terça-feira, 21 de dezembro de 2010

R.I.P Dr.Pôncio Monteiro: Um grande portista e um grande senhor!


Foi com natural tristeza que todos os Portugueses (sejam eles Portistas, Benfiquistas ou Sportinguistas) viram partir uma figura incontornável do futebol Português.

Dr.Pôncio Monteiro, que há bem pouco tempo vinha com naturalidade comentando o estado do seu F.C Porto no programa "Prolongamento" (da TVI24), não resistiu a um AVC no passado dia 17 de Dezembro.

Apesar de todo o seu fanatismo pelos Dragões e apesar de não aparentar a agilidade de pensamento de outros tempos, Pôncio Monteiro dava "vida" e boa disposição ao referido programa de debate futebolístico.

Portugal perde assim um grande senhor do futebol, mas acima de tudo um excelente ser humano!

Dr.Pôncio, as conquistas do F.C Porto este ano serão para si!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Era de prever...


Na teoria uma deslocação à Mata Real nunca seria fácil - e não o foi. No entanto as declarações "balofas" do presidente do Paços de Ferreira foram não mais do que um impulso para que o F.C Porto desse continuidade à sua invencilibidade.

O F.C Porto entrou com muita atitude, conseguiu a vantagem no marcador bem cedo por intermédio de Otamendi e manteve os níveis de intensidade elevados durante os 90 minutos.

A prova dessa mesma atitude reflecte-se na forma como os jogadores festejaram o golo do central Argentino. Tal como se estivessem a perder, os jogadores do F.C Porto recolheram no imediato a bola e trouxeram-na com relativa pressa ao círculo central (para que o jogo fosse rápidamente recomeçado).

Na segunda-parte houve momentos em que o Paços conseguiu reagir e equilibrar o jogo. Helton, durante esse período, foi absolutamente fantástico e constituiu uma muralha inultrapassável para a frente-de-ataque pacense.

Os golos da tranquilidade acabariam por surgir perto do final do encontro, através de Hulk (de penalty) e Walter, respectivamente.

Relativamente às prestações individuais, para lá de Hélton, os meus destaques vão para os marcadores dos golos da equipa Portista, para Belluschi (que fez uma exibição muito boa) e James Rodriguez (que continua a mostrar credenciais). Um destaque especial para Otamendi (que, a cada jogo que passa, mostra ser um central de "top") e para o instinto goleador de Walter.

Está assim fechado o ano desportivo de 2010 e o F.C Porto reentrará na próxima época "com a cabeça a prémio", pois claro.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A habitual "chapa 3"



Foi uma fase de grupos (quase) imaculada, a do F.C Porto na Liga Europa.

Depois de ter vencido por 3-1 na Turquia, depois de ter vencido por 3-1 em Viena, depois de ter vencido por 3-0 no Dragão o Rapid, o F.C Porto volta a aplicar "chapa 3". Desta feita a vítima foi o CSKA de Sófia que em sua casa havia perdido para o F.C Porto por apenas 0-1.
O jogo foi tranquilo. Fui assistir ao jogo no Dragão e, no meu ponto-de-vista, o F.C Porto fez uma primeira-parte muito boa, chegou à vantagem no marcador através de um golo de Otamendi e foi apenas esse golo que separou as duas equipas ao intervalo.

Era uma resultado "enganador", tendo em conta que o F.C Porto já tinha criado ocasiões em sobra para avolumar o resultado (destaque para um fantástico remate de Walter, à trave).

Na segunda-parte, mais do mesmo. O F.C Porto conseguiu marcar mais dois golos (por Ruben Micael e James Rodriguez, respectivamente), mas não se livrou de um "susto" provocado pelo único remate que os Búlgaros do CSKA fizeram à baliza do guardião Helton.

Acima de tudo foi um jogo sério aquele que o F.C Porto realizou, tendo inclusive se dado ao "luxo" de desperdiçar uma grande penalidade (por Falcao) e enviar nova bola à barra (por João Moutinho, já no final da partida).

Do ponto-de-vista individual, eu direi que Fucile foi o melhor em campo, a que se seguiu o "patrão" Otamendi e Ruben Micael. A par destas três exibições (que na globalidade foram as mais regulares), destaque muito positivo para Walter, Falcao, James e para a entrada em campo de João Moutinho. O ex-leão entrou em campo no decorrer da segunda-parte, assistiu James para o seu primeiro golo oficial e tudo o que fez foi bem feito.

Nota ainda para um dos momentos da noite. No inicio da segunda-parte a boa disposição tomou conta das bancadas do F.C Porto, a partir do momento em que um adepto "invadiu" o campo e distribuiu cumprimentos aos jogadores Portistas. O referido adepto foi, seguidamente, acompanhado pelos seguranças. Não era necessário tanto "espalhafato" e a segurança deveria primar por actuar em situações mais graves que estas.

Com este resultado e a um jogo de terminar o ano de 2010, o F.C Porto continua orgulhosamente "com a cabeça a prémio".

domingo, 12 de dezembro de 2010

Asa esquerda diabólica!


O F.C Porto venceu, como seria de esperar, o modesto Juventude de Évora por uns folgados 4-0.

Neste jogo, que teve tanto de seriedade, como de tranquilidade por parte dos Dragões, brilhou toda uma "asa" esquerda.

Começando no sector mais recuado, saúda-se o retorno de Álvaro Pereira. "Palito", como é conhecido no mundo do futebol, voltou em grande plano, tendo marcado um golo, assitido Walter para outro e feito uma série de incursões no ataque que pulverizaram a defesa Alentejana.

Um pouco mais à frente, eis o destaque da noite - James Rodriguez. Acho incrível um jogador deste calibre ter estado no banco durante tanto tempo (Villas-Boas lá saberá...).

O jovem internacional sub-20 Colombiano tem um pé-esquerdo fantástico, um drible desconcertante e uma capacidade de improviso fantástica.

Além de ter assistido o seu compatriota Falcao para mais um golo (a recuperação de bola e o cruzamento foram fantásticos), James viu por mais do que uma vez o golo negado pelo guardião da equipa do Juventude. Está aqui, sem margem de dúvidas, um talento em bruto! Ele, Walter e Souza são jogadores que dão garantias de presente e muito mais garantias de futuro!

Relativamente às outras contingências desta partida da Taça de Portugal, destaque para o primeiro golo de J.Moutinho na sequência de uma jogada fabulosa. Um verdadeiro "hino ao futebol"!

Por fim, nota positiva para Walter que em poucos jogos mostrou o pragmatismo suficiente para marcar o seu quinto golo da temporada.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Elmano Santos quis decidir...mas falhou!


Numa noite muito fria no Estádio do Dragão, uma exibição q.b do F.C Porto foi suficiente para levar de vencido um Vitória de Setúbal que, durante os primeiros 45 minutos, não fez qualquer remate à baliza de Hélton.

Ao intervalo o F.C Porto levava vantagem no marcador por 1-0, na sequência de uma grande penalidade duvidosa. Admito que possa até nem ter existido, mas o facto desta ter sido assinalada na primeira-parte e o facto de suscitar diferentes pontos-de-vista, fez-me desde logo antever um cenário de "compensações" em que Elmano Santos costuma mostrar predicados. E assim foi na segunda-parte. Para além das inúmeras faltas que ficaram por marcar sobre Hulk, Elmano Santos vislumbrou uma grande penalidade na grande área do F.C Porto e, à segunda tentativa, Jailson atirou para a bancada.

O cúmulo da desorientação de Elmano Santos passou não só pelo assinalar de grande penalidade, mas também pela amostragem do cartão amarelo. Se hipotéticamente tivesse existido penalty (e efectivamente não existe penalty), seria Fucile o jogador merecedor de cartão amarelo e não Otamendi.

Tirando estas incidências do jogo, registo de bom grado as boas exibições de Rolando, Moutinho e C.Rodriguez.

C.Rodriguez mais uma vez é perseguido pelo azar, já que num momento em que estava a "agitar" o jogo, viu a sua participação na partida interrompida por força de uma lesão.

Dito isto a exibição q.b do F.C Porto justifica-se um pouco pelo esforço excessivo do jogo em Viena (na passada quinta-feira), onde grande parte dos atletas que compuseram o onze inicial jogaram sob condições praticamente desumanas.

São desta feita mais três pontos para o F.C Porto, continuando a equipa de André Villas-Boas com a "cabeça a prémio".

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Orgulhosamente únicos!


Depois do Real Madrid de José Mourinho ter sido "despachado" pelo Barcelona com uma mão-cheia de golos, depois do Manchester Utd. ter sido goleado pelo West Ham, apenas o F.C Porto resistia enquanto equipa invicta no futebol europeu.

Sob o comando de André Villas-Boas (treinador esse que, segundo Luis Filipe Vieira, foi contratado "à pressa"), o F.C Porto tinha hoje nova "prova de fogo" ao seu estatuto de invencibilidade. Tal prova foi superada com brilhantismo e eficácia, tudo graças a um "hat-trick" de Radamel Falcao.

Foi um jogo especial. O F.C Porto voltava a um palco onde já foi feliz - e quem não se recorda das façanhas de Madjer e Juary ao poderoso Bayern? - com condições extremamente adversas. O campo estava coberto de neve e certamente que pela cabeça dos Portistas terá passado a célebre final em Tokyo diante do Penãrol (também ela em 1987).

O jogo até nem começou muito bem para os Dragões, que nos primeiros minutos denotaram alguma dificuldade em adaptar-se às condições extremas do relvado (e recorde-se que foi debaixo de condições semelhantes que a "Juve" foi eliminada ainda ontem, diante do Lech Poznan). Os Aústriacos, sem que nada o justificasse, conseguiram chegar à vantagem no marcador, no seguimento de um lance onde foi notória a falta de comunicação momentânea entre Otamendi e Helton.

Otamendi, poucos minutos mais tarde acabaria por se "redimir", ao servir brilhantemente Falcao para o 1-1. O resultado não era o mais justo (já que o F.C Porto na primeira parte ainda dispôs de duas oportunidades de Varela e de uma de Falcao), mas efectivamente foi assim que as equipas recolheram às cabines.

Na segunda-parte mais do mesmo. O F.C Porto entrou dominador, pressionante, mas as condições do relvado impediam a livre e criteriosa circulação de bola que o F.C Porto nos tem habituado a fazer.

No entanto Falcao voltou a mostrar o porquê de ser uma ameaça terrível às defesas contrárias e, na sequência de duas "bombas" de Hulk (um cruzamento e um remate frontal), o Colombiano voltou a facturar já dentro dos 10 minutos finais.

Foi uma grande vitória. Uma vitória que atesta a categoria e classe de uma equipa superiormente orientada que, mesmo em condições adversas, consegue encontrar o melhor caminho para alcançar o sucesso colectivo.

No meu ponto-de-vista, a par desta vitória, existem mais três que são sem margem de dúvida o maior atestado de competência quer da equipa, quer do treinador. Refiro-me precisamente à vitória em Coimbra (no célebre "dilúvio", diante da Académica), à vitória expressiva diante do Benfica e à vitória por 1-3 em solo Turco, diante do Besiktas (jogo em que o F.C Porto conseguiu marcar dois golos com apenas dez jogadores em campo, número esse que viria ser ainda mais reduzido após expulsão de Fernando).

Hoje, como é óbvio, a equipa e o treinador estão de parabéns mas, no meu ponto-de-vista e para lá do destaque óbvio a Falcao, não há como não destacar as excelentes prestações de Freddy Guarín, Moutinho, Fucile e Hulk.

O F.C Porto continua, assim, com a "cabeça a prémio".

domingo, 28 de novembro de 2010

Perante tanto contratempo, manteve-se a invencibilidade...


O F.C Porto já leva 31 jogos oficiais sem perder (contabilizando encontros de carácter nacional e internacional).

O último destes encontros realizou-se ontem e de tudo foi feito para que a hegemonia Portista sofresse um pequeno abalo.

Apesar das maçãs que foram atiradas para o relvado (afinal também há energúmenos no Sporting C.P), apesar dos lasers apontados à cara de J.Moutinho, apesar do discurso descabido e pleno de hipocrisia do presidente Bettencourt em tom elogioso para com a "ex-maçã podre", apesar do golo em fora-de-jogo de Valdés, apesar da expulsão perdoada a Maniche, apesar da expulsão mal assinalada a Maicon (depois de revisto o lance e de ter lido as crónicas nos principais diários desportivos, é uma evidência que o central foi mal expulso) e apesar da expulsão de André Villas-Boas, o F.C Porto permanece invicto.

Nem mesmo uma arbitragem "habilidosa" e um Sporting a (tentar) realizar o jogo da "sua vida" foram capazes de destronar um F.C Porto que tem mostrado personalidade e clarividência jogo após jogo.

A crónica deste jogo já foi por mim feita no dia de ontem, mas em jeito de resumo poder-se-á dizer que o jogo se divide em três partes:

- Uma primeira-parte onde um F.C Porto pleno de sobranceria não impôs o seu habitual nível de intensidade.

- Uma segunda-parte onde o F.C Porto prometia uma "remontada", jogando a campo todo e constantemente em cima das linhas recuadas do Sporting C.P.

- Um resto de segunda-parte após expulsão de Maicon, em que Jorge Sousa fez questão de cortar o ímpeto a um F.C Porto cada vez mais sufocante.

Parafraseando Villas-Boas, "o F.C Porto continua assim com a cabeça a prémio"!

sábado, 27 de novembro de 2010

Soube a pouco...


Olhando para os dados estatísticos (designadamente tendo em conta o factor "casa" e o número de jogadores com que cada uma das equipas terminou o jogo), o 1-1 até poderia ser considerado um resultado aceitável. Mas para quem viu o jogo, sobretudo para quem for Portista, fica a clara sensação que um pouco mais de atitude na primeira-parte teria sido meio caminho andado para uma vitória expressiva.

O Sporting C.P até entrou pressionante, com jogadores como João Pereira, Maniche, Pedro Mendes, Liedson e Postiga que jogaram nos "limites". Mas efectivamente sempre que o F.C Porto tinha a bola em sua posse, o jogo pausava, serenava e ficava à mercê de uma investida pela certa. Foi isso que se viu na primeira-parte quando, por exemplo, Radamel Falcao falha uma chance clara de golo na "cara" de Rui Patrício.

O problema é que a esse futebol criterioso e pausado, faltou atitude. Aliás, o verdadeiro F.C Porto "à Porto" viu-se na segunda-parte (sobretudo até à expulsão de Maicon).

Depois de Valdés, ainda na primeira-parte, ter feito um golo absolutamente fortuito (numa jogada que resultou de uma reposição de bola do guarda-redes...e ainda para mais em fora-de-jogo), Radamel Falcao reestabeleceu o empate com que o jogo viria a terminar, concluíndo com êxito uma jogada brilhantemente construída por Moutinho e Hulk.

Depois do empate do F.C Porto e pela forma pressionante como a equipa apareceu na segunda-parte, confesso que esperei que o F.C Porto confirmasse a "remontada". Mas enganei-me. Jorge Sousa fez "vista grossa" a uma agressão de Maniche a João Moutinho, mas não a fez quando Maicon "atropelou" Liedson.

Não discuto sequer se a expulsão de Maicon é justa (sim, porque o central Brasileiro foi displicente e com isso prejudicou a equipa), mas lamento a dualidade de critérios do senhor do apito.

Por outro lado e para a "festa" ficar completa, André Villas-Boas foi expulso do jogo, em mais um lance onde o sr.Jorge Sousa, que tanto gosta de se fazer mostrar, foi excessivamente disciplinador (mas sempre para o mesmo lado, refira-se).

Após a expulsão de Maicon o F.C Porto compactou o meio-campo e serenou toda a sua estrutura com a boa entrada de Otamendi.

Mesmo com 10 unidades esperava mais do F.C Porto, sobretudo tendo em conta que este mesmo F.C Porto foi capaz de marcar três golos em solo Turco (diante do Besiktas) com menos unidades em campo.

Em suma, o F.C Porto segue invicto no seu percurso e do ponto-de-vista individual, registaria as boas exibições dos laterais (Rafa e Sapunaru), assim como o bom jogo do ponta-de-lança Falcao.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vale tudo



Para muitos e bem pode ser o melhor treinador do mundo, mas com estas atitudes que prejudicam o futebol e a sua verdadeira essência para mim fica longe disso, mesmo ganhando tudo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Serviços mínimos


Uma exibição q.b carimbada com um golo solitário de Radamel Falcao, foi suficiente para eliminar o Moreirense no seu reduto.

Jogar em Moreira de Cónegos não era fácil. Não pelas condições meteorológicas e da qualidade do relvado, mas acima de tudo pela dimensão mais reduzida do terreno de jogo.

Sem deslumbrar e com uma estrutura defensiva extremamente segura, o F.C Porto tomou sempre o controlo absoluto da partida e justificou em pleno a vitória.

Nesta partida houve alguns registos a fazer pela positiva e outros tantos pela negativa. Se por um lado Belluschi foi, na minha opinião, o jogador com nota mais elevada em campo, por outro lado a exibição de Walter foi um tanto ou quanto confrangedora. Walter já provou que é um jogador com imenso potencial, no entanto hoje não soube aproveitar mais uma boa oportunidade que lhe foi dada. Não aproveitou ele, aproveitou Falcao.

Radamel Falcao continua decisivo como sempre, pelo que a sua entrada colocou em sobressalto a defensiva do Moreirense.

Por outro lado esta terá sido também a exibição menos conseguida de Hulk esta época (de quem também se esperava mais).

Do ponto-de-vista dos destaques, resta-me atribuir boa nota a Rafa que aparentemente não acusou o peso e a responsabilidade de substituir Álvaro Pereira, tendo estado bem durante os 90 minutos.

Em suma, o objectivo geral foi cumprido, o F.C Porto ganhou e manteve-se como a melhor defesa da Europa. Nem sempre se pode vencer com "nota artística" elevada.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Assim dá gosto...


É preciso rodar a fita muito atrás para encontrar uma selecção nacional (cada vez mais Portuguesa na íntegra) a jogar tão bem quanto a actual.

Paulo Bento, contra todas as expectativas, tem obtido resultados brilhantes e tudo fruto de um trabalho que assenta no critério da "não-invenção". Hoje foi o culminar de um arranque fantástico de Paulo Bento ao serviço da selecção. Ainda que o jogo de hoje, diante da Espanha, tenha sido de carácter meramente amigável, a verdade é que a selecção Portuguesa não relaxou, jogou em "alta rotação" e goleou a actual campeã do Mundo por uns "escassos" 4-0.

Antes de mais, considero-os escassos na medida em que a par de mais uma mão-cheia de oportunidades por concretizar, C.Ronaldo fez um golo de antologia que o árbitro do encontro fez questão de invalidar. Os 5-0 seriam, desta feita, o resultado com que na prática terminaria o encontro face ao que se passou dentro das quatro-linhas.

Mas mais do que qualquer golo eu realço a postura da equipa. Neste momento eu olho para a selecção e vejo uma equipa organizada, sem recurso aquela que foi em tempos a habitual "batalha de egos". Vemos um Ronaldo motivadíssimo e a jogar como nunca, vemos um Nani em excelente forma e, por exemplo, um Postiga "renascido" - quem diria!

Para lá de todos estes destaques é absolutamente notável a forma actual de jogadores como João Moutinho. Esteve em dois dos quatro-golos e foi o nosso Iniesta de serviço. Uma verdadeira "formiga" naquele meio-campo que imprimiu uma intensidade de jogo elevadíssima!

É óbvio que a selecção Espanhola, em alguns momentos, não abordou o jogo com total seriedade mas que isso não sirva para tirar mérito a uma selecção Portuguesa que vem cimentando um estilo de jogo e um modelo táctico a cada partida que realiza.
É caso para dizer que se porventura Gilberto Madail tivesse tido sucesso naquela "operação Mourinho", provavelmente os resultados práticos não teriam tido esta proporção. Com um treinador mais barato e vindo do desemprego, os resultados estão a ser manifestamente satisfatórios.
Portugal está de parabéns!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Mantorras de cabelo cumprido

Os campeões nacionais venceram a Naval 1.º de Maio, por 4-0, numa partida que contou para a 11.ª jornada do Campeonato Nacional. Kardec abriu o marcador, Gaitán bisou e Nuno Gomes concluiu a goleada.

Este encontro começou com um ritmo muito elevado. A Naval não utilizou o “autocarro” e assumiu uma postura de jogar o jogo pelo jogo, o que é sempre salutar. Os campeões nacionais entraram com tudo e tiraram proveito da velocidade nas alas, com ambos os flancos a participarem activamente no processo ofensivo.

Curiosamente, o primeiro sinal de perigo do jogo surgiu dos pés de Fábio Júnior, que depois de ter alguma sorte em ressaltos obrigou Roberto a uma defesa espectacular para canto. A resposta não tardou e através de uma jogada de encher o olho a qualquer adepto do desporto-rei, o Benfica inaugurou o marcador. Salvio desmarcou Saviola com mestria, o trinta “encarnado” levantou a cabeça e descobriu Alan Kardec solto no centro da área, que só teve de empurrar com classe.

O acelerador ficou preso no fundo e houve muita qualidade no Estádio da Luz. No espaço de dois minutos, Aimar brilhou e só não aumentou a parada devido à boa oposição do guardião da Naval, Salin. No primeiro lance ficou registada uma excelente iniciativa individual de Nico Gaitán, que transformou a defensiva da Figueira da Foz em “manteiga”.

A formação às ordens de Rogério Gonçalves só conseguiu apresentar algum perigo através de bolas paradas e aos 21 minutos, Hugo Machado atirou ao poste, com Roberto a controlar a trajectória do esférico.

Volvidos quatro minutos, o endiabrado Salvio centrou de pé esquerdo para a cabeça de Kardec, que obrigou Salin a defesa apertada no chão. O ritmo de jogo abrandou, mas o Benfica manteve sempre o controlo do jogo, gerindo superiormente a posse de bola. Até ao apito do árbitro Vasco Santos, destaque para um remate do médio defensivo Airton, que chegou a 25 metros da baliza da Naval, encheu o pé direito e lançou uma bomba para defesa muito complicada a dois tempos do guardião francês.

Magia argentina

Nos primeiros 60 segundos da etapa complementar, o ataque dos “encarnados” fabricou uma bela jogada de entendimento e Gaitán brilhou. Salvio apostou numa diagonal para a área, desmarcou Aimar que rematou prontamente para defesa incompleta de Salin para a frente, proporcionando, assim, a Gaitán, um golo de muita qualidade com a parte de fora do pé esquerdo. A bola entrou na “gaveta” e levou o Estádio dos campeões nacionais ao rubro.

Com este golo, a Naval 1.º de Maio quase atirou a toalha ao chão e “ofereceu”, de vez, a iniciativa de jogo ao Benfica, limitando-se a defender no sector mais recuado do seu meio-campo. As oportunidades continuavam a aparecer e o terceiro golo era uma certeza.

A meia-hora do apito final, Salvio voltou a fazer das suas. Ganhou a linha de fundo no flanco direito e centrou a bola para o segundo poste, onde estava Gaitán, mais uma vez no sítio certo, a elevar o número de golos desta ronda da Liga.

Franco Jara entrou para o lugar de Alan Kardec e aos 74 minutos trabalhou com classe na esquerda, trocou as voltas ao marcador directo e centrou rasteiro para Aimar, que com algum infortúnio, acertou no poste.

Passados cinco minutos, Gaitán quase chegou ao hat-trick com um lance de génio. Aproveitou o adiantamento de Salin e arriscou o chapéu, que só não foi bem sucedido porque o guarda-redes da Naval “esticou-se” e cedeu canto.

A equipa da foz do Mondego só teve um lance de registo no segundo tempo. Alex Hauw tentou surpreender Roberto com um remate rasteiro, mas mais uma vez, o guarda-redes do Benfica demonstrou segurança e defendeu para a linha de fundo.

A cereja no topo do bolo estava reservada para os 88 minutos da partida. Nuno Gomes que tinha rendido Gaitán (foi aplaudido de pé pelos adeptos) pressionou Salin que estava fora da área, obrigou o francês a errar e fruto da sua grande experiência, não teve dificuldades em fechar a contabilidade da noite.

No próximo jogo da Liga portuguesa, o Benfica desloca-se ao Estádio Municipal de Aveiro, para defrontar o Beira-Mar.

O Sport Lisboa e Benfica apresentou-se em campo com o seguinte onze: Roberto; Ruben Amorim, David Luiz, Sidnei, Fábio Coentrão; Airton, Gaitán (Nuno Gomes 86’), Salvio, Aimar; Saviola (César Peixoto 76’) e Kardec (Franco Jara 52’).

in SLBenfica.pt

domingo, 14 de novembro de 2010

Pragmatismo e vitória pela certa


À margem dos floreados e de algum do brilhantismo que ajudou a facilitar a goleada no Domingo passado, um F.C Porto transfigurado (por força de algumas alterações, ora por lesão, ora por castigo, ora por opção), venceu o Portimonense por 2-0.

A crítica que desde então antevê goleada em cada jogo que o F.C Porto realiza, teve o displante de caracterizar o jogo de hoje (em que o F.C Porto dominou e venceu com relativa tranquilidade), como o "pior da época". Hilariante, no mínimo.

Para começar acho louvável a forma como André Villas-Boas respondeu aos jornalistas na conferência de imprensa, deixando antever umas capas de jornais e algumas crónicas menos de acordo com a realidade.

Haverá natural tendência para afirmar que o F.C Porto "facilitou" e, como tal, não goleou. Essa tendência está completamente errada já que o F.C Porto, sem fazer um jogo deslumbrante, manteve sempre o seu controlo e viu dois golos cortados em cima da linha de baliza (numa espécie de "duelo" particular entre Otamendi e Ricardo Pessoa).

Do ponto-de-vista exibicional, gostei imenso do jogo realizado por Walter e Otamendi.

Ambos vêm reforçando um estatuto de "suplente de luxo" com exibições produtivas e seguras sempre que são chamados à titularidade (estatuto esse que meritóriamente já foi atribuido a jogadores da classe de Ruben Micael, Fucile e, por exemplo, Freddy Guarín).

Se Otamendi impõe liderança e calma no eixo da defesa - qual Kaiser! - já Walter tem aproveitado os seus minutos a titular com golos. Num total de dois jogos oficiais a titular pelo F.C Porto, o jovem avançado brasileiro já marcou 4 golos.

Hoje, eventualmente, terá marcado o melhor dos seus quatro golos, num lance em que Ruben Micael assumiu um papel preponderante no desenvolvimento da tabela que dá origem ao golo.

Foi um magnífico remate de Walter, mais em jeito do que em força, que desta feita bateu Ventura para o 1-0.

O 2-0 surge, já na parte final do encontro, na sequência de uma grande penalidade inequívoca sobre C.Rodriguez.

A par das exibições de Otamendi e Walter, gostaria de salientar o excelente jogo de Fucile e de Belluschi.

Resumidamente foi uma vitória justa numa exibição globalmente "q.b". Não houve goleada, mas mantêve-se a competência.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Perdes-te o credito amigo


Depois de uma época fantástica o sucesso subiu a cabeça do treinador do Benfica, falo em sucesso mas também claro em euros, na verdade o que fica da noite de ontem é a derrota pura e crua de Jorge Jesus, não há espaço para criticar jogadores ou mais outra coisa, fica claro que todo o credito ganho por Jorge Jesus esfumou-se em apenas 10 jogos.
É inaceitável como num jogo importante que perder até nem seria surpresa porque o FC Porto é uma boa equipa neste momento, mas perder da forma como foi é inaceitável, e se 5 golos são inaceitáveis, mais inaceitável é o medo do nosso treinador durante o jogo e também depois nas pseudo desculpas.

Hulk é sem duvida um grande jogador mas não joga sozinho, um clube como o Benfica nunca na sua história pelo menos que me recorde entrou dentro de campo apenas e só para travar um jogador, e olhem que no passado recente já jogou contra Messi, C. Ronaldo entre outros e com equipas muito inferiores a actual tendo até obtido bons resultados, mas como estamos a falar de um clássico, basta ir aos 3 ou 4 clássicos anteriores e reparar estatisticamente o que Hulk fez mesmo nos 3-1 de ano passado teve pouco influencia.

Estranha-me também como é possível depois de um jogo como o de terça-feira contra o lyon a dupla César Peixoto Fábio Coentrão ter feito um bom jogo tanto ofensivamente como defensivamente e neste jogo ter-se apostado numa opção completamente oposta, e refiro mais uma vez a culpa não é de nenhum jogador. Deixo também aqui uma nota, Peixoto não é um primor de jogador mas defensivamente mesmo com algumas falta de velocidade tem uma capacidade táctica e posicional que o permite quase sempre ganhar vantagem isso viu-se quase em todos os jogos em que jogou a defesa, estranho mais uma vez que Jesus que tanto gosta dele não tenha apostado nisso.

Concluindo Jorge Jesus talvez por ser Sportinguista e gostar muito de abraçar presidentes corruptos ainda não percebeu o que o Benfica é e sempre foi, nem nos infelizes tempos de Vale de Azevedo em que a equipa do Benfica era composta por carteiros e ferreiros o treinador do clube tinha mostrado tanto medo de um só jogador. Os adeptos devem apoiar incondicionalmente a equipa mas mostrar no próximo jogo em casa todo o seu desagrado com o seu treinador, o credito acabou amigo.

Há imagens que valem mais que mil palavras...


Atentem só na camisola de Álvaro Pereira...

domingo, 7 de novembro de 2010

Razão tinha Luis Filipe Vieira...


É que mais valia o SL Benfica não ter comparecido no Estádio do Dragão, pois desta feita perdia apenas por 3-0 (por falta de comparência) e não por 5-0!

Que este resultado sirva acima de tudo para acabar de uma vez por todas com o "choradinho" da "Verdade Desportiva". A nossa "verdade" (F.C Porto), exprimiu-se única e exclusivamente dentro de campo e de forma clara e expressiva. Foi uma mão-cheia de golos, mas poderiam ter sido pelo menos mais dois, dado que ficaram por assinalar dois penaltys claríssimos em favor do F.C Porto.

Além do mais e embora ninguém o refira, o F.C Porto teve menos dois dias para preparar este jogo do que o seu "rival".

Resumidamente e tal como eu vinha vaticinando há alguns tempos, o SL Benfica estava claramente com pouca vontade de vir jogar ao Dragão. Não pela violência dos adeptos Portistas (porque essa violência é recíproca), mas sim pela "violência futebolística" que este F.C Porto de André Villas-Boas vem apresentando.

Aliás, é gratificante ver o auto-propalado "catedrático no futebol" montar uma estratégia ilustrativa do medo com que a equipa do SL Benfica abordou o F.C Porto. Esta época, nunca David Luiz tinha sido defesa-esquerdo e o receio pelas arrancadas de Hulk fez Jesus optar pelo Brasileiro a defesa-esquerdo. De nada adiantou. Hulk "derreteu" David Luiz como quis.

Quanto aos destaques individuais, eu direi que na posição de adepto é dificil de os fazer quando todo um colectivo funciona tão bem. Mas globalmente eu direi que Hulk, Falcao, Varela e Belluschi "partiram a loiça toda".

Uma palavra para André Villas-Boas que abordou o jogo com a mesma estratégia que tem usado com maior frequência e conseguiu facilitar, com naturalidade, a vitória. Aliás, o modesto Limianos conseguiu dar mais luta ao F.C Porto que o SL Benfica. É esta a "verdade desportiva"!


P.S: Fico apenas a aguardar a que motivo "extra-futebol" o SL Benfica se vai "agarrar" para desvalorizar esta derrota.

Vergonhoso

Caro Jorge Jesus vai mas é aprender a jogar golf.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Roubado, mas apurado!


O F.C Porto empatou diante o Besiktas (1-1), resultado esse que conjugado com a vitória dos Búlgaros do CSKA permitiu desde já assegurar a passagem aos 16 avos de final da Liga Europa.

Poder-se-á dizer que o F.C Porto globalmente jogou bem. Sem ter feito o melhor jogo da época, André Villas-Boas promoveu a integração de alguns habituais suplentes, sem que com isso tenha perdido o domínio do jogo quer em posse de bola, quer em oportunidades de golo criadas.

Na primeira-parte, o jogo foi todo ele do F.C Porto. Os "Dragões" partiram para o intervalo com uma vantagem escassa (golo de penalty de Radamel Falcao) e na segunda-parte (após a expulsão de C.Rodriguez), Nihat empatou (com um golaço, diga-se).

No lance que deu origem à expulsão de Rodriguez (por acumulação de amarelos), nada tenho a dizer a não ser lamentar a ingenuidade de "Cebola" em caír no jogo de provocações de Ibrahim Usulmez. O veterano "capitão" do Besiktas manteve-se "milagrosamente" em campo durante os 90 minutos e tudo isso se deve a uma arbitragem absolutamente lamentável e desastrosa.

De entre as ínumeras entradas perigosas não sancionadas pela equipa de arbitragem (e eis o meu espanto quando li que o árbitro deste jogo era "apenas e só"...o melhor árbitro Italiano), eu destacaria aqui dois lances cruciais. Na segunda-parte há um claro penalty de Falcao (mais uma vez o árbitro errou, tendo contado com a cumplicidade dos ínuteis árbitros de baliza). Além do referido lance (e a meu ver ainda mais escandaloso), foi anulado um golo "limpinho" a Ruben Micael.

Aliás, nestes dois jogos diante dos Turcos, foram anulados dois golos "limpos" (e por sinal de belo efeito) ao F.C Porto. As referidas partidas ficaram ambas marcadas pela expulsão de jogadores do F.C Porto e por uma clara influência negativa das equipas de arbitragem.

Voltando ao jogo jogado, creio que a equipa do F.C Porto merecia vencer apesar de na segunda-parte (após a lamentável expulsão de "Cebola"), o lado-esquerdo da defesa ter comprometido. Aí Souza foi preponderante e permitiu um equilibrio nessa faixa e o F.C Porto compactou as linhas e encostou o Besiktas "às cordas".

Em suma, o pragmatismo leva-me a estar satisfeito com o resultado final da classificação (ou seja, o apuramento garantido), pese embora estivesse à espera de outro resultado que não fosse o empate.

Quanto ao primeiro lugar...o F.C Porto tem dois jogos para o assegurar.

Agora, siga-se o "Clássico"!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Jogo de 75 minutos

O Benfica recebeu e venceu (4-3) o Lyon para a 4.ª jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, mantendo-se na corrida pelo apuramento para a próxima fase da competição. Numa boa partida dos campeões nacionais, Carlos Martins destacou-se com quatro assistências, duas delas para golos de Fábio Coentrão.


Para a partida com o Lyon, o treinador Jorge Jesus não contou Pablo Aimar devido a uma indisposição do atleta, apostando em Carlos Martins para o seu lugar. A outra novidade prendeu-se com a titularidade do argentino Eduardo Salvio no lado direito do ataque.

Tal como se previa, a formação gaulesa adoptou uma estratégia defensiva na deslocação ao Estádio da Luz, algo que lhe foi naturalmente fatal. É que as equipas que optam, normalmente, por ter essa po
stura não têm qualquer hipótese de discutir o resultado.

O adversário ainda sonhou que poderia ter êxito nos lances de contra-ataque, mas rapidamente o Benfica acabou com essa esperança. Na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Lyon, Jorge Jesus afirmara que o jogo em França tinha permitido aos “encarnados” conhecer melhor o adversário. Ora, a aposta em Salvio não foi, por isso, inocente. Aliás, a mobilidade do número oito argentino provocou grandes desequilíbrios no sector defensivo francês. O primeiro lance de perigo pertenceu mesmo a Salvio que, após um excelente trabalho individual, rematou para defesa do guarda-redes Lloris (11’).

O domínio “encarnado” foi coroado aos 19 minutos. O Benfica beneficiou de um livre e Carlos Martins colocou a bola na área, onde apareceu Alan Kardec a cabecear com êxito.
Apesar de estar a perder, o Lyon manteve a mesma postura, ou seja, continuou a trocar
a bola no seu meio-campo, procurando chegar em transições rápidas à baliza do Benfica. Foi numa dessas situações que Briand rematou por cima da barra (27’).

Os visitantes provaram o seu próprio veneno aos 31 minutos. Numa jogada muito rápida, Salvio colocou a bola em Carlos Martins e este, com um passe milimétrico, deu a Fábio Coentrão a possibilidade de fuzilar o guarda-redes do Lyon.

Salvio, um dos elementos em particular destaque na primeira parte, voltou a fazer estragos aos 38 minutos. Após mais um bom trabalho individual, o futebolista entrou na área e rematou para defesa muito complicada de Lloris, sendo que a bola sobrou ainda para César Peixoto, no entanto, este não acertou da melhor forma no esférico e o lance acabou por se perder.

O primeiro tempo não terminou sem mais um golo das “águias”. Carlos Martins cobrou um canto do lado esquerdo e Javi Garcia apareceu para facturar de cabeça (42’).

No segundo tempo, o Lyon voltou a sofrer na pele o contra-ataque letal do Benfica. Carlos Martins escapou com o esférico e isolou Fábio Coentrão, que fez um excelente chapéu a Lloris (66’).

É verdade que os visitantes ainda conseguiram reduzir por intermédio de Gourcuff (74’), Gomis (84’) e Lovren (90+5), mas isso não belisca em nada a boa actuação dos “encarnados” no encontro.

Com este resultado e o empate (0-0) do Schalke 04 no terreno do Hapoel, o Benfica continua no terceiro lugar do agrupamento, mas agora com seis pontos.

Uma palavra final para os adeptos que apoiaram sempre a equipa, tornando o Estádio da Luz num verdadeiro inferno para o Lyon.

O Benfica apresentou a seguinte equipa: Roberto; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia, César Peixoto, Carlos Martins (Felipe Menezes, 75’) e Salvio; Saviola (Jara, 70’) e Kardec (Weldon, 71’).

slbenfica.pt

domingo, 31 de outubro de 2010

Coimbraaa...tem mais encantooo...vestidaaa...de azul-e-brancooo


E eis que o F.C Porto segue o seu trajecto triunfal, dentro e fora de "portas". Hoje, deparando-se com um autêntico "dilúvio" no Estádio de Coimbra, o F.C Porto "despiu o fato de gala" que vem usando vezes sem conta, para dar lugar ao "fato-macaco" e conquistar três preciosos pontos.

O relvado estava transformado numa autêntica "piscina", pelo que o habitual "tiki-taka" azul-e-branco era praticamente incomportável e a equipa, inteligentemente, soube contornar a situação.

Belluschi, quando tudo faria prever que não se adaptaria a este tipo de relvado (uma vez que se trata de um jogador extremamente tecnicista), deu o mote e antes de servir os seus companheiros de equipa fez questão de levantar a bola (tal e qual um autêntico jogador de futebol de praia).

Mas além de Belluschi há óptimos destaques individuais que devem ser feitos. Para começar, nada como atribuir "nota 20" à defesa, com particular destaque para o "intratável" Maicon e para um Sapunaru completamente mudado.

Sapunaru, que sob a orientação de Jesualdo Ferreira mostrava valor mas ao mesmo tempo alguma irregularidade (e, quiçá, alguma falta de "agressividade"), está um jogador diferente...para melhor. Esta época Sapunaru "forçou" André Villas-Boas a adoptar uma política de gestão e rotatividade no lado direito da defesa, única e exclusivamente por mérito próprio. Os seus níveis de combatividade, confiança e segurança têm progredido de jogo para jogo e convenhamos que não é fácil retirar (ainda que alternadamente) do "onze" um jogador como Fucile que ainda no último Mundial integrou o "onze ideal" segundo a prestigiada "Gazzeta Dello Sport".

Para além destes dois jogadores, toda a "fortaleza" Portista esteve em grande plano (permitindo apenas um remate à Académica na segunda-parte...e que para nossa sorte, até poderia ter resultado em golo).

Depois há que realçar a atitude e energia inesgotáveis de Falcao (que fez um jogo fabuloso), assim como a "arte" de Varela, o "herói da noite".

Num jogo propício a lances casuais, pragmáticos e porventura pouco vistosos, Varela não quis abdicar daquele que é um dos princípios deste F.C Porto -Jogar sempre bonito!

E foi assim que o "Drogba da Caparica" decidiu. De forma prática, eficaz mas com nota artística elevada, o extremo Português assinou um "golaço".

Apartir do golo o F.C Porto ainda desperdiçou uma grande penalidade (por João Moutinho que, como se sabe, anseia pelo seu primeiro golo ao serviço do F.C Porto...e que há-de chegar) e cerca de três boas oportunidades de golo por Falcao.

É com jogos assim que se fazem campeões. Uma alma inesgotável e uma sede de vitória que não mais tem fim.

Gostaria de atribuir uma última nota (positiva, pois claro) a André Villas-Boas que continua a ser pragmático mas a "calar" os críticos que tanto duvidavam do seu talento. Sem grande alarido e com conferências de imprensa discretas, o "mestre André" tem estado sublime. Que assim continue, porque esta semana há dois jogos no bem tratado "tapete" do Dragão e cabe ao F.C Porto dar espectáculo.

Resta-me apenas dizer que achei inconcebível a atitude do árbitro ao permitir que um jogo nestas condições se realize. Além de provocar um desgaste enorme, é propício a lesões (Fernando que o diga...), mas como todos nós sabemos estamos a uma semana de um jogo que pode decidir muito daquilo que pode ser o campeonato. Como tal, todas e quaisquer tentativas para enfraquecer o F.C Porto são de esperar.

sábado, 30 de outubro de 2010

Exibição qb, e magnifico Aimar

O Benfica somou esta sexta-feira a quinta vitória consecutiva na Liga portuguesa, ao vencer em casa o Paços de Ferreira, por 2-0. Na partida da 9.ª jornada da prova, os golos “encarnados” foram apontados por Aimar e Kardec.

Para a recepção aos “castores”, o treinador Jorge Jesus apresentou apenas uma novidade em comparação com a vitória do domingo passado, frente ao Portimonense. Com a recuperação de Fábio Coentrão, o técnico apostou na sua entrada para o lado esquerdo do ataque, passando Gaitán para o lado contrário do terreno. Carlos Martins não foi, assim, opção de início frente aos pacenses.

Foi o Paços de Ferreira a primeira equipa a criar perigo na partida, mas o guard
a-redes espanhol Roberto opôs-se muito bem a um remate de Rondon (6’). Depois deste pequeno susto, o Benfica, como lhe competia, assumiu as despesas do encontro e começou a criar boas jogadas de ataque. Coentrão (8’) e Saviola (12’) estiveram muito perto de abrir o marcador, mas foi Aimar quem celebrou no Estádio da Luz. Após um excelente trabalho individual sobre vários adversários, o médio-ofensivo argentino fez um golo de belo efeito (14’), colocando o Benfica a vencer, justamente, por 1-0.

E o futebol ofensivo e bonito dos “encarnados” continuou nos minutos seguintes. Aos 19 minutos, numa das mais belas jogadas do encontro, Coentrão combinou com Kardec e este cruzou para a conclusão de Saviola. O remate do argentino só foi travado por Maykon que evitou, assim, o segundo golo. Outro lance de belo efeito saiu
dos pés de Coentrão que, no entanto, rematou ao lado (24’).

O Paços de Ferreira, sempre muito fechado na sua defesa, apenas tentou incomodar o Benfica através de transições rápidas, mas Roberto foi segurando os remates mais perigosos dos pacenses.

O segundo tempo começou logo com um remate ameaçador de Fábio Coentrão (46’). O Paços procurou subir no terreno e durante uns minutos o espírito de grupo dos “encarnados” foi fundamental para controlar essa reacção do adversário.

Kardec sentencia
Uma falta sobre Fábio Coentrão na área pacense ditou uma grande penalidade e o consequente segundo tento das “águias”. É que o brasileiro Alan Kardec não perdoou na conversão do castigo máximo, dando outra tranquilidade à equipa (64’), marcando assim o seu primeiro golo na Liga portuguesa.

É preciso não esquecer que a formação de Jorge Jesus joga uma cartada importante na próxima terça-feira, dia 2 de Novembro, frente ao Lyon para a Liga dos Campeões, pelo que o segundo golo veio permitir uma melhor gestão do encontro por parte dos “encarnados”.

Até ao apito final, e já com o Paços a jogar com menos um (expulsão de Baiano), o Benfica ainda dispôs de um bom par de oportunidades para dilatar a vantagem, no entanto, o 2-0 manteve-se.

O Benfica conquistou, assim, justamente a quinta vitória consecutiva no campeonato nacional e sem sofrer qualquer golo.

O Benfica apresentou a seguinte equipa frente ao Paços de Ferreira: Roberto; Maxi Pereira, Luisão (Sidnei, 87’), David Luiz e César Peixoto (Salvio, 63’); Javi Garcia (Airton, 75’), Aimar, Gaitán e Fábio Coentrão; Saviola e Kardec.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Transparência? Verdade?...é só paleio...


O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o seu sócio e braço direito no grupo empresarial, Almerindo Duarte, são suspeitos de terem participado numa burla que prejudicou o Banco Português de Negócios (BPN) em 14 milhões de euros. A notícia é avançada pela revista "Sábado".

De acordo com a "Sábado", "na manhã de 30 de março deste ano, elementos da Polícia Judiciária e do Departamento Central de Investigação e Acção Penal fizeram-lhe buscas às suas duas casas (uma situada em Oeiras, outra em Corroios) e à sede do grupo Inland/Promovalor, que lhe pertence".

Os investigadores deslocaram-se ainda ao "Estoril, onde está localizada a residência particular de Almerindo Duarte".

A operação judicial está a "coordenada pelo procurador Rosário Teixeira" . O inquérito em causa "partiu de uma queixa ao MP e investiga indícios de burla e falsificação de documentos, no âmbito de um empréstimo bancário destinado a adquirir acções da Sociedade Lusa de Negócios que pertenciam ao líder benfiquista".

in Record


E eis que no melhor pano cai a nódoa. O sr. Luis Filipe Vieira, que tanto tem "lutado" pela ética, transparência e "verdade desportiva", vê o seu nome envolvido numa alegada burla ao BPN.

O artigo fala por si (e quem sou eu para o desmentir) desta feita, é com curiosidade que aguardo pelos "topos e fundos" de certos comentadores de painel (refira-se, por exemplo, António Pedro Vasconcelos do programa Trio d'Ataque) que, em situações opostas, não se fazem rogados e colocam escutas, fruta, corrupção e tudo mais nos seus "fundos". Isto, pois claro, com o objectivo primordial de desvalorizar as vitórias do F.C Porto (o que vem sendo habitual).

A propósito do sr. António Pedro Vasconcelos, é com uma boa dose de humor que registei um comentário em que o próprio ousou comparar a União de Leiria (que antes de vir ao Dragão estava em 7º lugar, em igualdade pontual com o 5º classificado) ao modesto Arouca...

Realmente, mais cego do que o que não vê é aquele que não quer ver...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

F.C Porto 5 - 1 U.Leiria: Abram alas para o "tiki-taka"...


À margem do "choradinho" que vem sendo feito desde que a época arrancou, o F.C Porto segue o seu trajecto triunfal que, esta noite, teve mais um momento alto. Em 15 jogos oficiais a equipa de André Villas-Boas já contabiliza 14 vitórias e hoje "esmagou" uma União de Leiria que se "acobardou" perante tamanha avalancha de futebol ofensivo.

Tive oportunidade de assistir ao jogo no Dragão e tenho a dizer que este F.C Porto continua a "encantar". Hulk, Falcao, Ruben Micael, Maicon ou até Álvaro Pereira poderiam merecer destaques particulares mas na posição de um adepto torna-se dificil individualizar qualquer apreciação quando o futebol desta equipa funciona como uma bela orquestra.

E como qualquer orquestra precisa de um bom "maestro", eis que hoje foi a vez de Ruben Micael pegar na "batuta".

Depois de uma jogada de "tiki-taka" (entre muitas a que assistimos durante a jogo), Ruben Micael "estendeu a passadeira" a Hulk para que o Brasileiro, num "chapéu" absolutamente genial, inaugurasse o marcador.

Já antes do primeiro golo de Hulk, Falcao ameaçou a baliza Leirense com um pontapé estrondoso à trave.

Falcao não estava a conseguir quebrar o enguiço na primeira-parte, no entanto a "malapata" não o impediu de "infernizar" as defesas contrárias, tendo servido Hulk para o 2-0 após uma jogada magistral. A jogada do Colombiano vale "meio golo", sem margem de dúvidas.

Antes de terminar a primeira-parte e para que não restassem dúvidas, Silvestre Varela (após uma brilhante recuperação e assistência de Moutinho) "zigue-zagueou" a defensiva do Leiria e acabou com as poucas, mas legítimas aspirações Leirienses.

Já na segunda-parte (e porque jogo no Dragão sem golo de Falcao é algo incomum), eis que o Colombiano deu seguimento à boa exibição que vinha rubricando e não só marcou um, como dois golos de belo efeito.

O primeiro surgiu após uma grande assistência de Álvaro Pereira. Radamel Falcao antecipa-se a toda a defesa e, em vôo, disfere um autêntico "petardo" com a cabeça.

Minutos mais tarde e já depois da União de Leiria ter reduzido para 4-1 (após uma grande penalidade que apenas o árbitro conseguiu vislumbrar), o ponta-de-lança Colombiano bisou e fechou o resultado final num folgado e merecido 5-1.

Poderiam ter sido 7 ou 8 golos caso os laterais Fucile e Álvaro não tivessem desperdiçado duas boas oportunidades. O F.C Porto ficou-se pelos 5-1, mostrou um futebol deslumbrante e uma frescura física assinalável já que a meio da semana superou com nota máxima o difícil teste de Istambul.

Apesar da grande penalidade a favor da União do Leiria não existir, confesso que fiquei contente por esta ter sido marcada já que "deita por terra" as teorias da conspiração de elementos ligados aos clubes rivais que, pura e simplesmente, vinham dizendo que ninguém marcava penaltys ao F.C Porto e muito menos no Dragão.

Numa nota final (e que nada tem a haver com o jogo do F.C Porto), gostaria de enaltecer a credibilidade que o Sr.Luis Filipe Vieira e os seus comunicados têm para os sócios e simpatizantes Benfiquistas. Depois de tanto apelo (inclusive por carta) para que os adeptos Benfiquistas não fossem aos recintos dos adversários, registo com alguma piada a "desobediência" dos Benfiquistas que assistiram ao jogo no Estádio do Algarve.

Desta feita é totalmente desnecessário da parte dos adeptos rivais desvalorizar o comunicado Benfiquista, já que os próprios Benfiquistas não dão crédito às medidas exigidas pelos seus representantes no clube.

Pelo menos um entrou

Os campeões nacionais venceram o Portimonense por 0-1, num encontro relativo à oitava jornada da Liga portuguesa. O Benfica dominou toda a partida e alcançou a quarta vitória consecutiva na prova. A formação de Portimão fez um remate em noventa minutos.

Este encontro começou movimentado, com ambas as equipas a não conseguirem assentar jogo. A primeira ocasião de perigo surgiu aos seis minutos, com David Luiz a arriscar o remate de muito longe e a obrigar Ventura a defesa apertada. Volvidos dez minutos, o Benfica chegou ao golo, mas foi anulado por mão de Javi García.

A meio do primeiro tempo, Carlos Martins fez um passe em profundid
ade para Aimar, que só não conseguiu finalizar com sucesso, porque Elias conseguiu antecipar-se na altura do remate. Na sequência do canto batido por Pablo Aimar, David Luiz apareceu ao primeiro poste e obrigou Ventura a uma defesa espectacular.

Os campeões nacionais foram-se instalando no meio-campo do Portimonense e à passagem da meia hora, Saviola entrou na área depois de ultrapassar Elias e rematou rasteiro para mais uma boa defesa do guardião de Portimão.

Os defesas centrais “encarnados” estavam em grande plano no ataque e Luisão quase inaugurou o marcador por duas vezes. Primeiro aos 32 minutos, ao antecipar-se a Ventura, mas a cabecear por cima e depois, outra vez na sequência de um canto, a obrigar Ventura a mais uma defesa por instinto. Ao intervalo subsistia o nulo.

Segunda parte

A etapa complementar iniciou-se praticamente com o golo do Benfica. Carlos Martins cobrou um livre no flanco direito e Javi García
apareceu na zona de grande penalidade sozinho, a cabecear com êxito para o fundo das redes.

Passados dois minutos, os “encarnados” quase aumentavam a vantagem. Nico Gaitán trabalhou na esquerda e centrou para a cabeça de Kardec, que fez brilhar, mais uma vez, o guarda-redes Ventura. O argentino voltou a estar em destaque aos 61 minutos, com um remate rasteiro à figura. O Portimonense teve o seu primeiro (único) lance de perigo aos 63 minutos, com Roberto a efectuar uma grande defesa a um remate cruzado de Candeias.

À excepção deste remate, o Portimonense não incomodou a formação de Jorge Jesus, que podia ter marcado mais dois golos. Aos 82 minutos, o médio Felipe Menezes abriu na direita para Maxi Pereira, que cruzou rasteiro, onde Franco Jara apareceu sozinho a rematar às malhas laterais da baliza algarvia. A última grande oportunidade pertenceu a Alan Kardec, que se isolou a passe de Felipe Menezes, mas que atirou a figura. Franco Jara ainda tentou aproveitar na ressaca do lance, mas atirou por cima.

O Sport Lisboa e Benfica venceu por 0-1 e conquistou a quarta vitória consecutiva na Liga portuguesa. Na próxima jornada, a formação da Luz recebe o Paços de Ferreira.

O Sport Lisboa e Benfica apresentou-se no Estádio do Algarve com o seguinte onze: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, César Peixoto, Javi García, Carlos Martins (Franco Jara 75’), Nico Gaitán, Pablo Aimar, Saviola (Felipe Menezes 64’) e Kardec (Airton 87’).

SLBenfica.pt

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Converter o "inferno turco" num "paraíso" de aplausos


O F.C Porto venceu, convenceu e "esmagou" o Besiktas em pleno Inonu Stadium. Perante o opositor directo na luta pelo primeiro lugar (na fase de grupos da Liga Europa), o F.C Porto actuou num estádio cujo ambiente é extremamente hostil (aliás, segundo dados oficiais, os adeptos do Besiktas são os mais "ruidosos" da Europa) e silenciou-o com três lances de classe, génio e espectáculo.
Tácticamente o F.C Porto esteve perfeito. Viu-se privado de Maicon ainda na primeira-parte (e muito injustamente, diga-se), mas ao contrário do seu rival directo no campeonato Português, mostrou que é uma equipa com mais estofo e com capacidade para continuar a jogar e marcar, mesmo reduzida a dez elementos.
Neste pressuposto, André Villas-Boas esteve "brilhante" ao recorrer a Otamendi em detrimento de Falcao (autor do golo que deu vantagem ao F.C Porto, na primeira-parte). Com Otamendi em campo, C.Rodriguez viu reforçada a necessidade de se juntar aos seus companheiros do meio-campo e estabelecer o elo de ligação com Hulk.
Quanto aos golos, o primeiro surge na sequência de um canto superiormente marcado por Belluschi. Falcao, depois da "ameaça" de Walter durante o passado fim-de-semana, acusou o toque e marcou um grande golo. Grande elevação do "matador" Colombiano.
Mas o festival de Falcao não ficou por aqui...
Ainda na primeira-parte Radamel Falcao marcou um golo absolutamente limpo (que lhe foi anulado injustamente, pois claro), a que se seguiu uma grande penalidade "escandalosa" (que resultaria na expulsão do jogador Turco do Besiktas).
Na segunda-parte, o F.C Porto mesmo reduzido a dez elementos esteve tácticamente brilhante e Álvaro Pereira deu o mote ao assistir Hulk para um golo fantástico e só ao alcance dos melhores.
Foi um passe a toda a largura do campo, a solicitar toda a explosão e classe do fenómeno Brasileiro que, pois claro, respondeu friamente com um grande golo.
Mas se o segundo golo do F.C Porto (primeiro de Hulk no jogo) foi fantástico, o que dizer do segundo...
Hulk fez tudo. Correu, fintou, rematou e...marcou. Apesar de todo o individualismo de Hulk (que neste caso é de salutar), é justa destacar nova assistência de Belluschi.
Quando se esperava um "coro de assobios" a Hulk e a toda a equipa do F.C Porto, eis que os adeptos Turcos "desceram à Terra" e vergaram-se perante tamanha demonstração de arte e engenho.
Por muito que surjam comunicados, por muito que a gente assista a provocações vindas dos mais directos opositores, a verdade nua e crua é que este F.C Porto é tremendamente forte. Porventura a força que este F.C Porto expressa dentro das quatro linhas é motivo de força maior para provocar toda esta histeria em quem está em vias de nos defrontar.
Os meus parabéns a toda a equipa e em particular ao nosso treinador, "mestre" André, que não fez uso de um discurso pleno de fanfarronice antes do jogo para vincar o favoritismo da sua equipa. Soube vencer num ambiente dificil e perante uma arbitragem que deixou muito a desejar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mais explícito não poderia ter sido...

O Benfica tem uma estratégia clara para preparar o próximo jogo com o FC Porto, e os seus dirigentes parecem não querer abdicar dela: todas as intervenções públicas são aproveitadas para criticar o adversário, de modo a criar pressão, instabilidade...

Inicialmente, Luís Filipe Vieira trocou galhardetes com o treinador portista, André Villas-Boas, colocando a discussão num nível de conflitualidade dificilmente aceitável; agora foi o líder da Fundação Benfica, Carlos Móia a carregar na nota, chamando provincianos aos adeptos dos dragões.

Não é nada que o FC Porto não tenha feito no passado – foi de resto Pinto da Costa o fundador deste tipo de expedientes, aproveitando todos os “tempos de antena” para massacrar os adversários, em especial o Benfica, com declarações ácidas e de gosto duvidoso -, mas é estranho que os dirigentes do clube da Luz não tenham alguma prudência, quando querem ser eles a dar o exemplo e clamam contra o lançamento de pedras e bolas de golfe.

Há, pois, algo que não bate certo entre prática e teoria.


in Record


Confesso que não sou muito apreciador do jornal Record, no entanto volta e meia um artigo por outro acaba por me surpreender. Este, sem margem para dúvidas, surpreendeu-me pela positiva na medida em que tipifica e explica toda uma estratégia "encarnada" (direi mesmo "perseguição") que vem sendo feita nas últimas semanas ao F.C Porto (e tudo isto a propósito de um jogo que ainda vem longe).

É por demais evidente que o receio e a vontade de vir jogar ao Estádio do Dragão não é muita e o culminar desta "falta de vontade" é expresso na lamentável forma como Carlos Móia se dirige aos adeptos Portistas na sua globalidade. Naturalmente que ele não visa apenas os marginais (que infelizmente há no nosso futebol e em todos os clubes/claques). Carlos Móia coloca os adeptos Portistas todos "no mesmo saco", pelo que adeptos como eu e tantos outros temos razões mais do que suficientes para repugnar este tipo de afirmações.

Depois de Pragal Colaço incitar à violência em directo no canal BenficaTV, depois de Luis Filipe Vieira ter aparecido frequentemente à frente das câmeras criticando e insultando o treinador do F.C Porto, chegou a altura de mais um "papagaio" assumir uma postura condenável (e tudo isto numa altura em que o clube que todos eles representam ter assumido um papel que se diz ser pró-activo na luta pela transparência, verdade desportiva e bom comportamento no futebol Português).

Sinceramente com indivíduos assim no nosso futebol não vamos a lado nenhum. Reitero aqui que espero que o jogo decorra sem casos dentro e fora de campo e, perante tudo isto, fico na expectativa de uma resposta autoritária e imponente do F.C Porto apenas e só dentro de campo.

Por muito que procurem atingir o F.C Porto com críticas desconexas, a verdade é que "ninguém dá pontapés em cão morto" e, pelo que tenho visto e lido, o SL Benfica (ainda com Lyon e mais dois jogos da Liga pela frente) tem centralizado todas as suas atenções no confronto do Dragão. Aliás tal preocupação não vem de agora, tendo inclusive começado no momento em que o clube da Luz pediu auxilio ao Ministério da Administração Interna para um jogo que estava (na altura) à distância de mais de um mês...

Não queria terminar sem dar os meus parabéns ao sr. António Varela pelo brilhante artigo que escreveu. Mais explícito não poderia ter sido.

domingo, 17 de outubro de 2010

A festa da taça

O Benfica qualificou-se este sábado para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer em casa o Arouca, da II Liga, por 5-1. Foi uma partida em que o avançado brasileiro Alan Kardec apontou dois golos. Com as ausências de Maxi Pereira, David Luiz e Fábio Coentrão, o treinador Jorge Jesus apresentou três alterações no sector mais recuado, sendo que o principal destaque vai para a entrada de Airton para o lado direito da defesa.

Foi um início de jogo onde o Benfica esbarrou na estratégia defensiva do Arouca. Por isso, o primeiro lance de perigo aconteceu na cobrança de um canto de Pablo Aimar, ao qual Luisão surgiu a cabecear ao lado da baliza dos visitantes (14').

O golo do Benfica acabou por acontecer numa belíssima jogada de envolvimento. Salvio desmarcou Gaitán e este entrou na área do Arouca, onde cruzou para o cabeceamento certeiro do brasileiro Kardec (23’).

O segundo tento não demorou muito tempo a surgir no Estádio da Luz. Após um livre de Aimar do lado esquerdo, Airton apareceu nas alturas a cabecear ao poste, sendo que a bola sobrou depois para Saviola q
ue fez, facilmente, o 2-0 (31’).

Com dois golos sofridos, o Arouca começou a não estar tão coeso em termos defensivos e o Benfica intensificou ainda mais o seu domínio de jogo. Depois dos remates ameaçadores de Javi Garcia (35’) e César Peixoto (41’), o Benfica chegou ao terceiro golo por intermédio de Kardec. Após um canto de Gaitán, o brasileiro apareceu a cabecear com êxito à boca da baliza (44’).

Com um jogo muito importante na próxima quarta-feira frente ao Lyon, o Benfica optou e bem por gerir o esforço durante a segunda parte do encontro. O próprio treinador Jorge Jesus retirou os jogadores com mais minutos na presente temporada, de forma a equipa estar na máxima força no jogo da 3.ª jornada da Liga d
os Campeões.

Apesar das alterações, o Benfica continuou naturalmente a ser a equipa mais perigosa no terreno de jogo. Os “encarnados” marcaram mais dois golos, um por intermédio de um cabeceamento de Luisão (65’) e outro num remate de Gaitán (85’). O tento de honra dos visitantes foi apontado por Diogo aos 87 minutos.

Com cerca de 24 mil espectadores nas bancadas, o Benfica carimbou facilmente a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal.

O Benfica alinhou da seguinte forma: Júlio César; Airton, Luisão, Sidnei e César Peixoto; Javi Garcia (Luís Filipe, 45’), Aimar (Nuno Gomes, 68’), Gaitán e Salvio; Saviola (Weldon, 61’) e Kardec.

sábado, 16 de outubro de 2010

Três fatias de queijo para Walter, uma para Varela...


O F.C Porto goleou o modesto Limianos, naquele que foi o seu jogo de abertura para a Taça de Portugal. O jogo realizou-se no Estádio do Dragão e não obstante qualquer surpresa, a tendência natural (e veio a confirmar-se) seria uma vitória folgada do F.C Porto. Foram 4-1 mas poderiam ter sido muitos mais. De entre o destaque colectivo (que é de enaltecer, já que a equipa apesar de todas as mexidas mantêve-se em elevado plano), há naturalmente que particularizar a magnífica estreia da "Bigorna" (Walter) com a camisola do F.C Porto. Marcou três golos, dois dos quais com os pés (um de pé direito e outro de pé esquerdo) e um de cabeça. É um "matador", joga muito prático, cobre muitíssimo bem a bola e é um jogador capaz de "fazer jogar" os restantes companheiros. Prova disso é a sua abertura para Emídio Rafael (outra óptima exibição) no lance do golo de Varela.

Para além de Walter eu destacaria mais três jogadores. Um já aqui foi mencionado (Emídio Rafael, que mostrou disponibilidade física e qualidade técnica no apoio ao ataque) e os restantes são Sereno e James Rodriguez.

Sereno no ínicio da época terá sido o jogador que porventura não terá reunido total aprovação dos adeptos Portistas. Hoje, apesar do pouco trabalho a que foi sujeito, esteve a um bom nível e mais próximo daquilo que rendeu no Vitória de Guimarães.

Por fim e quanto a James Rodriguez, creio que é um "diamante por lapidar" (tal como Walter). Aquele pé esquerdo não engana ninguém e tendo em conta a sua idade (apenas tem 20 anos), resta-lhe alguma paciência e compreensão para ganhar um lugar na equipa. A sua exibição de hoje foi muitíssimo boa, mas efectivamente a concorrência é forte. Quase todos os extremos do F.C Porto (e descontando Mariano que está sem ritmo competitivo) estão preparados para jogar em qualquer dos eixos do ataque (direito ou esquerdo), pelo que Ukra, C.Rodriguez, Varela e Hulk não querem deixar fugir as suas oportunidades.

Mas de um modo geral nota elevadíssima para Emidio Rafael, James Rodriguez e Walter.

Uma última nota para a capacidade de circulação de bola e a posse da equipa durante os 90 minutos. O meio-campo "roda", os adversários mudam, mas na realidade o F.C Porto tem sempre mantido a fasquia acima dos 60% de posse de bola (hoje chegou a estar a quase 70%), o que atesta aqui a nova filosofia de um F.C Porto cada vez mais "mandão" dentro de campo.
Não queria terminar sem saudar a equipa do Limianos que disfrutou do jogo no Estádio do Dragão e abdicou da muito habitual táctica do "autocarro". Só com muita sorte uma equipa que joga com o "autocarro estacionado" à frente da sua baliza no Dragão consegue ter bons resultados, pelo que o Limianos perde mas de forma mais digna que certas equipas do nosso campeonato.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A tua pergunta André eu respondo


O ridículo és tu...

Cada vez mais me surpreende André Villas boas, o suposto sucessor de Mourinho é claramente o oposto do seu tutor numa coisa, é um pau mandado de Pinto da Costa.

O Sport Lisboa e Benfica reclamou e bem do jogo com o Guimarães que venha a primeira pessoa dizer que não foi prejudicado, a não ser que não tenha olhos na cara, a única coisa que o Benfica pediu foi isenção coisa que para os lados das antas é pedir muito nem conhecem essa palavra com certeza.

Logo ai ficou mandatado Villas Boas que no primeiro jogo que houve-se qualquer coisa tinha que vir fazer a choradeira, ora bem correu mal, correu mal... Mais uma vez digo correu mesmo mal, a choradeira correu tão mal que vimos presidente e treinador queixarem-se de um jogo em que foram pasme-se escandalosamente beneficiados, naquele jogo se fosse um arbitro honesto o porto ficava empatado aos 52 minutos e com menos um jogador e não aos 75 como foi e ainda com os mesmos jogadores visto que o jogador do Guimarães saiu lesionado.

Mas o ridículo não ficou por aqui, no comunicado disse que realmente não houve penalti mas que houve outros lances em que foi prejudicado nomeadamente supostas expulsões, e eu pergunto e o penalti também não viu? foi ilusão de óptica?

Por ultimo foi mais uma vez ridículo ao dizer que tinha feito meia culpa? não vi nenhuma meia culpa porque se a tivesse feito tinha dito "não houve penalti a nosso favor mas houve contra-nos" mas claro ser honesto nas antas é muito difícil.

Como o sr. André acha que o comunicado do Benfica é ridículo eu digo - pensa assim porque não sabe o porquê do comunicado... Como sabemos a comissão da arbitragem vai passar para a federação então, o FC Porto vai lá por o sr. dragão de ouro Paulo Costa, o Benfica não fez mais que uma jogada de bastidores para tentar impedir essa situação, mas como sabemos as jogadas de bastidores do FC Porto são de génio as do Benfica ridículas... e que tal por lá um tipo isento?

PS: a comissão jurídica da FPF que tantas alegrias deu ao FC Porto demitiu-se, isto é um sinal que vai para lá alguém pior e ainda mais azul, gostava de pensar diferente mas mas uma vez isenção no norte significa ridículo.




Desnorte...


Segundo notícia do jornal Record (fonte: http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Benfica/interior.aspx?content_id=468402), o SL Benfica solicitou 2500 bilhetes para a deslocação ao Estádio do Dragão no próximo dia 7 de Novembro. Teóricamente esta seria uma notícia vulgar que nem mereceria à partida qualquer destaque em particular, no entanto e no seguimento do apelo (em carta, inclusive!) feito pelo sr.Luis Filipe Vieira para os seus adeptos/sócios não comparecerem aos jogos fora de casa, a notícia torna-se no mínimo...contraditória.

A ser verdade (e não há, até ao momento, nada que o desminta), creio que o sr.Luis Filipe Vieira deverá seguir os conselhos do "jovem" André Villas-Boas e "olhar para os seus botões" antes de atribuír rótulo de "rídiculo" a quem quer que seja.
Nunca me acreditei que esta medida fosse avante, assim como o hipotético abandono da Taça da Liga (aliás, Taça essa que ficou marcada por uma final de há duas épocas no mínimo...controversa). A aplicação destas medidas "fólcloricamente" anunciadas em comunicado iria trazer prejuízo no imediato ao clube e, naturalmente que o clube não quereria incorrer nesse tipo de prejuízo.

A propósito do "clássico" que se disputa daqui a sensivelmente meio mês, tenho lido bastantes notícias sobre a possível desistência ou não comparência da equipa da Luz na eventualidade de serem vítimas de qualquer tipo de acto de violência. Tenho desde já a dizer que sou contra todo e qualquer acto de violência seja contra que equipa for, no entanto esta tomada de posição do SL Benfica é um tanto ou quanto rídicula.

Pedir ajuda ao Ministério da Administração Interna não me parece mal, mas a suposta "ameaça" de não comparecer em jogo torna-se patética, partindo do pressuposto que alguns adeptos do clube em questão já foram protagonistas de actos tão ou mais violentos que os apedrejamentos e/ou lançamentos de bolas de golfe (que eu, volto a referir, sou totalmente contra).

Para recordar, no histórico dos confrontos SL Benfica - F.C Porto e SL Benfica - Sporting, já assistimos a um autocarro de adeptos do F.C Porto incendiado, já assistimos a um lamentável episódio onde Filipe Santos (hoquista do F.C Porto) ficou em coma após ser agredido por um adepto do SL Benfica, já assistimos a um apedrejamento ao carro do sr.Pinto da Costa (na época passada, quando este se dirigia com a restante comitiva para assistir a um jogo com o Estoril, a contar para a Taça da Liga), já assistimos a um indivíduo saltar para dentro das quatro linhas e "esganar" um fiscal-de-linha, já assistimos à lamentável morte de um adepto Sportinguista numa final da Taça por lançamento de um very-light e, por exemplo, já assistimos a um arremesso de pedras por parte de alguns adeptos do SL Benfica, num jogo de júniores que colocava frente a frente os rivais da segunda-circular.

Ora, quero com isto dizer que apesar dos adeptos do F.C Porto também se excederem e protagonizarem situações lamentáveis para quem gosta de futebol, os adeptos do clube que se diz lesado não são propriamente "virgens ofendidas". Partindo deste pressuposto e tendo em conta a notícia supracitada (referente aos 2500 bilhetes solicitados para o "clássico" que se aproxima), corroboro na totalidade com as recentes declarações de André Villas-Boas em resposta à acusação de Luis Filipe Vieira.

Aliás (e isto é regra geral), como é que é possível desanuviar o ambiente hóstil em determinados confrontos do futebol português, quando dirigentes de clubes (e não só!) atiram cada vez mais "achas para a fogueira"?

