domingo, 20 de dezembro de 2009

Desilusão "clássica"


Abstraindo-me um pouco daquilo que foi o resultado final, que naturalmente não foi do meu agrado enquanto Portista (recordo que a partida terminou uma vantagem tangencial para o SL Benfica), acho que este "Clássico" soube um pouco a desilusão. Aliás, penso até que este é um sentimento que se alastra aos adeptos Benfiquistas, já que na antevisão deste grande "duelo" estariam reunidos todos os condimentos para um espectáculo melhor. Afinal de contas estavamos na presença das duas melhores equipas do futebol nacional, estavamos perante um Estádio da Luz repleto e vinham sendo projectados por parte dos "media" diversos duelos particulares que visavam "apimentar" ainda um pouco mais este jogo.

Na prática, o que se passou foi precisamente o contrário. Durante os 90 minutos o futebol praticado esteve muito longe do expectável (de parte a parte) e, a meu ver, nem as tácticas nem tão pouco os intérpretes foram os principais responsáveis por este pobre espectáculo. Desta feita e numa opinião muito particular, o clima e consequentemente o estado deplorável do relvado prejudicaram e muito o desenrolar do jogo ofensivo de jogadores tendencialmente tecnicistas.

Talvez por essa razão e antevendo um jogo de muita "luta", Jesualdo optou e bem por Guarín em detrimento de Belluschi. Terá sido porventura essa a maior surpresa no "onze" de Jesualdo que, repito, não teve desta feita quaisquer culpas no resultado final nem no espectáculo produzido.

O F.C Porto até começou bem o jogo, sendo certo que o Benfica a dada altura reequilibrou a partida. A ausência de grandes oportunidades de golo para as duas equipas foi apenas mais um "atestado" das condições em que a partida se realizára, para lá do facto das equipas terem entrado em campo com muito receio uma da outra.

Foi essencialmente um jogo de "lotaria", em que porventura o empate seria o resultado mais justo. Digo isto porque houve um ligeiro ascendente do Benfica na primeira-parte (pese embora apenas tenha tido mais uma oportunidade de golo para lá do golo de Saviola), enquanto que na segunda-parte só houve mais dois remates de relativo perigo e, desta feita, a pertencerem ao F.C Porto.

O F.C Porto na segunda-parte, na minha perspectiva, foi mais dominador que o Benfica mas também "padeceu" do mesmo problema que tinha afectado o Benfica na primeira-parte. Falo precisamente das escassas oportunidades de golo.

Saio deste jogo desiludido com o resultado, mas como adepto do futebol acho que este não foi o tão esperado "Jogo do Ano". As expectativas eram naturalmente legítimas e aceitáveis, mas na prática nada disso aconteceu.

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