terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uno...dos...tres...HALA MADRID!!



Noite de gala do F.C Porto! Uma grande exibição apenas à altura das grandes equipas.

Independentemente do momento menos bom do Atl.Madrid (que apesar de tudo vinha de uma vitória frente ao Espanyol por 4-0 e de uma vitória fora ao Xeréz por 0-2), um resultado de 0-3 em pleno Vicente Calderón é sempre um registo assinalável.
O resultado em si não se traduz em consequências práticas, já que o F.C Porto apurou-se com relativa naturalidade e não precisava do resultado e, por seu turno, apenas uma "catástrofe" (que até esteve em vias de acontecer) impediria que o Atl.Madrid prosseguisse o seu percurso Europeu para a Liga Europa.
Certo é que os jogadores do F.C Porto (todos eles) mostraram porque razão figuram entre os eleitos deste distinto clube e convenhamos que os 800 mil euros de prémio foram um bom aliciante para que da sua parte houvesse mais suor, mais garra e maior produtividade.
Logo ao primeiro minuto Bruno Alves num "vôo" absolutamente magistral colocou o F.C Porto em vantagem no marcador. É mais uma vez posta à prova a excelência deste defesa-central que vale pelos golos que evita mas também pelos golos que marca. A sua elevação para concluir um canto bem cobrado por Raul Meireles tem tanto de incomum como de "surreal". Fantástico golo do "capitão" dos Dragões.
Poucos minutos volvidos, eis que o F.C Porto volta a rondar a baliza de Sergio Asenjo e, desta feita pelo estreante Diego Valeri (bom jogo do Argentino). O nº8 Portista recebe um bom passe de Rodriguez, ultrapassa a defesa e perante o "guardião" Madrileno atira para uma defesa plena de bons reflexos.
O segundo golo não viria a tardar e eis que perto do primeiro quarto de hora Radamel Falcao (pois claro!) marca um golo num lance pleno de oportunismo, após um remate colocadíssimo de Fucile.
O jogo apartir do 0-2 foi jogado com maior frieza, sendo certo que sempre que podia, o F.C Porto aparecia em situações de finalização de entre as quais se destaca (ainda na primeira metade do jogo) uma cabeçada de Falcao que passou perto do poste. O avançado Colombiano, que na última jornada quebrou o "jejum de golos", teve o 0-3 na sua cabeça mas não foi suficientemente eficaz para o materializar.
Pelo meio, o Atl.Madrid ainda teve alguns remates de relativo perigo mas nem Kun Aguero nem Forlan foram capazes de bater o guardião Helton. Forlan foi mesmo a unidade em maior destaque no Atl.Madrid, pese embora tenha sido impotente perante uma organização defensiva Portista "de se lhe tirar o chapéu".
Na segunda-parte poder-se-á dizer que foi mais do mesmo. Tivemos um Atl.Madrid a jogar muito com o coração e pouco com a cabeça e, por seu turno, um F.C Porto muito mais cerebral a ser o protagonista das oportunidades mais flagrantes de golo. Falcao voltou a "cheirar o golo" num remate cruzado após brilhante assistência de Hulk tendo sido esse, porventura, a sua última grande intervenção no jogo (já que viria mais tarde a dar lugar ao "enérgico" Varela).
Na segunda parte de registar a saída inesperada de Maicon após uma lesão que aparentou alguma gravidade. Foi na realidade o momento mais infeliz do jogo, sobretudo sabendo-se que o jovem central Brasileiro vinha realizando uma exibição bastante segura e que eventualmente estaria a ganhar forma a sua possível permanência no "onze" Portista das próximas partidas.
Para o seu lugar entrou Sapunaru (que cumpriu bem o lugar).
Outra alteração que se verificou foi a saída de Valeri para a entrada de Guarín (que viria a ser decisivo). Fredy Guarín vem realizando uma excelente temporada, está mais solto de movimentos, mais forte e cada vez mais confiante. Prova disso foi a sua boa abertura para o golão de Hulk, a que se seguiu outra assistência notável que iria dando o 0-4 (desta feita seria da autoria de "Cebola" Rodriguez).
Hulk com o golo que marcou (e com este tento mostrou mais uma vez a toda a Europa o porquê de o chamarem "incrível") tranquilizou ainda mais a equipa Portista, ao mesmo tempo que "cavou" um ainda maior "fosso" para o Atl.Madrid do nosso conhecido Quique Flores.
Em suma, foi uma vitória que acima de tudo fortaleceu uma confiança que se vinha notando nas duas últimas vitórias (Rio Ave e Vit.Guimarães) e, a meu ver, o F.C Porto deu hoje o "mote" para arrancar para uma época ao mais altíssimo nível. Acabaram-se as "baldas" para os lados do Dragão e ganhar em Madrid (seja lá em que condições), num jogo da Champions e por expressivos 0-3, não é para todos (que o diga o Chelsea que apenas foi capaz de lá empatar...).

Sem comentários: