quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ópera!


Valeu o bilhete! Nestas três palavras descrevo o jogo que tive oportunidade de assistir hoje, ao vivo e a cores, no majestoso Estádio do Dragão.

Três golos numa só parte, conjugados com um domínio absoluto, foram mais do que suficiente para levar de vencido um Nacional da Madeira que ousou, um dia, vir vencer ao Dragão (ainda que para uma competição menor, como é o caso da Taça da Liga).

O resultado de hoje e acima de tudo a exibição vieram provar que a vitória Madeirense para a Taça da Liga, não foi mais do que um mero acidente de percurso. Hoje os Dragões, com muito brio e sentido colectivo, resolveram cedo o jogo com Hulk a "bisar" e James a fechar as contas do jogo.

Destaque para o facto de Hulk ter marcado o seu primeiro golo de cabeça (pelo F.C Porto) e para a construção da jogada que terminou com o 3-0 (de James). Nessa mesma jogada, a envolvência de todo o sector intermediário Portista com a linha atacante, foi decisiva para isolar James que - com toda a classe - bateu Bracalli de "chapéu". Hulk acabou por ser uma das grandes figuras da noite, não só porque marcou dois golos (e para quem não é ponta-de-lança, já marcou 19 só na Liga), mas também porque foi dele a assistência (de calcanhar) para o tento de James Rodriguez.

Do ponto-de-vista dos destaques individuais, Hulk e James são figuras incontornáveis, mas também há que destacar a excelência do jogo de Rafa (está-se a tornar um "caso sério" no lado esquerdo da defesa) e a jogatana de Belluschi. O médio Argentino esteve mais uma vez em grande plano. Além de ter sido incansável do ponto-de-vista da recuperação de bolas (e, a titulo de curiosidade, recorde-se que a seguir a Fernando é o jogador com mais recuperações...), foi o principal municiador de um ataque que esteve imparável. Foi dele a assistência para o primeiro golo de Hulk, tendo dividido com Moutinho a gestão do ritmo da partida. Exibição fantástica de "El Samurai".

Globalmente a equipa esteve toda bem. As oportunidades do F.C Porto foram-se avolumando e, em sentido contrário, o Nacional nem uma oportunidade de golo teve (já em Aveiro o mesmo tinha acontecido ao Beira-mar).

Uma última nota para a excelente entrada de C.Rodriguez em jogo, ele que até marcou um golo "limpinho". Mas ora como Paulo Baptista rima com "artista", o golo foi (mal) anulado.

Em suma foi um excelente jogo, com uma péssima arbitragem (ficou ainda por marcar uma grande penalidade sobre Hulk) que, perante um resultado mais escasso, poderia ser alvo de maior contestação.

Estamos a 9 vitórias do título!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Só não vale arrancar olhos...

Este ano vale tudo! O SL Benfica depois de ter conseguido um triunfo em Coimbra fruto de um golo "especial" (porque afinal de contas não é todos os dias que se marca em fora-de-jogo e com a mão), viu a sua vitória de ontem manchada com um episódio no mínimo caricato do seu treinador.
Como pelos vistos este ano vale tudo, eis que Jorge Jesus (qual Rocky Balboa...) decidiu dar um valente estalo num jogador do Nacional (Luiz Alberto).
Ora depois daquilo que foi o célebre episódio do túnel (que resultou em suspensões manifestamente exageradas para Sapunaru e Hulk), fico à espera de saber qual a punição de Jorge Jesus. Entretanto lanço o palpite que será qualquer coisa como:
- Ou um joguito de suspensão, apenas;
- Ou uma multa no valor de 1000 ou 1500 euros;
É aguardar para ver. Entretanto, assista-se ao video:

http://www.metacafe.com/watch/5844045/jorge_jesus_agride_luis_alberto_narra_o/

sábado, 22 de janeiro de 2011

Louvável pragmatismo!


O resultado da partida de hoje leva a crer que a deslocação do F.C Porto a Aveiro foi complicada. E foi.

No entanto, embora sem o brilho e "ópera" de outros jogos, o F.C Porto fez, no meu ponto-de-vista, uma exibição tácticamente irrepreensível. Pragmatismo no ataque e solidez defensiva foram os condimentos necessários para levar o F.C Porto "a bom porto".

É admirável o sentido colectivo desta equipa e solidez defensiva que esta apresenta. Que me recorde, o Beira-mar não criou qualquer oportunidade de golo na partida. Isso foi acima de tudo fruto de uma coesão defensiva que fez de Helton não mais do que um "espectador" em campo.

Com o bloco defensivo todo ele em "alta", é dificil partir para os destaques individuais. No entanto eu destacaria Rolando (que esteve imperial), Rafa (que vem conquistando a confiança de adeptos e treinador) e, um pouco mais adiante no terreno, as performances de Belluschi, James e Hulk.

Belluschi a cada jogo que passa vem mostrando que é o grande "maestro" da armada Portista. Com a colaboração do "carregador de piano", João Moutinho, o meio-campo Portista funciona que nem um verdadeiro carrossel. Estonteante, às vezes.

Em relação a James, pouco há a acrescentar aquilo que já foi dito sobre ele em outras partidas. É um jogador fenomenal, com um pé-esquerdo que faz dele um jogador temível no um-para-um. Hoje tentou por mais do que uma vez o golo e, perto do fim da partida, deixou as luvas de Rui Rêgo a "arder" (com um potente remate disferido de fora da área).

Por fim e quanto a Hulk, mais uma vez decidiu! O seu virtuosismo fez-lo conquistar uma grande penalidade sem qualquer tipo de contestação, tendo-a, em seguida, materializado em golo. Quem não "caça" com Falcao, "caça" com Hulk e a verdade é que o "incrível" já contabiliza 17 golos em 16 jogos da Liga.

Para terminar saúda-se o regresso de C.Rodriguez em pleno, ele que apesar de apenas ter jogado 5 minutos, teve nos pés a possibilidade de marcar o golo da tranquilidade (e que golo seria, diga-se!).

Está assim conseguida mais uma vitória rumo ao título, fruto de muito empenho e de uma actuação perfeita do ponto-de-vista táctica (nesse aspecto, provavelmente terá sido das melhores da época).

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Um bom treino para o que aí vem...


Numa competição que o F.C Porto e a grande parte dos clubes colocou em segundo plano, os "Dragões" venceram o Beira-Mar por esclarecedores 3-0. Mais do que o resultado, foi importante ver o entrosamento entre titulares e habituais suplentes. A primeira parte do F.C Porto foi extraordinária, com toda a equipa em bom plano.

A equipa, sempre muito sólida do ponto-de-vista defensivo, foi extremamente rematadora, pelo que os 3-0 com que partiram para o intervalo justificava-se plenamente.

Do ponto-de-vista individual eu destacaria Rafa, Walter, Otamendi e James Rodriguez.

Tinham sido levantadas muitas dúvidas quanto à competência de Rafa enquanto alternativa a Álvaro e eis que o lateral Português realizou um jogo irrepreensível (tendo o seu grande golo sido a "cereja no topo do bolo"). Em relação a Walter, tem respondido às suas oportunidades com golos. Hoje, na sequência de uma "bomba" de Hulk, Walter demonstrou instinto goleador e inaugurou o marcador. Do ponto-de-vista exibicional foi regular até ao final do jogo e terá, aparentemente, ganho o crédito de Villas-Boas para os próximos jogos (que, infelizmente, não contarão com a presença de Radamel Falcao).

Em relação a Otamendi é mais do mesmo. Um central de topo. É um jogador que a cada jogo que passa se assume como verdadeiro líder da defesa e cujas falhas por jogo são praticamente inexistentes.

Por fim e não menos importante, destacaria o grandíssimo jogador que é James Rodriguez. O míudo Colombiano tem um pé esquerdo absolutamente intratável, tem drible e acima de tudo não tem medo de partir para cima de qualquer adversário. Grande exibição do compatriota de Falcao e Freddy Guarín.

Ainda em relação aos destaques da equipa, notas muito positivas para a habitual regularidade exibicional de Moutinho, para a subida de forma de Fernando e para a excelente entrada em jogo de Ruben Micael (cuja boa forma parece estar a voltar). Por outro lado, Souza esteve algo apagado até ao momento em que recuou para o seu habitat natural. Assim que assumiu a posição de Fernando, Souza começou a aparecer em jogo e terminou a partida com nota positiva.

Um último destaque para Hélton (não pelo que jogou, porque felizmente teve pouco "trabalho"), mas pela atitude digna de um verdadeiro "capitão". A dado momento do jogo, num pontapé-de-baliza da equipa Aveirense, foram arremessados objectos ao guarda-redes do Beira-Mar (atitude essa que, seja de que clube for, é condenável) e Hélton dirigiu-se à baliza do seu colega de profissão para pedir calma aos adeptos Portistas.

domingo, 16 de janeiro de 2011

O que custou foi entrar o primeiro...


O F.C Porto voltou ás grandes exibições. Depois de retomado o ciclo vitorioso, os adeptos ansiavam por alguma estabilidade, desta feita do ponto-de-vista exibicional.

Hoje o F.C Porto correspondeu às expectativas garantindo não só uma vitória, mas também uma excelente performance (com destaque para a segunda-parte).

