terça-feira, 2 de novembro de 2010

Jogo de 75 minutos

O Benfica recebeu e venceu (4-3) o Lyon para a 4.ª jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, mantendo-se na corrida pelo apuramento para a próxima fase da competição. Numa boa partida dos campeões nacionais, Carlos Martins destacou-se com quatro assistências, duas delas para golos de Fábio Coentrão.


Para a partida com o Lyon, o treinador Jorge Jesus não contou Pablo Aimar devido a uma indisposição do atleta, apostando em Carlos Martins para o seu lugar. A outra novidade prendeu-se com a titularidade do argentino Eduardo Salvio no lado direito do ataque.

Tal como se previa, a formação gaulesa adoptou uma estratégia defensiva na deslocação ao Estádio da Luz, algo que lhe foi naturalmente fatal. É que as equipas que optam, normalmente, por ter essa po
stura não têm qualquer hipótese de discutir o resultado.

O adversário ainda sonhou que poderia ter êxito nos lances de contra-ataque, mas rapidamente o Benfica acabou com essa esperança. Na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Lyon, Jorge Jesus afirmara que o jogo em França tinha permitido aos “encarnados” conhecer melhor o adversário. Ora, a aposta em Salvio não foi, por isso, inocente. Aliás, a mobilidade do número oito argentino provocou grandes desequilíbrios no sector defensivo francês. O primeiro lance de perigo pertenceu mesmo a Salvio que, após um excelente trabalho individual, rematou para defesa do guarda-redes Lloris (11’).

O domínio “encarnado” foi coroado aos 19 minutos. O Benfica beneficiou de um livre e Carlos Martins colocou a bola na área, onde apareceu Alan Kardec a cabecear com êxito.
Apesar de estar a perder, o Lyon manteve a mesma postura, ou seja, continuou a trocar
a bola no seu meio-campo, procurando chegar em transições rápidas à baliza do Benfica. Foi numa dessas situações que Briand rematou por cima da barra (27’).

Os visitantes provaram o seu próprio veneno aos 31 minutos. Numa jogada muito rápida, Salvio colocou a bola em Carlos Martins e este, com um passe milimétrico, deu a Fábio Coentrão a possibilidade de fuzilar o guarda-redes do Lyon.

Salvio, um dos elementos em particular destaque na primeira parte, voltou a fazer estragos aos 38 minutos. Após mais um bom trabalho individual, o futebolista entrou na área e rematou para defesa muito complicada de Lloris, sendo que a bola sobrou ainda para César Peixoto, no entanto, este não acertou da melhor forma no esférico e o lance acabou por se perder.

O primeiro tempo não terminou sem mais um golo das “águias”. Carlos Martins cobrou um canto do lado esquerdo e Javi Garcia apareceu para facturar de cabeça (42’).

No segundo tempo, o Lyon voltou a sofrer na pele o contra-ataque letal do Benfica. Carlos Martins escapou com o esférico e isolou Fábio Coentrão, que fez um excelente chapéu a Lloris (66’).

É verdade que os visitantes ainda conseguiram reduzir por intermédio de Gourcuff (74’), Gomis (84’) e Lovren (90+5), mas isso não belisca em nada a boa actuação dos “encarnados” no encontro.

Com este resultado e o empate (0-0) do Schalke 04 no terreno do Hapoel, o Benfica continua no terceiro lugar do agrupamento, mas agora com seis pontos.

Uma palavra final para os adeptos que apoiaram sempre a equipa, tornando o Estádio da Luz num verdadeiro inferno para o Lyon.

O Benfica apresentou a seguinte equipa: Roberto; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia, César Peixoto, Carlos Martins (Felipe Menezes, 75’) e Salvio; Saviola (Jara, 70’) e Kardec (Weldon, 71’).

slbenfica.pt

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