No jogo mais aguardado do ano o Benfica conseguiu bater o Porto por uma bola a zero, e no meu intender justamente, foram condições adversas para ambas as equipas aquelas que estiveram presentes no estádio da luz, mau tempo terreno irregular esses factores vieram limitar ambas as equipas no entanto penso que esse factor não pode ser visto como principal pois a equipa da casa também se apresentou com 5 baixas importantes para este jogo e não foi por ai que deixou de jogar.
Surpreendentemente Jorge Jesus ao contrário de muitos que apregoaram toda a semana a utilização de David Luiz a defesa esquerdo e César Peixoto a médio na ânsia de parar o incrivel Hulk, manteve a estrutura e apostou em Urreta, foi arriscado? Na óptica de qualquer treinador sim mas foi ai que o Benfica começou a ganhar o jogo, Urreta deu tudo nos 62m que esteve em campo deixou Fucile completamente aos papeis e raramente se viu nele qualquer subida em campo como senão bastasse o jovem Uruguaio ainda teve tempo de defender e atacar ainda melhor, ou seja a principal arma do porto Hulk não fez qualquer jogada mas nisto também César Peixoto também teve a sua cota parte de responsabilidade foi claramente muito mais maduro e tacticamente adulto do que o seu opositor que já se percebeu para dar um passo em frente na carreira ainda curta necessita de crescer mentalmente.
Ora sem Hulk e sem Falcão que perdeu sempre para Luisão sobrou Cristian Rodriguez que neste seu regresso a luz foi o jogador mais inconformado do FC Porto para mim o melhor da sua equipa, mas isso não bastou e os 3 remates do porto em toda a partida são mostra que a capacidade atacante foi muito reduzida.
Ou seja depois do empate em Olhão todos os pseudo-comentadores deste pais apresaram-se a dar a taça de favorito ao Porto por estar a meu entender também numa pseudo super forma depois de 3 fantásticas vitórias e o Benfica em quebra física e psicologicamente, o problema é que Jesualdo como tem feito sempre a quando joga na luz jogou com 3 médios claramente defensivos Raul Meireles, Guarin e Fernando não diria que todos são números 6 mas neste jogo foram mais 6 do que 8 ou 10, ao fazer isto o treinador azul e branco pensou que ao colocar mais unidades no meio campo superiorizaria as duas únicas unidades do Benfica puro engano tanto Javi Garcia como Carlos Martins chegaram e sobraram e este ultimo raramente se viu num processo defensivo, resumindo e concluindo foram 45 minutos em que o Benfica dominou por completo o FC Porto tendo marcado um golo justo para o que se tinha passado até então.
No segundo tempo o porto nos primeiro 20m veio apostado em chegar pelo menos ao empate mas verdade seja dita a não ser um bom remate do seu lateral esquerdo pouco ou nada mais se viu, e com o agravar do estado do relvado e também da condição física de vários jogadores o Benfica apostou na contenção e no contra ataque mas foi do banco que desta vez Jorge Jesus deu 3 a 0 a Jesualdo, não tanto na entrada de Luis Filipe e Filipe Menezes mas sim na manutenção da dupla atacante Saviola e Cardozo e na inclusão de Weldon para a esquerda que com duas arrancas deixou em alvoroço toda a defesa do porto que nunca mais foi capaz de fazer pressão alta na tentativa de recuperação da bola rápida, como senão bastasse Jesualdo deu a machada final no jogo quando aos 80m mete um avançado (Farias) pouco móvel e muito mais baixo que a dupla de centrais do Benfica fez entrar também Belluci que devido ao estado do terreno nem foi capaz de fazer um passe ou uma assistência de qualidade.
Apesar de tudo isto uma coisa foi certa o Benfica ganhou na atitude ganhou na raça e no desejo de vencer componentes que não sendo propriamente tácticas no futebol são importantes quando se defrontam equipas com um nível alto e num terreno algo estragado, tenho pena é que só ontem o plantel mostrou esses factores pois tenho a certeza que em Olhão e em Braga também teriam sido muito importantes.
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