Contra equipas "fechadas" como a Naval, normalmente o maior dos entraves passa por marcar o primeiro golo. As oportunidades sucediam-se, o volume de jogo aumentava substancialmente, mas foi perto do intervalo que Radamel Falcao inaugurou o marcador. Foi o regresso perfeito do Colombiano à competição!

Ainda os adeptos mal tinham festejado o primeiro golo e eis que o F.C Porto dilata o marcador para 2-0. Numa jogada de envolvência absolutamente perfeita, o "incrível" Hulk não perdoou e fixou o resultado com que as equipas recolheram aos balneários.

Na segunda-parte e já com um resultado confortável, não durou muito tempo a resistência da Naval, já que aos 53 minutos o "incrível" voltou a atacar. Lançamento longo de Helton, falhanço do defesa e Hulk volta a não perdoar.

O resultado final foi de 3-1 a favor dos Dragões (já que a Naval beneficiou, perto do final da partida, de uma grande penalidade bem assinalada mas escusada), mas muitas foram as oportunidades criadas. Destaque, por exemplo, para Freddy Guarín esteve na iminência de marcar um golo de calcanhar (mas infelizmente o desvio do Colombiano encontrou a oposição do defesa da formação da Figueira da Foz).

Por fim e em relação aos destaques individuais, penso que toda a equipa esteve em bom plano, mas não há como não destacar a "temível" dupla Falcao - Hulk, assim como o tiki-taka de Moutinho e Belluschi.

No sector mais recuado, nota extremamente positiva para o "comandante" Otamendi, para Sapunaru e para o guardião Helton (que, apesar do pouco volume de jogo da equipa Figueirense, ainda protagonizou duas grandes defesas).
Destaque pela negativa (e apesar da assistência para golo) para Varela que, no meu ponto-de-vista, ainda está muito preso de movimentos. Está naturalmente a recuperar a sua forma, mas neste momento James Rodriguez apresentasse num patamar competitivo superior. O jovem Colombiano entrou muito bem em jogo.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Hulk contra a monotonia


O F.C Porto venceu hoje, tranquilamente, o Pinhalnovense por 2-0 no Estádio do Dragão. Os golos foram ambos marcados por Hulk, colocando um ponto final a uma grande exibição do guardião da equipa visitante.

Sem fazer uma exibição brilhante, o F.C Porto fez um jogo aceitável. Autor 29 remates, o F.C Porto foi, apesar de tudo, bastante oscilante no ponto-de-vista da intensidade de jogo.

Este foi um jogo sem qualquer tipo de história, pese embora seja de destacar o bom regresso de Mariano à titularidade, a boa exibição de Fernando (que também regressou após lesão) e o individualismo de Hulk (que hoje resultou em dois golos magistrais).

Kieszek, que cometeu um lapso marcante na sua última partida a titular pelo F.C Porto, hoje não comprometeu, tendo inclusive feito uma grande defesa no único remate dos visitantes à baliza dos Dragões.

Relativamente às exibições menos conseguidas, eu destacaria Rafa. É um lateral-esquerdo com potencial (embora estando muito longe da valia de Álvaro Pereira), mas que denota algumas dificuldades no momento de recuperação no terreno. Por diversas vezes vimos Maicon (outra boa exibição), a vir "fechar" jogo ao lado esquerdo da defesa, na sequência de investidas atacantes de Rafa. No meu ponto-de-vista, Rafa ainda não tem condições para efectuar o "vai e vem" que, por exemplo, Álvaro Pereira já consegue fazer com a maior das naturalidades.

Em suma foi uma vitória merecida, pouco brilhante e que de algum modo pode servir de exemplo para que a equipa não se deixe relaxar perante adversários teóricamente mais fracos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Freddy "bomba" e companhia estão de volta!


O F.C Porto está de volta às grandes exibições e aos grandes golos. Numa noite onte Freddy Guarín (autor de dois tentos) foi a estrela maior, o F.C Porto goleou o Marítimo por 4-1.

O jogo até começou algo complicado para o F.C Porto. O golo tardava em surgir, mas Freddy Guarín, a 37 metros da baliza de Marcelo, disferiu um potente remate que resultou no melhor golo da partida. Estava feito o 1-0 e o F.C Porto começava a respirar com mais tranquilidade.

Na segunda-parte, mais do mesmo. O F.C Porto manteve uma toada dominadora e chegou ao 2-0 por intermédio do "incrível" Hulk. Mais uma "bomba" indefensável para o guardião da equipa Madeirense.

Volvidos alguns minutos, o Marítimo que até então não atacara, conseguiu reduzir o marcador para um 2-1 que momentaneamente fez "pairar" o "fantasma" do jogo com o Nacional da Madeira.

O F.C Porto no entanto não se deixou intimidar, pelo que com Freddy Guarín "endiabrado" fez o 3-1, para que poucos minutos mais tarde, James Rodriguez fixasse o resultado final com um golo mais do que merecido.