P.S Quando referi no último parágrafo o "não só", referia-me entre declarações mais a quente de treinadores e jogadores (de todos os clubes), às declarações de indivíduos com uma certa responsabilidade (no caso em particular, advogado e apresentador de um programa da grelha do canal Benfica TV) que manifestamente e sem reservas incitam à violência. Estes são os típicos indivíduos que "atiram a pedra e escondem a mão" e que me levam (não só a mim, como a quem está minimamente atento à realidade do futebol português) a caracterizar de rídiculo o comunicado e as constantes "ameaças" do SL Benfica que vêm sendo lançadas já na antecâmara do "clássico" de dia 7 de Novembro.

O link do vídeo abaixo colocado comprova-o, sobretudo a partir do minuto 10:20. Ver para crer:
- http://www.youtube.com/watch?v=V3AGHkkaNN8
Ainda estão 6 pontos em disputa antes do referido jogo (entre F.C Porto e SL Benfica) e eu espero, sinceramente, que o "clássico" decorra com naturalidade e sem qualquer tipo de actos de violência. Naturalmente que as declarações de dirigentes e as acusações mútuas em nada contribuem para desanuviar um ambiente que se vem tornando cada vez mais incomportável quando os dois "rivais" se encontram.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Afinal não era preciso nenhum "Special One" em part-time


Portugal, sob o comando de Paulo Bento, cumpriu com nota (quase) máxima o objectivo a que se tinha proposto. No Dragão, diante da Dinamarca, montou uma equipa que conseguiu ultrapassar com relativa facilidade o seu adversário e esta noite, na Islândia, manteve exactamente o mesmo modelo e a mesma equipa, tendo por sinal obtido o mesmo resultado.

Em dois jogos Ronaldo voltou aos golos e fez as "pazes" com os adeptos, desmistificou-se a posição de nº6 (já que Meireles foi e sempre deveria ter sido o "trinco" da selecção) e compôs-se uma dupla no meio-campo da selecção que se entende "às mil maravilhas" (Moutinho e C.Martins).

A renúncia à selecção de Simão Sabrosa, Paulo Ferreira e Miguel acabou por facilitar o trabalho a Paulo Bento, abrindo assim espaço a jogadores como Varela, João Pereira, Carlos Martins e tantos outros.

Creio que acima de tudo estas duas vitórias "naturais" vêm atestar novamente o rídiculo a que Gilberto Madaíl sujeitou Portugal assim que viajou a Madrid para tentar "resgatar" Mourinho em "part-time".

Mal de nós, Portugueses, se fosse necessário um treinador como Mourinho para ganhar a duas selecções como a Dinamarca e a Islândia.

Adiante, penso que as escolhas da selecção foram globalmente bem feitas (e isso tornou-se visível no rendimento da equipa nos dois jogos), pese embora haja duas situações que carecem de melhor solução e estabilidade. Falo precisamente das posições de guarda-redes e de ponta-de-lança. Se na África-do-Sul todos nós teríamos ficado com a convicção que Portugal tinha "ganho" um guarda-redes de "topo", o tempo fez questão de nos contrariar. Eduardo tem sido "desastroso" nos últimos jogos (hoje foi novamente mal batido), o que me leva a pensar que a "mudança de ares" do guardião ex-Sporting de Braga só lhe fez mal.

Por outro lado, na posição de ponta-de-lança, continuamos na mesma. Hugo Almeida não passa de um "pinheiro" (muito possivelmente seria o jogador idealizado por Paulo Sérgio para o actual Sporting C.P) e Postiga não passa de um jogador de "rodriguinhos". Nenhum deles tem faro pelo golo e ambos têm muito pouca mobilidade. A escolha de Paulo Bento passa pelo "menos mau" dos dois. Talvez seja este o grande "calcanhar d'aquiles" da selecção nacional.

Eu creio ainda que a selecção irá melhorar substancialmente quando Bosingwa recuperar. Acho João Pereira um lateral-direito excelente, mas Bosingwa e Fábio Coentrão podem dar um enorme balanceamento ofensivo à selecção.

Uma última referência para a selecção sub-23. Tive oportunidade de ver o jogo da equipa descrita como o "celeiro" da selecção "A" (por Agostinho Oliveira) e, efectivamente, há lá jogadores que a curto/médio prazo têm condições para jogar pela selecção A.

Em particular gostaria de destacar Vieirinha que está um excelente jogador. Portugal está muito bem servido na posição de extremo (direito e esquerdo) - e há que contar ainda com Quaresma - mas todo o bom jogador é bem-vindo.

Quanto ao jogo de hoje, nota alta para Ronaldo e Meireles. Além dos golos que fizeram, estiveram muito bem ao longo dos 90 minutos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Olha.. até gostei de ver a selecção jogar.

Reconheço que estava com expectativa em relação a Paulo Bento dai ter assistido a uma grande parte do jogo, sempre achei que a selecção iria melhorar, não porque Paulo Bento seja melhor ou pior que Carlos Queiroz mas sim porque para pior do que estava era impossível, empatar com Chipre em casa e perder com a Noruega uma equipa da terceira divisão mundial para não dizer ai mais baixo era impossível até para este Portugal que está a anos luz do que já foi.

No entanto Paulo Bento deve ter tido o mesmo pensamento que eu, outra coisa que não ganhar a Dinamarca em casa mesmo que fosse o primeiro jogo da fase de apuramento era um péssimo resultado até porque a Dinamarca vinha ao Dragão sem as principais estrelas.

Apostou e bem num meio campo mais criativo e numa dupla de centrais claramente melhor que a que tinha vindo a ser utilizada, no entanto neste ponto tenho que referir que Ricardo Carvalho vêm começando a sentir o penso dos anos, e não vejo nas equipas jovens nacionais centrais para o mesmo nível, talvez Carriço apenas e só porque tem jogado mas a anos luz de Ricardo Carvalho.

Na frente tivemos Nani em grande forma, o que levanta ainda mais a duvida porque de não ter jogado o Mundial, a suposta lesão tornou-se clara que foi inventada, talvez num livro de memorias alguém se lembre de revelar o que se passou.

Com Nani em grande forma faltou mais uma vez um ponta de lança matador, e um Ronaldo mais amigo dos seu colegas, foi interessante ver que quando teve oportunidade Nani deu o golo a Ronaldo mas do outro lado raramente foram as vezes que isso aconteceu, optando sempre por remates de longe que raramente trouxeram perigo a baliza contraria.

Foi um resultado esperado bem como uma vitória na Islândia, num grupo como o de Portugal, a não qualificação é inaceitável, é talvez olhando ao momento de forma até dos adversários o grupo mais fácil dos últimos anos.

PS: Espanta-me como Madail ainda possa pensar em recandidatar-se, neste pais já nada me surpreende.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Bento(s)" de mudança...


Assim que foi anunciado o novo seleccionador nacional, Paulo Bento, eu fui um dos adeptos que mais dúvidas coloquei quanto à sua escolha (e ainda coloco). No entanto, o ex-treinador do Sporting C.P não poderia ter tido melhor estreia ao serviço da selecção nacional.

Acima de tudo, Paulo Bento começou por "contrariar" aquele que seria um dos meus maiores receios enquanto adepto Português. Refiro-me à escolha de sistema de jogo, que se levasse em linha de conta o que havia adoptado enquanto treinador do Sporting C.P, iria privar Portugal daquele que é um dos seus sectores mais fortes - os extremos. Para estas posições temos nomes como Ronaldo, Nani, Varela e Ricardo Quaresma que por força das circunstâncias viriam o seu rendimento diminuir se eventualmente fossem colocados a actuar no famoso 4-4-2 losango.

Assim não foi e poder-se-á dizer que Paulo Bento montou muito bem a equipa.

Na posição de guarda-redes deu um voto de confiança a Eduardo (o erro que teve perante a Noruega custou a Portugal 3 pontos, no entanto se o guardião do Génova saísse da baliza, Paulo Bento estaria a "reeditar" casos semelhantes como os que teve com Stojkovic no Sporting C.P).

Mais à frente, na defesa, foi admirável a inteligência do treinador Português. Para além de apostar nos dois laterais Portugueses actualmente em melhor forma (sendo certo que para o lado direito e assim que Bosingwa estiver apto - o que ainda deve demorar - penso que será o dono do lugar), Paulo Bento apostou na dupla R.Carvalho - Pepe que já traz rotinas de jogarem juntos pelo Real Madrid. Aliás, há poucos dias com a selecção a seu comando e com pouco tempo para a preparar para estes confrontos internacionais, é sempre desejável que no seio da equipa existam pequenas "sociedades" que já trazem rotinas dos clubes onde jogam. Certamente o facto de ambos jogarem juntos no seu clube foi um factor determinante para a definição do eixo central da defesa.

Mais à frente, no meio-campo, creio que Paulo Bento voltou a ser inteligente na forma como o organizou. Além de ter colocado Meireles a nº6 (que é um médio com uma enorme capacidade de recuperação de bolas), juntou-lhe Moutinho (que a par de Nani terá sido o melhor em campo) e Carlos Martins (que, no Benfica, tem sido uma das unidades em foco).

O mais impressionante neste sector intermediário foi a forma perfeita com que Moutinho jogou. Correu, recuperou bolas, esteve exemplar no capítulo do passe e foi o "box-to-box" que a equipa precisava. É claramente um jogador em ascenção que ganhou o seu espaço de afirmação no F.C Porto (sim porque no Sporting o seu potencial não era exponenciado face à forma "anárquica" como aquele meio-campo funcionava), mas que nunca deveria ter sido preterido da convocatória de Queiroz no anterior Campeonato do Mundo.

Lá na frente de ataque creio que o trio inicial foi bem escolhido, sendo certo que o principal destaque vai para Nani (autor de dois golos "e meio"). Além dos golos de belo efeito que marcou, teve a frieza e classe suficiente para oferecer o terceiro tento a um esforçado Cristiano Ronaldo.

E por fim, para terminar esta crónica, falaria de Cristiano Ronaldo. Teve uma primeira-parte apagadíssima (aliás foi autor de apenas um remate que levava perigo à baliza dos Dinamarqueses), mas na segunda-parte esforçou-se (contra o costume, mas esforçou-se...). O golo acabou por ser um prémio depois de uma bola à trave, um livre perigoso e dois ou três remates de fora da área que levavam "selo de golo".

Convenhamos que (e isto agora numa perspectiva Portista) aquele estádio (o do Dragão, pois claro) é propício a grandes espectáculos, como tal, a selecção pura e simplesmente se deixou contagiar pelo ambiente que normalmente nele se vive.


Força Portugal, queremos mais frente à Islândia!