segunda-feira, 5 de outubro de 2009

45 chega...

Arte, engenho e garra. O Benfica apresentou-se em Paços de Ferreira com a ambição de fazer esquecer a derrota de Atenas e manter a perseguição ao Sp. Braga, líder da Liga Sagres à 7.ª jornada. Os "encarnados" conseguiram os seus intentos em grande estilo, vencendo o Paços por 1-3 num jogo que voltou a contar com casa cheia. É que quando o espectáculo é bom... o público vai à bola.

Arte benfiquista

Sem pedir licença. Assim se apresentou o Benfica em Paços de Ferreira.
E se fantasmas existiam acerca da derrota de Atenas, bem cedo passaram à história. Logo aos quatro minutos, quando ainda a enorme falange benfiquista (que esgotou a Mata Real) se acomodava nas bancadas, e eis que David Luiz, vindo lá dos céus, desceu à terra para um monumental desvio de cabeça na sequência de um canto.

Estava dado o mote para uma exibição de raça mas também feita de arte (afinal de contas, apenas mais uma naquele que é o melhor início de época dos últimos anos). Se em Paços de Ferreira há que vestir o fato-macaco, então os discípulos de Jesus assim o fizeram. Sem conceder espaço aos rápidos avançados pacenses, o quarteto defensivo "encarnado" foi apenas o ponto de partida para um meio campo que não deixou o adversário respirar e que encontrou soluções para servir Saviola e Cardozo.

Sobravam as soluções e também os momentos de inspiração. É que se o foguete de Carlos Martins (muito bem no lugar de Aimar), desferido a
35 metros da baliza, tornou tudo mais fácil, então já à beira do intervalo foi Cardozo quem não se fez rogado ao oitavo golo no campeonato, na marcação de um livre directo. A bola, de tão colocada, até acordou a "coruja" bem lá no cantinho onde ela "dormia".

Face guerreira

Na segunda parte, o Benfica tentou controlar a partida, baixando o ritmo de jogo, o que permitiu ao Paços de Ferreira ter mais bola do que anteriormente acontecera. Depois de Quim já ter evitado o golo aos 65', coube a Maykon reduzir, marcava o minuto 68 o cronómetro. Logo depois, Cristiano saiu de uma situação difícil e obrigou Quim a nova grande defesa. Era o melhor período do Paços.

Um período em que o Benfica, mais do que nunca, soube mostrar a sua face guerreira, não permitindo veleidades aos nortenhos e voltando a assumir o controlo da partida, ficando mesmo a impressão que a qualquer momento poderia surgir o quarto golo. Com este triunfo, o Benfica voltou ao fugir ao Porto, elevou para oito pontos a distância do Sporting e está a apenas dois do líder Braga.

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