Relativamente aos destaques individuais, os jogadores mais em foco foram sem dúvida Freddy Guarín e James Rodriguez. O miudo Colombiano marcou um golo, mas mostrou que tem atributos de um verdadeiro craque. Tem um pé esquerdo absolutamente fantástico e no meu ponto-de-vista já mostrou o suficiente para relegar Cristian Rodriguez para terceira opção na ala esquerda do ataque portista.

Para lá destes dois jogadores, destaque para as excelentes performances quer de Moutinho, quer de Belluschi (aliás, está provado que o meio-campo do F.C Porto funciona com mais naturalidade quando ambos jogam juntos) e para o regresso de Otamendi (em detrimento de Sereno) que, neste momento, é sem sombra de dúvidas o "patrão" da defesa do F.C Porto.
Uma nota final para o (bom) regresso de Mariano à competição. 301 dias depois, Mariano González entrou e tudo o que fez, fez bem. De agora em diante André Villas-Boas ganha mais uma opção para a frente de ataque portista.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Tanta gestão resultou em indigestão


Não sou muito apologista das paragens de Inverno no campeonato. Normalmente os jogadores vêm com os índices de intensidade competitiva um pouco mais abaixo, com a cabeça nas suas terras natal e, por consequência, os resultados não são os mais desejáveis. Foi um pouco isso que sucedeu hoje no Estádio do Dragão, diante de um Nacional da Madeira muito fechado.

O F.C Porto fez uma primeira-parte apagada. As linhas de passe eram praticamente inexistentes e a criação de potenciais jogadas de perigo esbarravam no individualismo excessivo de Hulk.

Na segunda-parte o F.C Porto apareceu melhor. Conseguiu subir a intensidade de jogo, esteve constantemente em cima do adversário e após um golo obtido por Hulk (na sequência de uma grande penalidade inquestionável), Anselmo reestabeleceu a igualdade, com Kieszek a ficar mal na fotografia.

Minutos mais tarde e numa jogada em que Sereno teve responsabilidades acrescidas, Anselmo bisa e interrompe a histórica série vitoriosa do F.C Porto, sob o comando de André Villas-Boas.

Mais cedo ao mais tarde o F.C Porto iria perder algum jogo (fosse na Taça da Liga, ou até no campeonato) e quis o destino que esse jogo fosse o de hoje. Felizmente foi na Taça da Liga (uma competição cuja importância dada por grande parte das estruturas directivas dos clubes da Liga é pouco mais do que nula) e foi, a meu ver, resultado de uma excessiva gestão de André Villas-Boas.

Porquê colocar Sereno quando se tem Maicon no banco? Porquê não convocar Fernando e sobretudo Varela, que ontem treinaram sem limitações?

Estas são no fundo algumas questões que podem justificar o insucesso do jogo de hoje mas que jamais colocaram em causa todo o trabalho que vem sendo (muito bem) feito por André Villas-Boas.

Na partida de hoje, eu destacaria Freddy Guarín que fez um jogo fantástico. Pleno de entrega, força e objectividade. Foi o jogador mais esclarecido dos que tiveram em campo, mas insuficiente para levar a equipa a bom porto.

Quanto às opções do plantel de Villas-Boas e em jeito de balanço (já que estamos num mês onde o mercado futebolístico está em aberto), eu penso que há pequenos ajustes a ser feitos no plantel.

No meu ponto-de-vista Sereno deveria ser emprestado (sempre fiz questão de referir que foi o reforço que menos me agradou) e acho que Ukra deveria permanecer no plantel, em detrimento de C.Rodriguez.

C.Rodriguez chegou há duas épocas naquela que foi uma das mais mediáticas transferências do defeso de Verão, mas está longe de justificar os 135 mil euros/mês que aufere ao serviço do F.C Porto (ao que se consta é esse o seu ordenado mensal). É um jogador com talento, sem dúvida, mas desde a época passada tem perdido preponderância para Varela (e mais recentemente para o míudo James) fruto das sucessivas lesões das quais tem sido vítima, sobretudo ao serviço da selecção do seu país.

A sua impulsividade e a forma como reage perante certas situações durante o jogo, tem funcionado um pouco contra si mesmo (já foi, salvo erro, por duas vezes expulso esta temporada) e, como tal, uma boa oportunidade de negócio não seria de recusar.
Relativamente a potenciais entradas, penso que o F.C Porto poderia apostar num terceiro avançado (um pouco à imagem do tal "pinheiro" que Paulo Sérgio vem pedindo à direcção do Sporting).

Em suma, desejo que esta derrota seja apenas um "acidente de percurso" que sirva acima de tudo para que a equipa reinicie um novo e brilhante ciclo vitorioso.