penaltys ao F.C Porto e muito menos no Dragão.

Numa nota final (e que nada tem a haver com o jogo do F.C Porto), gostaria de enaltecer a credibilidade que o Sr.Luis Filipe Vieira e os seus comunicados têm para os sócios e simpatizantes Benfiquistas. Depois de tanto apelo (inclusive por carta) para que os adeptos Benfiquistas não fossem aos recintos dos adversários, registo com alguma piada a "desobediência" dos Benfiquistas que assistiram ao jogo no Estádio do Algarve.

Desta feita é totalmente desnecessário da parte dos adeptos rivais desvalorizar o comunicado Benfiquista, já que os próprios Benfiquistas não dão crédito às medidas exigidas pelos seus representantes no clube.

Pelo menos um entrou

Os campeões nacionais venceram o Portimonense por 0-1, num encontro relativo à oitava jornada da Liga portuguesa. O Benfica dominou toda a partida e alcançou a quarta vitória consecutiva na prova. A formação de Portimão fez um remate em noventa minutos.

Este encontro começou movimentado, com ambas as equipas a não conseguirem assentar jogo. A primeira ocasião de perigo surgiu aos seis minutos, com David Luiz a arriscar o remate de muito longe e a obrigar Ventura a defesa apertada. Volvidos dez minutos, o Benfica chegou ao golo, mas foi anulado por mão de Javi García.

A meio do primeiro tempo, Carlos Martins fez um passe em profundid
ade para Aimar, que só não conseguiu finalizar com sucesso, porque Elias conseguiu antecipar-se na altura do remate. Na sequência do canto batido por Pablo Aimar, David Luiz apareceu ao primeiro poste e obrigou Ventura a uma defesa espectacular.

Os campeões nacionais foram-se instalando no meio-campo do Portimonense e à passagem da meia hora, Saviola entrou na área depois de ultrapassar Elias e rematou rasteiro para mais uma boa defesa do guardião de Portimão.

Os defesas centrais “encarnados” estavam em grande plano no ataque e Luisão quase inaugurou o marcador por duas vezes. Primeiro aos 32 minutos, ao antecipar-se a Ventura, mas a cabecear por cima e depois, outra vez na sequência de um canto, a obrigar Ventura a mais uma defesa por instinto. Ao intervalo subsistia o nulo.

Segunda parte

A etapa complementar iniciou-se praticamente com o golo do Benfica. Carlos Martins cobrou um livre no flanco direito e Javi García
apareceu na zona de grande penalidade sozinho, a cabecear com êxito para o fundo das redes.

Passados dois minutos, os “encarnados” quase aumentavam a vantagem. Nico Gaitán trabalhou na esquerda e centrou para a cabeça de Kardec, que fez brilhar, mais uma vez, o guarda-redes Ventura. O argentino voltou a estar em destaque aos 61 minutos, com um remate rasteiro à figura. O Portimonense teve o seu primeiro (único) lance de perigo aos 63 minutos, com Roberto a efectuar uma grande defesa a um remate cruzado de Candeias.

À excepção deste remate, o Portimonense não incomodou a formação de Jorge Jesus, que podia ter marcado mais dois golos. Aos 82 minutos, o médio Felipe Menezes abriu na direita para Maxi Pereira, que cruzou rasteiro, onde Franco Jara apareceu sozinho a rematar às malhas laterais da baliza algarvia. A última grande oportunidade pertenceu a Alan Kardec, que se isolou a passe de Felipe Menezes, mas que atirou a figura. Franco Jara ainda tentou aproveitar na ressaca do lance, mas atirou por cima.

O Sport Lisboa e Benfica venceu por 0-1 e conquistou a quarta vitória consecutiva na Liga portuguesa. Na próxima jornada, a formação da Luz recebe o Paços de Ferreira.

O Sport Lisboa e Benfica apresentou-se no Estádio do Algarve com o seguinte onze: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, César Peixoto, Javi García, Carlos Martins (Franco Jara 75’), Nico Gaitán, Pablo Aimar, Saviola (Felipe Menezes 64’) e Kardec (Airton 87’).

SLBenfica.pt

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Converter o "inferno turco" num "paraíso" de aplausos


O F.C Porto venceu, convenceu e "esmagou" o Besiktas em pleno Inonu Stadium. Perante o opositor directo na luta pelo primeiro lugar (na fase de grupos da Liga Europa), o F.C Porto actuou num estádio cujo ambiente é extremamente hostil (aliás, segundo dados oficiais, os adeptos do Besiktas são os mais "ruidosos" da Europa) e silenciou-o com três lances de classe, génio e espectáculo.
Tácticamente o F.C Porto esteve perfeito. Viu-se privado de Maicon ainda na primeira-parte (e muito injustamente, diga-se), mas ao contrário do seu rival directo no campeonato Português, mostrou que é uma equipa com mais estofo e com capacidade para continuar a jogar e marcar, mesmo reduzida a dez elementos.
Neste pressuposto, André Villas-Boas esteve "brilhante" ao recorrer a Otamendi em detrimento de Falcao (autor do golo que deu vantagem ao F.C Porto, na primeira-parte). Com Otamendi em campo, C.Rodriguez viu reforçada a necessidade de se juntar aos seus companheiros do meio-campo e estabelecer o elo de ligação com Hulk.
Quanto aos golos, o primeiro surge na sequência de um canto superiormente marcado por Belluschi. Falcao, depois da "ameaça" de Walter durante o passado fim-de-semana, acusou o toque e marcou um grande golo. Grande elevação do "matador" Colombiano.
Mas o festival de Falcao não ficou por aqui...
Ainda na primeira-parte Radamel Falcao marcou um golo absolutamente limpo (que lhe foi anulado injustamente, pois claro), a que se seguiu uma grande penalidade "escandalosa" (que resultaria na expulsão do jogador Turco do Besiktas).
Na segunda-parte, o F.C Porto mesmo reduzido a dez elementos esteve tácticamente brilhante e Álvaro Pereira deu o mote ao assistir Hulk para um golo fantástico e só ao alcance dos melhores.
Foi um passe a toda a largura do campo, a solicitar toda a explosão e classe do fenómeno Brasileiro que, pois claro, respondeu friamente com um grande golo.
Mas se o segundo golo do F.C Porto (primeiro de Hulk no jogo) foi fantástico, o que dizer do segundo...
Hulk fez tudo. Correu, fintou, rematou e...marcou. Apesar de todo o individualismo de Hulk (que neste caso é de salutar), é justa destacar nova assistência de Belluschi.
Quando se esperava um "coro de assobios" a Hulk e a toda a equipa do F.C Porto, eis que os adeptos Turcos "desceram à Terra" e vergaram-se perante tamanha demonstração de arte e engenho.
Por muito que surjam comunicados, por muito que a gente assista a provocações vindas dos mais directos opositores, a verdade nua e crua é que este F.C Porto é tremendamente forte. Porventura a força que este F.C Porto expressa dentro das quatro linhas é motivo de força maior para provocar toda esta histeria em quem está em vias de nos defrontar.
Os meus parabéns a toda a equipa e em particular ao nosso treinador, "mestre" André, que não fez uso de um discurso pleno de fanfarronice antes do jogo para vincar o favoritismo da sua equipa. Soube vencer num ambiente dificil e perante uma arbitragem que deixou muito a desejar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mais explícito não poderia ter sido...

O Benfica tem uma estratégia clara para preparar o próximo jogo com o FC Porto, e os seus dirigentes parecem não querer abdicar dela: todas as intervenções públicas são aproveitadas para criticar o adversário, de modo a criar pressão, instabilidade...

Inicialmente, Luís Filipe Vieira trocou galhardetes com o treinador portista, André Villas-Boas, colocando a discussão num nível de conflitualidade dificilmente aceitável; agora foi o líder da Fundação Benfica, Carlos Móia a carregar na nota, chamando provincianos aos adeptos dos dragões.

Não é nada que o FC Porto não tenha feito no passado – foi de resto Pinto da Costa o fundador deste tipo de expedientes, aproveitando todos os “tempos de antena” para massacrar os adversários, em especial o Benfica, com declarações ácidas e de gosto duvidoso -, mas é estranho que os dirigentes do clube da Luz não tenham alguma prudência, quando querem ser eles a dar o exemplo e clamam contra o lançamento de pedras e bolas de golfe.

Há, pois, algo que não bate certo entre prática e teoria.


in Record


Confesso que não sou muito apreciador do jornal Record, no entanto volta e meia um artigo por outro acaba por me surpreender. Este, sem margem para dúvidas, surpreendeu-me pela positiva na medida em que tipifica e explica toda uma estratégia "encarnada" (direi mesmo "perseguição") que vem sendo feita nas últimas semanas ao F.C Porto (e tudo isto a propósito de um jogo que ainda vem longe).

É por demais evidente que o receio e a vontade de vir jogar ao Estádio do Dragão não é muita e o culminar desta "falta de vontade" é expresso na lamentável forma como Carlos Móia se dirige aos adeptos Portistas na sua globalidade. Naturalmente que ele não visa apenas os marginais (que infelizmente há no nosso futebol e em todos os clubes/claques). Carlos Móia coloca os adeptos Portistas todos "no mesmo saco", pelo que adeptos como eu e tantos outros temos razões mais do que suficientes para repugnar este tipo de afirmações.

Depois de Pragal Colaço incitar à violência em directo no canal BenficaTV, depois de Luis Filipe Vieira ter aparecido frequentemente à frente das câmeras criticando e insultando o treinador do F.C Porto, chegou a altura de mais um "papagaio" assumir uma postura condenável (e tudo isto numa altura em que o clube que todos eles representam ter assumido um papel que se diz ser pró-activo na luta pela transparência, verdade desportiva e bom comportamento no futebol Português).

Sinceramente com indivíduos assim no nosso futebol não vamos a lado nenhum. Reitero aqui que espero que o jogo decorra sem casos dentro e fora de campo e, perante tudo isto, fico na expectativa de uma resposta autoritária e imponente do F.C Porto apenas e só dentro de campo.

Por muito que procurem atingir o F.C Porto com críticas desconexas, a verdade é que "ninguém dá pontapés em cão morto" e, pelo que tenho visto e lido, o SL Benfica (ainda com Lyon e mais dois jogos da Liga pela frente) tem centralizado todas as suas atenções no confronto do Dragão. Aliás tal preocupação não vem de agora, tendo inclusive começado no momento em que o clube da Luz pediu auxilio ao Ministério da Administração Interna para um jogo que estava (na altura) à distância de mais de um mês...

Não queria terminar sem dar os meus parabéns ao sr. António Varela pelo brilhante artigo que escreveu. Mais explícito não poderia ter sido.

domingo, 17 de outubro de 2010

A festa da taça

O Benfica qualificou-se este sábado para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer em casa o Arouca, da II Liga, por 5-1. Foi uma partida em que o avançado brasileiro Alan Kardec apontou dois golos. Com as ausências de Maxi Pereira, David Luiz e Fábio Coentrão, o treinador Jorge Jesus apresentou três alterações no sector mais recuado, sendo que o principal destaque vai para a entrada de Airton para o lado direito da defesa.

Foi um início de jogo onde o Benfica esbarrou na estratégia defensiva do Arouca. Por isso, o primeiro lance de perigo aconteceu na cobrança de um canto de Pablo Aimar, ao qual Luisão surgiu a cabecear ao lado da baliza dos visitantes (14').

O golo do Benfica acabou por acontecer numa belíssima jogada de envolvimento. Salvio desmarcou Gaitán e este entrou na área do Arouca, onde cruzou para o cabeceamento certeiro do brasileiro Kardec (23’).

O segundo tento não demorou muito tempo a surgir no Estádio da Luz. Após um livre de Aimar do lado esquerdo, Airton apareceu nas alturas a cabecear ao poste, sendo que a bola sobrou depois para Saviola q
ue fez, facilmente, o 2-0 (31’).

Com dois golos sofridos, o Arouca começou a não estar tão coeso em termos defensivos e o Benfica intensificou ainda mais o seu domínio de jogo. Depois dos remates ameaçadores de Javi Garcia (35’) e César Peixoto (41’), o Benfica chegou ao terceiro golo por intermédio de Kardec. Após um canto de Gaitán, o brasileiro apareceu a cabecear com êxito à boca da baliza (44’).

Com um jogo muito importante na próxima quarta-feira frente ao Lyon, o Benfica optou e bem por gerir o esforço durante a segunda parte do encontro. O próprio treinador Jorge Jesus retirou os jogadores com mais minutos na presente temporada, de forma a equipa estar na máxima força no jogo da 3.ª jornada da Liga d
os Campeões.

Apesar das alterações, o Benfica continuou naturalmente a ser a equipa mais perigosa no terreno de jogo. Os “encarnados” marcaram mais dois golos, um por intermédio de um cabeceamento de Luisão (65’) e outro num remate de Gaitán (85’). O tento de honra dos visitantes foi apontado por Diogo aos 87 minutos.

Com cerca de 24 mil espectadores nas bancadas, o Benfica carimbou facilmente a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal.

O Benfica alinhou da seguinte forma: Júlio César; Airton, Luisão, Sidnei e César Peixoto; Javi Garcia (Luís Filipe, 45’), Aimar (Nuno Gomes, 68’), Gaitán e Salvio; Saviola (Weldon, 61’) e Kardec.

sábado, 16 de outubro de 2010

Três fatias de queijo para Walter, uma para Varela...


O F.C Porto goleou o modesto Limianos, naquele que foi o seu jogo de abertura para a Taça de Portugal. O jogo realizou-se no Estádio do Dragão e não obstante qualquer surpresa, a tendência natural (e veio a confirmar-se) seria uma vitória folgada do F.C Porto. Foram 4-1 mas poderiam ter sido muitos mais. De entre o destaque colectivo (que é de enaltecer, já que a equipa apesar de todas as mexidas mantêve-se em elevado plano), há naturalmente que particularizar a magnífica estreia da "Bigorna" (Walter) com a camisola do F.C Porto. Marcou três golos, dois dos quais com os pés (um de pé direito e outro de pé esquerdo) e um de cabeça. É um "matador", joga muito prático, cobre muitíssimo bem a bola e é um jogador capaz de "fazer jogar" os restantes companheiros. Prova disso é a sua abertura para Emídio Rafael (outra óptima exibição) no lance do golo de Varela.

Para além de Walter eu destacaria mais três jogadores. Um já aqui foi mencionado (Emídio Rafael, que mostrou disponibilidade física e qualidade técnica no apoio ao ataque) e os restantes são Sereno e James Rodriguez.

Sereno no ínicio da época terá sido o jogador que porventura não terá reunido total aprovação dos adeptos Portistas. Hoje, apesar do pouco trabalho a que foi sujeito, esteve a um bom nível e mais próximo daquilo que rendeu no Vitória de Guimarães.

Por fim e quanto a James Rodriguez, creio que é um "diamante por lapidar" (tal como Walter). Aquele pé esquerdo não engana ninguém e tendo em conta a sua idade (apenas tem 20 anos), resta-lhe alguma paciência e compreensão para ganhar um lugar na equipa. A sua exibição de hoje foi muitíssimo boa, mas efectivamente a concorrência é forte. Quase todos os extremos do F.C Porto (e descontando Mariano que está sem ritmo competitivo) estão preparados para jogar em qualquer dos eixos do ataque (direito ou esquerdo), pelo que Ukra, C.Rodriguez, Varela e Hulk não querem deixar fugir as suas oportunidades.

Mas de um modo geral nota elevadíssima para Emidio Rafael, James Rodriguez e Walter.

Uma última nota para a capacidade de circulação de bola e a posse da equipa durante os 90 minutos. O meio-campo "roda", os adversários mudam, mas na realidade o F.C Porto tem sempre mantido a fasquia acima dos 60% de posse de bola (hoje chegou a estar a quase 70%), o que atesta aqui a nova filosofia de um F.C Porto cada vez mais "mandão" dentro de campo.
Não queria terminar sem saudar a equipa do Limianos que disfrutou do jogo no Estádio do Dragão e abdicou da muito habitual táctica do "autocarro". Só com muita sorte uma equipa que joga com o "autocarro estacionado" à frente da sua baliza no Dragão consegue ter bons resultados, pelo que o Limianos perde mas de forma mais digna que certas equipas do nosso campeonato.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A tua pergunta André eu respondo


O ridículo és tu...

Cada vez mais me surpreende André Villas boas, o suposto sucessor de Mourinho é claramente o oposto do seu tutor numa coisa, é um pau mandado de Pinto da Costa.

O Sport Lisboa e Benfica reclamou e bem do jogo com o Guimarães que venha a primeira pessoa dizer que não foi prejudicado, a não ser que não tenha olhos na cara, a única coisa que o Benfica pediu foi isenção coisa que para os lados das antas é pedir muito nem conhecem essa palavra com certeza.

Logo ai ficou mandatado Villas Boas que no primeiro jogo que houve-se qualquer coisa tinha que vir fazer a choradeira, ora bem correu mal, correu mal... Mais uma vez digo correu mesmo mal, a choradeira correu tão mal que vimos presidente e treinador queixarem-se de um jogo em que foram pasme-se escandalosamente beneficiados, naquele jogo se fosse um arbitro honesto o porto ficava empatado aos 52 minutos e com menos um jogador e não aos 75 como foi e ainda com os mesmos jogadores visto que o jogador do Guimarães saiu lesionado.

Mas o ridículo não ficou por aqui, no comunicado disse que realmente não houve penalti mas que houve outros lances em que foi prejudicado nomeadamente supostas expulsões, e eu pergunto e o penalti também não viu? foi ilusão de óptica?

Por ultimo foi mais uma vez ridículo ao dizer que tinha feito meia culpa? não vi nenhuma meia culpa porque se a tivesse feito tinha dito "não houve penalti a nosso favor mas houve contra-nos" mas claro ser honesto nas antas é muito difícil.

Como o sr. André acha que o comunicado do Benfica é ridículo eu digo - pensa assim porque não sabe o porquê do comunicado... Como sabemos a comissão da arbitragem vai passar para a federação então, o FC Porto vai lá por o sr. dragão de ouro Paulo Costa, o Benfica não fez mais que uma jogada de bastidores para tentar impedir essa situação, mas como sabemos as jogadas de bastidores do FC Porto são de génio as do Benfica ridículas... e que tal por lá um tipo isento?

PS: a comissão jurídica da FPF que tantas alegrias deu ao FC Porto demitiu-se, isto é um sinal que vai para lá alguém pior e ainda mais azul, gostava de pensar diferente mas mas uma vez isenção no norte significa ridículo.




Desnorte...


Segundo notícia do jornal Record (fonte: http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Benfica/interior.aspx?content_id=468402), o SL Benfica solicitou 2500 bilhetes para a deslocação ao Estádio do Dragão no próximo dia 7 de Novembro. Teóricamente esta seria uma notícia vulgar que nem mereceria à partida qualquer destaque em particular, no entanto e no seguimento do apelo (em carta, inclusive!) feito pelo sr.Luis Filipe Vieira para os seus adeptos/sócios não comparecerem aos jogos fora de casa, a notícia torna-se no mínimo...contraditória.

A ser verdade (e não há, até ao momento, nada que o desminta), creio que o sr.Luis Filipe Vieira deverá seguir os conselhos do "jovem" André Villas-Boas e "olhar para os seus botões" antes de atribuír rótulo de "rídiculo" a quem quer que seja.
Nunca me acreditei que esta medida fosse avante, assim como o hipotético abandono da Taça da Liga (aliás, Taça essa que ficou marcada por uma final de há duas épocas no mínimo...controversa). A aplicação destas medidas "fólcloricamente" anunciadas em comunicado iria trazer prejuízo no imediato ao clube e, naturalmente que o clube não quereria incorrer nesse tipo de prejuízo.

A propósito do "clássico" que se disputa daqui a sensivelmente meio mês, tenho lido bastantes notícias sobre a possível desistência ou não comparência da equipa da Luz na eventualidade de serem vítimas de qualquer tipo de acto de violência. Tenho desde já a dizer que sou contra todo e qualquer acto de violência seja contra que equipa for, no entanto esta tomada de posição do SL Benfica é um tanto ou quanto rídicula.

Pedir ajuda ao Ministério da Administração Interna não me parece mal, mas a suposta "ameaça" de não comparecer em jogo torna-se patética, partindo do pressuposto que alguns adeptos do clube em questão já foram protagonistas de actos tão ou mais violentos que os apedrejamentos e/ou lançamentos de bolas de golfe (que eu, volto a referir, sou totalmente contra).

Para recordar, no histórico dos confrontos SL Benfica - F.C Porto e SL Benfica - Sporting, já assistimos a um autocarro de adeptos do F.C Porto incendiado, já assistimos a um lamentável episódio onde Filipe Santos (hoquista do F.C Porto) ficou em coma após ser agredido por um adepto do SL Benfica, já assistimos a um apedrejamento ao carro do sr.Pinto da Costa (na época passada, quando este se dirigia com a restante comitiva para assistir a um jogo com o Estoril, a contar para a Taça da Liga), já assistimos a um indivíduo saltar para dentro das quatro linhas e "esganar" um fiscal-de-linha, já assistimos à lamentável morte de um adepto Sportinguista numa final da Taça por lançamento de um very-light e, por exemplo, já assistimos a um arremesso de pedras por parte de alguns adeptos do SL Benfica, num jogo de júniores que colocava frente a frente os rivais da segunda-circular.

Ora, quero com isto dizer que apesar dos adeptos do F.C Porto também se excederem e protagonizarem situações lamentáveis para quem gosta de futebol, os adeptos do clube que se diz lesado não são propriamente "virgens ofendidas". Partindo deste pressuposto e tendo em conta a notícia supracitada (referente aos 2500 bilhetes solicitados para o "clássico" que se aproxima), corroboro na totalidade com as recentes declarações de André Villas-Boas em resposta à acusação de Luis Filipe Vieira.

Aliás (e isto é regra geral), como é que é possível desanuviar o ambiente hóstil em determinados confrontos do futebol português, quando dirigentes de clubes (e não só!) atiram cada vez mais "achas para a fogueira"?

P.S Quando referi no último parágrafo o "não só", referia-me entre declarações mais a quente de treinadores e jogadores (de todos os clubes), às declarações de indivíduos com uma certa responsabilidade (no caso em particular, advogado e apresentador de um programa da grelha do canal Benfica TV) que manifestamente e sem reservas incitam à violência. Estes são os típicos indivíduos que "atiram a pedra e escondem a mão" e que me levam (não só a mim, como a quem está minimamente atento à realidade do futebol português) a caracterizar de rídiculo o comunicado e as constantes "ameaças" do SL Benfica que vêm sendo lançadas já na antecâmara do "clássico" de dia 7 de Novembro.

O link do vídeo abaixo colocado comprova-o, sobretudo a partir do minuto 10:20. Ver para crer:
- http://www.youtube.com/watch?v=V3AGHkkaNN8
Ainda estão 6 pontos em disputa antes do referido jogo (entre F.C Porto e SL Benfica) e eu espero, sinceramente, que o "clássico" decorra com naturalidade e sem qualquer tipo de actos de violência. Naturalmente que as declarações de dirigentes e as acusações mútuas em nada contribuem para desanuviar um ambiente que se vem tornando cada vez mais incomportável quando os dois "rivais" se encontram.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Afinal não era preciso nenhum "Special One" em part-time


Portugal, sob o comando de Paulo Bento, cumpriu com nota (quase) máxima o objectivo a que se tinha proposto. No Dragão, diante da Dinamarca, montou uma equipa que conseguiu ultrapassar com relativa facilidade o seu adversário e esta noite, na Islândia, manteve exactamente o mesmo modelo e a mesma equipa, tendo por sinal obtido o mesmo resultado.

Em dois jogos Ronaldo voltou aos golos e fez as "pazes" com os adeptos, desmistificou-se a posição de nº6 (já que Meireles foi e sempre deveria ter sido o "trinco" da selecção) e compôs-se uma dupla no meio-campo da selecção que se entende "às mil maravilhas" (Moutinho e C.Martins).

A renúncia à selecção de Simão Sabrosa, Paulo Ferreira e Miguel acabou por facilitar o trabalho a Paulo Bento, abrindo assim espaço a jogadores como Varela, João Pereira, Carlos Martins e tantos outros.

Creio que acima de tudo estas duas vitórias "naturais" vêm atestar novamente o rídiculo a que Gilberto Madaíl sujeitou Portugal assim que viajou a Madrid para tentar "resgatar" Mourinho em "part-time".

Mal de nós, Portugueses, se fosse necessário um treinador como Mourinho para ganhar a duas selecções como a Dinamarca e a Islândia.

Adiante, penso que as escolhas da selecção foram globalmente bem feitas (e isso tornou-se visível no rendimento da equipa nos dois jogos), pese embora haja duas situações que carecem de melhor solução e estabilidade. Falo precisamente das posições de guarda-redes e de ponta-de-lança. Se na África-do-Sul todos nós teríamos ficado com a convicção que Portugal tinha "ganho" um guarda-redes de "topo", o tempo fez questão de nos contrariar. Eduardo tem sido "desastroso" nos últimos jogos (hoje foi novamente mal batido), o que me leva a pensar que a "mudança de ares" do guardião ex-Sporting de Braga só lhe fez mal.

Por outro lado, na posição de ponta-de-lança, continuamos na mesma. Hugo Almeida não passa de um "pinheiro" (muito possivelmente seria o jogador idealizado por Paulo Sérgio para o actual Sporting C.P) e Postiga não passa de um jogador de "rodriguinhos". Nenhum deles tem faro pelo golo e ambos têm muito pouca mobilidade. A escolha de Paulo Bento passa pelo "menos mau" dos dois. Talvez seja este o grande "calcanhar d'aquiles" da selecção nacional.

Eu creio ainda que a selecção irá melhorar substancialmente quando Bosingwa recuperar. Acho João Pereira um lateral-direito excelente, mas Bosingwa e Fábio Coentrão podem dar um enorme balanceamento ofensivo à selecção.

Uma última referência para a selecção sub-23. Tive oportunidade de ver o jogo da equipa descrita como o "celeiro" da selecção "A" (por Agostinho Oliveira) e, efectivamente, há lá jogadores que a curto/médio prazo têm condições para jogar pela selecção A.

Em particular gostaria de destacar Vieirinha que está um excelente jogador. Portugal está muito bem servido na posição de extremo (direito e esquerdo) - e há que contar ainda com Quaresma - mas todo o bom jogador é bem-vindo.

Quanto ao jogo de hoje, nota alta para Ronaldo e Meireles. Além dos golos que fizeram, estiveram muito bem ao longo dos 90 minutos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Olha.. até gostei de ver a selecção jogar.

Reconheço que estava com expectativa em relação a Paulo Bento dai ter assistido a uma grande parte do jogo, sempre achei que a selecção iria melhorar, não porque Paulo Bento seja melhor ou pior que Carlos Queiroz mas sim porque para pior do que estava era impossível, empatar com Chipre em casa e perder com a Noruega uma equipa da terceira divisão mundial para não dizer ai mais baixo era impossível até para este Portugal que está a anos luz do que já foi.

No entanto Paulo Bento deve ter tido o mesmo pensamento que eu, outra coisa que não ganhar a Dinamarca em casa mesmo que fosse o primeiro jogo da fase de apuramento era um péssimo resultado até porque a Dinamarca vinha ao Dragão sem as principais estrelas.

Apostou e bem num meio campo mais criativo e numa dupla de centrais claramente melhor que a que tinha vindo a ser utilizada, no entanto neste ponto tenho que referir que Ricardo Carvalho vêm começando a sentir o penso dos anos, e não vejo nas equipas jovens nacionais centrais para o mesmo nível, talvez Carriço apenas e só porque tem jogado mas a anos luz de Ricardo Carvalho.

Na frente tivemos Nani em grande forma, o que levanta ainda mais a duvida porque de não ter jogado o Mundial, a suposta lesão tornou-se clara que foi inventada, talvez num livro de memorias alguém se lembre de revelar o que se passou.

Com Nani em grande forma faltou mais uma vez um ponta de lança matador, e um Ronaldo mais amigo dos seu colegas, foi interessante ver que quando teve oportunidade Nani deu o golo a Ronaldo mas do outro lado raramente foram as vezes que isso aconteceu, optando sempre por remates de longe que raramente trouxeram perigo a baliza contraria.

Foi um resultado esperado bem como uma vitória na Islândia, num grupo como o de Portugal, a não qualificação é inaceitável, é talvez olhando ao momento de forma até dos adversários o grupo mais fácil dos últimos anos.

PS: Espanta-me como Madail ainda possa pensar em recandidatar-se, neste pais já nada me surpreende.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Bento(s)" de mudança...


Assim que foi anunciado o novo seleccionador nacional, Paulo Bento, eu fui um dos adeptos que mais dúvidas coloquei quanto à sua escolha (e ainda coloco). No entanto, o ex-treinador do Sporting C.P não poderia ter tido melhor estreia ao serviço da selecção nacional.

Acima de tudo, Paulo Bento começou por "contrariar" aquele que seria um dos meus maiores receios enquanto adepto Português. Refiro-me à escolha de sistema de jogo, que se levasse em linha de conta o que havia adoptado enquanto treinador do Sporting C.P, iria privar Portugal daquele que é um dos seus sectores mais fortes - os extremos. Para estas posições temos nomes como Ronaldo, Nani, Varela e Ricardo Quaresma que por força das circunstâncias viriam o seu rendimento diminuir se eventualmente fossem colocados a actuar no famoso 4-4-2 losango.

Assim não foi e poder-se-á dizer que Paulo Bento montou muito bem a equipa.

Na posição de guarda-redes deu um voto de confiança a Eduardo (o erro que teve perante a Noruega custou a Portugal 3 pontos, no entanto se o guardião do Génova saísse da baliza, Paulo Bento estaria a "reeditar" casos semelhantes como os que teve com Stojkovic no Sporting C.P).

Mais à frente, na defesa, foi admirável a inteligência do treinador Português. Para além de apostar nos dois laterais Portugueses actualmente em melhor forma (sendo certo que para o lado direito e assim que Bosingwa estiver apto - o que ainda deve demorar - penso que será o dono do lugar), Paulo Bento apostou na dupla R.Carvalho - Pepe que já traz rotinas de jogarem juntos pelo Real Madrid. Aliás, há poucos dias com a selecção a seu comando e com pouco tempo para a preparar para estes confrontos internacionais, é sempre desejável que no seio da equipa existam pequenas "sociedades" que já trazem rotinas dos clubes onde jogam. Certamente o facto de ambos jogarem juntos no seu clube foi um factor determinante para a definição do eixo central da defesa.

Mais à frente, no meio-campo, creio que Paulo Bento voltou a ser inteligente na forma como o organizou. Além de ter colocado Meireles a nº6 (que é um médio com uma enorme capacidade de recuperação de bolas), juntou-lhe Moutinho (que a par de Nani terá sido o melhor em campo) e Carlos Martins (que, no Benfica, tem sido uma das unidades em foco).

O mais impressionante neste sector intermediário foi a forma perfeita com que Moutinho jogou. Correu, recuperou bolas, esteve exemplar no capítulo do passe e foi o "box-to-box" que a equipa precisava. É claramente um jogador em ascenção que ganhou o seu espaço de afirmação no F.C Porto (sim porque no Sporting o seu potencial não era exponenciado face à forma "anárquica" como aquele meio-campo funcionava), mas que nunca deveria ter sido preterido da convocatória de Queiroz no anterior Campeonato do Mundo.

Lá na frente de ataque creio que o trio inicial foi bem escolhido, sendo certo que o principal destaque vai para Nani (autor de dois golos "e meio"). Além dos golos de belo efeito que marcou, teve a frieza e classe suficiente para oferecer o terceiro tento a um esforçado Cristiano Ronaldo.

E por fim, para terminar esta crónica, falaria de Cristiano Ronaldo. Teve uma primeira-parte apagadíssima (aliás foi autor de apenas um remate que levava perigo à baliza dos Dinamarqueses), mas na segunda-parte esforçou-se (contra o costume, mas esforçou-se...). O golo acabou por ser um prémio depois de uma bola à trave, um livre perigoso e dois ou três remates de fora da área que levavam "selo de golo".

Convenhamos que (e isto agora numa perspectiva Portista) aquele estádio (o do Dragão, pois claro) é propício a grandes espectáculos, como tal, a selecção pura e simplesmente se deixou contagiar pelo ambiente que normalmente nele se vive.


Força Portugal, queremos mais frente à Islândia!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

André Villas-Boas faz "mea culpa": Coerência e personalidade


André Villas-Boas tinha o compromisso de se justificar perante a opinião pública na próxima conferência de imprensa (antevendo o jogo com o Limianos para a Taça), na eventualidade do pretenso penalty aos 77.53 minutos não existir.

Efectivamente a referida grande penalidade não existiu. Compreendo que à distância que o treinador do F.C Porto se encontra do lance, um mau julgamento o possa ter feito pensar o contrário. É que objectivamente e para os mais desatentos até existe uma mão na bola durante a disputa aérea entre Ruben Micael e o defesa-central Vimaranense, no entanto a referida mão pertence a Rúben Micael e não ao seu opositor.

Todas estas conclusões foram retiradas com recurso ao vídeo em alguns programas de "debate" futebolístico e André Villas-Boas num acto de hombridade assumiu o erro de avaliação que havia feito.

Em comunicado e através do site oficial do F.C Porto o jovem técnico Portista fez "mea culpa", mostrou personalidade e foi coerente e honesto para consigo próprio.

Se eu e a generalidade dos adeptos Portistas já tinhamos em excelente conta André Villas-Boas, creio que esta atitude só o fez "ganhar pontos" perante a exigente massa adepta dos Dragões.

Naturalmente que nesse comunicado são vincados outros pontos que não ilibam Carlos Xistra daquela que foi uma má arbitragem (naturalmente com erros para ambos os lados). Agora o que é de salutar é que André Villas-Boas apesar de se ter excedido na "flash-interview" após o jogo, não fez referência à hipotética "felicidade" de Vitor Pereira para, dias mais tarde (e após um acto de pura vassalagem e subserviência para com o clube queixoso) emitir um comunicado onde é enaltecida a coragem do até então "feliz", Vitor Pereira.

Efectivamente e perante a realidade dos factos, André Villas-Boas não só continua a dar "lições" dentro do campo como também fora dele. E porventura algumas das lições vêm sendo dadas a índividuos que já andam pelo futebol à mais anos que o jovem técnico dos Dragões.

Uma última referência para o comportamento da comunicação social após o empate do F.C Porto. Ao fim de 21 jogos sempre a vencer (com 58 golos marcados!), um empate fora de casa e logo diante de um adversário que ainda não tinha perdido pontos perante os seus adeptos, motivou determinados programas de "debate" futebolístico a lançar perguntas aos telespectadores sobre se o F.C Porto "iria quebrar".

Ora, olhando para a felicidade com que este empate foi "festejado" não só pelos rivais mas também por alguma imprensa em particular, poder-se-á dizer que é lisonjeira a forma como todos eles olham para o F.C Porto. Acima de tudo olham para o F.C Porto como um clube vencedor, pelo que qualquer deslize (por mais pequeno que seja), foge sempre dos parâmetros da normalidade e é motivo de "inquérito nacional".

Tomara eu que o F.C Porto durante toda esta época fizesse séries de 11 vitórias seguidas mais um empate. Com esta toada certamente conquistaria todas as provas nas quais está inserido.

Outro que se passou...



Tabaco não é de certeza.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A procura do penalti perdido


Segundo apuramos, André Villas Boas mas conhecido como clone de Mourinho vai deixar o Fc Porto e migrar para o cinema, pensa-se que o nome do primeiro filme terá o nome de "A procura do penalti perdido".

Bem mais a serio, queria referir que quem me dera ter sete pontos de avanço sobre o segundo, quem me dera ter empatado em Guimarães por isso só há uma explicação o homem passou-se completamente.

A conferencia de imprensa e a divulgação do minuto exacto, da certeza absoluta sobre o lance, e os momentos seguintes em que os programas desportivos do dia passaram e repassaram as imagens "a procura do penalti", deve envergonhar por esta altura Villas Boas.

Acidente de percurso...


O F.C Porto teve hoje o seu primeiro deslize na presente época, diante de um Vitória de Guimarães que ainda não tinha perdido qualquer jogo perante o seu público.

O resultado final foi 1-1, tendo Hulk sido o autor do golo solitário dos "Dragões" (aos 30 minutos da primeira-parte).

Neste jogo há muitos destaques a fazer (ora pela positiva, ora pela negativa). Para começar, creio que o resultado final deste jogo não pode nem deve colocar em causa todo um percurso que vem sendo criteriosamente e eficientemente traçado pela equipa Portista. Nota-se perfeitamente que mesmo em momentos do jogo complicados a equipa mantém a sua identidade e o seu modelo de jogo, pelo que a percentagem de sucesso no final da cada jogo é tendencialmente maior para o lado dos Portistas.

Para começar a análise nesta partida, eu destacaria os primeiros 20 minutos da primeira-parte. Durante este período de jogo o Vitória de Guimarães foi absolutamente "engolido". O F.C Porto pura e simplesmente fixou-se no meio-campo Vimaranense e as oportunidades foram aparecendo com alguma naturalidade.

A resposta Vimaranense iria ocorrer poucos minutos mais tarde, quando Toscano falha (incrivelmente) o primeiro golo do jogo.

Olhando para este lance e estendendo a minha análise para aquilo que foram os 90 minutos, eu direi que o Vitória de Guimarães só teve duas "aparições" na partida (dignas de registo, pois claro). Refiro-me a este lance de Toscano e ao golo de Faouzi.

Curiosamente e se olharmos ao desenrolar desses dois lances, há um aspecto em comum - o excesso de confiança quer de Álvaro Pereira (no primeiro lance) e de Fucile (no segundo lance).

De resto e olhando para a forma como o F.C Porto actuou nos 90 minutos, seria expectável e perfeitamente justificável a vitória. Na primeira-parte Hulk marca um golo soberbo e Moutinho vê Nilson negar-lhe o seu primeiro golo com a camisola dos Dragões.

Logo no reatamento do jogo (na segunda-parte), João Moutinho dispõe de nova oportunidade perante Nilson, oportunidade essa que precedeu chances como as de Falcao e Álvaro Pereira.

Em suma, o F.C Porto fez uma exibição boa na primeira-parte e não tão boa na segunda-parte. Estes dados levam-me a concluír que possivelmente o grande adversário deste F.C Porto para a presente época é o próprio. O excesso de confiança na forma como se abordaram determinados lances ditou o resultado final e é nesse aspecto que o trabalho de Villas-Boas deve incidir.

Continuo (como não poderia deixar de ser) convicto que o F.C Porto está a praticar o melhor futebol em Portugal, pelo que este resultado apenas terá sido um pequeno precalço num caminho que se antevê recheado de sucesso (pelo menos assim o espero).

Ainda no que diz respeito à já por mim referida excessiva confiança de alguns jogadores Portistas, eu destacaria em particular Varela que hoje pura e simplesmente "não esteve em campo". Possivelmente André Villas-Boas deveria ter iniciado o jogo com C.Rodriguez que nos jogos Europeus tem dado boas indicações tendo em vista a obtenção da titularidade na equipa.

Quanto a André Villas-Boas queria apenas deixar mais um "senão". Para além de discordar com o seu discurso na flash-interview (foi algo desajustado, uma vez que Fucile é bem expulso e não houve qualquer penalty a favor do F.C Porto), causa-me alguma confusão a constante alternância de centrais na equipa do F.C Porto. Eu percebo que a dificuldade de escolher uma dupla com três grandes jogadores seja complicada, no entanto pelo que conheço do jogador e por aquilo que já o vi fazer com a camisola Portista, creio que André Villas-Boas deveria "fixar" Otamendi como "patrão" da defesa e aí sim, alternar entre Maicon e Rolando como o segundo central.

É óbvio que nem Rolando, nem tão pouco Maicon tiveram quaisquer culpas no golo do Vitória de Guimarães (aliás, até gostei da exibição de ambos), no entanto acho que Otamendi tem o perfil ideal para assumir o lugar de "patrão" do eixo defensivo "azul-e-branco".

Relativamente à arbitragem e depois de ter feito aqui referência à minha discordância em relação às declarações "a quente" de André Villas-Boas, gostaria de destacar aqui um erro gravíssimo (desta feita do "bandeirinha"), quando assinalou um fora-de-jogo a Falcao (88 minutos), num lance em que o Colombiano por certo não iria desperdiçar (aliás, daria um golo muito semelhante ao que o próprio marcou em Sófia ainda esta semana).

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Jogar para o pontinho nunca deu certo


Domingos na conferência de imprensa tinha afirmado perentoriamente que iria sair do estádio da Luz com 5 pontos de avanço sobre o Benfica, na verdade se era esse o objectivo nada fez para o conseguir, até o 11 inicial escalonado para esta partida mostrou qual era a sua intenção.

Não passando de um moço de recados de quem "fugiu para a Galiza" Domingos foi a luz apenas e só com um pensamento tirar pontos ao Benfica, como tirar 3 poderia ser um risco optou pelos 2 e correu mal, como referi a quando da visita a Alemanha por parte do Benfica quem joga para o ponto arrisca-se quase sempre a não trazer nenhum. Se Domingos ainda teve essa ilusão durante 75 minutos, o golo de Carlos Martins não veio mais do que trazer justiça ao resultado, não fazendo um grande jogo é certo o Benfica fez mais do que suficiente para merecer a vitória, e continuar a ligeira recuperação na tabela classificativa.

O Benfica entrou bem fez 30 minutos de grande nível, colocando o Braga encostado as cordas e despejando a bola para a frente. Mais uma vez a finalização mostrou-se fraca e o empate na primeira parte é resultado disso mesmo, nota para a grande defesa de Roberto no final da primeira parte a mostrar mais uma vez que afinal o problema não era físico ou de falta de capacidade mas de outro nível. Na segunda parte nova entrada boa em jogo do Benfica lutando não só contra um adversário encolhido no seu meio campo, como contra um queimar de tempo incompreensível para um vice-campeão que supostamente referiu que vinha lutar pela vitória.

Gostei do jogo de Alan Kardec sem ritmo claro, mas a mostrar que pode ser uma boa aposta quando Cardozo falha, apesar de elevada estatura é rápido tanto a jogar como a executar em contra ponto com o paraguaio. Aimar também encheu as medidas junto com Gaitan parece que a rotatividade promovida pelos dois durante o jogo foi benéfica para a equipa e para ambos. Aimar ao cair na alas desequilibra muito mais bem como quando Gaitan migra para o meio e transporta a boa da defesa para o ataque, tem que melhorar claramente é no ultimo passe.

Quanto ao Braga mostrou mais uma vez que é um cavalo que corre por fora, na impossibilidade do chefe chegar a frente como ano passado aparece o Braga forte e pujante, quando se dá o contrario sobra-lhe o papel de gregário

domingo, 3 de outubro de 2010

Domingos o moço de recados

O Sport Lisboa e Benfica venceu o Sporting Braga, por 1-0, numa partida da sétima jornada da Liga portuguesa. Carlos Martins derrotou a muralha defensiva dos arsenalistas, com um golo espectacular de pé esquerdo.

Os primeiros cinco minutos de jogo demonstraram o que ia ser a primeira parte. Ascendente ofensivo por parte dos “encarnados”, com o Sp. Braga a defender com onze jogadores atrás da linha de meio-campo, sempre à espera de um contra-ataque venenoso.

O Benfica dominou a posse de bola e foi a equipa que criou as melhores ocasiões de golo. Aos sete minutos foi Carlos Martins que obrigou Felipe à primeira defesa da noite, num remate forte de fora da área.

Os campeões nacionais exibiram-se em bom plano e aos 17 minutos, Alan Kardec quase marcou. Na sequência do pontapé de canto, Carlos Martins voltou a rematar com muito perigo para as redes bracarenses. Aos 33 minutos, o inevitável número 17 voltou a rematar de longe e Felipe voltou a defender o esférico com alguma dificuldade. Um duelo à margem do jogo.

A pressão acentuou-se e aos 34 minutos, depois de uma excelente desmarcação de Pablo Aimar, Saviola rematou dentro da área para uma defesa de grande qualidade do guardião brasileiro do Sp. Braga.

A cinco minutos do intervalo, Carlos Martins e Felipe voltaram a encontrar-se. Livre lateral batido pelo médio recentemente convocado por Paulo Bento e Felipe volta defender. Luisão quase conseguiu o desvio vitorioso. Já em cima do apito para o recolher aos balneários, a equipa de Domingos obrigou Roberto à defesa da noite, na sequência de um pontapé forte de Elderson. Refira-se, a única vez, durante os primeiros 45 minutos que os arsenalistas chegaram com perigo à baliza “encarnada”.

No segundo tempo mais do mesmo. O Sporting de Braga recolhido ao seu meio-campo e o Benfica a pressionar. Com três minutos na segunda parte, Carlos Martins voltou a contribuir para o duelo com Felipe, mas atirou por cima. Aos 53 minutos o Benfica teve uma grande oportunidade para marcar e abrir as contas no Estádio da Luz. Maxi Pereira centrou no flanco direito, Kardec ganhou nas alturas à dupla de centrais bracarenses e Saviola sozinho dentro da área atirou por cima. Infelicidade do argentino.

O anti-jogo do Sp. Braga era cada vez mais notório. Os jogadores aproveitavam todos os segundos para cair, ou para não permitir livres marcados rapidamente e o maior exemplo disso foi a eternidade que Vandinho levou a ser assistido e a ser substituído… tudo isto sob o olhar complacente de Duarte Gomes.

Com 72 minutos jogados, o duelo da partida teve um justo vencedor: Carlos Martins fez um golo espectacular. Javier Saviola centrou para o segundo poste e depois de receber com o pé direito, o médio português utilizou o esquerdo para “fuzilar” Felipe e dar justiça ao resultado.

Os minhotos foram obrigados a abrir o jogo, mas a agressividade manteve-se. Que o diga Nico Gaitán, depois de uma entrada muito dura de Moisés. Não se percebe se o defesa bracarense confundiu a meia vermelha do argentino com o Mar Vermelho…

O árbitro Duarte Gomes concedeu seis minutos de tempo extra e Fábio Coentrão ainda teve uma grande oportunidade para fazer o segundo tento dos campeões nacionais, ao aparecer isolado. O remate acabou por sair ao lado da baliza.

No final da partida, o 1-0 é um resultado justo, mas há a lamentar a atitude defensiva da equipa de Domingos Paciência. O Sport Lisboa e Benfica somou a terceira vitória consecutiva na Liga portuguesa.

O treinador do Benfica, Jorge Jesus, apresentou o seguinte onze: Roberto, Maxi Pereira, David Luiz, Luisão, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Carlos Martins, Gaitán (César Peixoto 86’), Aimar, Saviola (Salvio 75’) e Kardec (Weldon 89’).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Uma convocatoria à Sporting.

Primeira convocatória de Paulo Bento enquanto seleccionador com duas grandes novidades: João Pereira e Paulo Machado. Destaque ainda para a inclusão de Carlos Martins e Hélder Postiga, que há muito não representavam a equipa das quinas.

João Pereira e Paulo Machado nunca representaram Portugal ao nível da Selecção principal, assumindo por isso o maior destaque, mas ganha também relevo as presenças de Carlos Martins e Hélder Postiga por há muito não serem chamados. A estes junta-se ainda Rui Patrício, se bem que a ausência deste nas últimas convocatórias tenha sido justificada em grande parte por ser o habitual titular da Selecção de sub-21.

Cristiano Ronaldo também está de regresso, uma vez que tinha falhado a última convocatória devido a lesão. Quem agora fica de fora por esses motivos é Ricardo Quaresma, além de Miguel (renunciou à Selecção), Nuno André Coelho e Manuel Fernandes.

Esta convocatória, a primeira desde que Paulo Bento assumiu o comando da Selecção, visa o duplo compromisso na fase de qualificação para o Euro-2012, o primeiro frente à Dinamarca, no próximo dia 8 no Estádio do Dragão, depois no dia 12 na Islândia.

Eis a lista completa:

Guarda-redes: Beto (FC Porto), Eduardo (Génova, ITA) e Rui Patrício (Sporting);

Defesas: Bruno Alves (Zenit, RUS), Fábio Coentrão (Benfica), João Pereira (Sporting), Ricardo Carvalho (Real Madrid, ESP), Rolando (FC Porto) e Sílvio (Sp. Braga);

Médios: Carlos Martins (Benfica), João Moutinho (FC Porto), Pepe (Real Madrid, ESP), Miguel Veloso (Génova, ITA), Paulo Machado (Toulouse, FRA), Raul Meireles (Liverpool, ING) e Tiago (AT. Madrid, ESP);

Avançados: Cristiano Ronaldo (Real Madrid, ESP), Danny (Zenit/RUS), Hélder Postiga (Sporting), Hugo Almeida (Werder Bremen, ALE), Liedson (Sporting), Nani (Manchester United, ING) e Varela (FC Porto).

O grupo fica de apresentar-se no próximo dia 5, terça-feira, em Óbidos, tendo o primeiro treino agendado para as 17 horas.

Enquanto continuar a existirem brasileiros na nossa selecção não poderei estar ao lado da selecção nacional