sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Guimarães sujeito ao rolo compressor Portista


O F.C Porto goleou hoje o Vitória de Guimarães, em pleno estádio Afonso Henriques. Foram precisamente quatro os golos que "abrilhantaram" uma exibição quase em pleno do F.C Porto e poder-se-á dizer que outros tantos ficaram por marcar.

É certo que o Vitória de Guimarães teve uns primeiros quinze minutos na segunda-parte onde se superiorizou ao F.C Porto (possivelmente galvanizado com o golo marcado ao fechar da primeira-parte), no entanto, a partir do momento que o F.C Porto marcou o terceiro tento, a partida foi autenticamente dada por terminada.


Um recital de bola na primeira-parte

Detalhadamente falando, o F.C Porto fez uma primeira-parte de altíssimo nível e o Guimarães limitou-se a ser um mero "espectador" do jogo. Com uma atitude muito mais aguerrida (finalmente!), o F.C Porto abriu o activo com uma excelente jogada de Varela (após recuperação de bola decisiva de Belluschi). Estava feito o 0-1 e o F.C Porto continuava a "carburar".
Pelo meio ainda assistimos a uma bola na trave de Falcao que apenas adiou o momento de "glória" que estava reservado ao ponta-de-lança Colombiano, nesta partida. Neste sentido, após livre de Raul Meireles, Falcao faz justiça pelos seus próprios pés e coloca fim a um "jejum de golos" não muito habitual num futebolista da sua craveira.
O jogo aparentava estar praticamente decidido, já que o F.C Porto vencia por uns tranquilos 0-2, geria o jogo a seu belo prazer e criava sucessivas oportunidades de ampliar a vantagem. Este cenário foi no entanto alterado, ainda que provisoriamente, já que uma perda de bola de Belluschi viabilizou uma descompensação na equipa Portista e, consequentemente, resultou numa falta perigosa a favor do Guimarães. A essa falta Andrezinho correspondeu com sucesso e marcou um grande golo. Estava então relançada a partida...

Na segunda-parte, o "capitão" deu o mote
O F.C Porto na segunda-parte sofreu um pouco para suster um ímpeto inicial do Vitória. Afinal de contas e, tal como Jesualdo referiu, um golo marcado no final de uma primeira-parte galvaniza a equipa que o marca e perturba (ou porventura até inibe) a equipa que o sofre. Foi nesse sentido que Jesualdo mexeu na estrutura da equipa (e a meu ver bem).
Fazia todo o sentido o F.C Porto voltar a assumir as rédeas do jogo e, para tal, era necessário voltar a "ganhar" o meio-campo.
Guarín, neste pressuposto, foi um elemento chave já que para lá de uma assistência para golo (da autoria de "Cebola" Rodriguez) ainda recuperou uma "mão-cheia" de bolas e "atormentou" Nilton com dois "mísseis teleguiados". É admirável a potência de remate de Guarín sobretudo na seu segundo "tiro" à baliza de Nilton.
Para além da entrada de Guarín (por substituição com Belluschi), entrou Hulk para o lugar de Falcao. Com esta alteração suponho que Jesualdo tivesse optado por garantir alguma frescura física e imprevisibilidade na ocupação dos espaços na frente de ataque (de notar que o F.C Porto passou a jogar com três avançados, dos quais nenhum era ponta-de-lança fixo).
Depois de efectuadas estas nuances tácticas, a equipa assentou jogo e Bruno Alves (após nova assistência de Meireles) tranquilizou a equipa e toda a massa adepta Portista.
Bruno Alves marca um golo decisivo no dia em que soube que faz parte do restrito lote de nomeados para a equipa do ano da UEFA (numa lista onde se vislumbram nomes como o de Puyol, Ferdinand, Terry e outros tantos). Foi justo e merecido este golo e esta nomeação para aquele que é, sem qualquer margem de dúvidas, o melhor central da Liga e um dos melhores do futebol Europeu.
Por fim, o jogo não fica concluído sem C.Rodriguez marcar um golaço bem à imagem do golo concretizado por Varela na primeira-parte.
Uma última nota vai para os destaques individuais que contemplam as exibições soberbas de Varela, Meireles, Belluschi, Guarín, Falcao e Rodriguez. Fico satisfeito acima de tudo por Falcao ter voltado aos golos, por Rodriguez ter atingido indíces físicos extremamente altos (sobretudo tendo em conta o elevado período de paragem a que foi submetido) e, à imagem de Rodriguez o mesmo se aplica a Varela. Quanto a Belluschi, nota-se uma influência cada vez maior na equipa a partir do momento que pega na bola em zonas mais adiantadas do terreno. É certo que teve uma perda de bola que custou um golo ao F.C Porto, mas foi ele também o autor de uma recuperação de bola decisiva para o golo de Varela bem como de uma série de assistências para golo que colocaram a defesa Vimaranense em sobressalto. O único aspecto que ainda vem limitando a sua utilização a tempo inteiro (e, a meu ver, o mesmo aplicasse a Varela) prende-se com o facto deste ainda não possuir a condição física necessária para aguentar os 90 minutos a um elevado ritmo. De resto, a classe está toda lá (em ambos os jogadores).
Em contrapartida, achei que a entrada de Hulk não foi muito bem sucedida e, a meu ver, Fucile apresentou algumas limitações do ponto-de-vista físico que o impediram de aumentar a intensidade da partida como ele bem sabe.
Dito isto, o F.C Porto marcou hoje um "ponto-de-viragem" e provou que está "vivo" e "bem vivo".
Terça-feira há jogo de "Champions" e perspectiva-se alguma rotatividade na equipa por parte de Jesualdo, nunca perdendo de vista a vitória e o "prize-money" a ela associado, já que quanto à qualificação tudo está mais que definido.
















Sem comentários: