sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Benfica Qualificado

Como já se previa, o Benfica garantiu, sem problemas, a qualificação para a fase de grupos da Liga Europa. Depois da goleada por 4-0, na Luz, o conjunto benfiquista confirmou esta quinta-feira a sua (prevista) superioridade na Ucrânia, no terreno do Poltava, em termos futebolísticos, mas acabou (com muita injustiça) por não conseguir expressar a sua superioridade no resultado final por culpa de um adversário muito feliz no capítulo da finalização.

Muito personalizado e sempre detendo o controlo do jogo, o Benfica apresentou de início um onze muito diferente do habitual, com Luís Filipe, César Peixoto (jogou a 10), Keirrison e Nuno Gomes a fazerem as suas estreias como titulares em jogos oficiais. Além deste quarteto, também o central Sidnei regressou ao onze, o que levou David Luiz a transferir-se para o lado esquerdo da defesa.

Jogando fora frente a um adversário que nada tinha a perder e que estava empenhado em mostrar-se na Europa, seria muito importante ao Benfica desgastar psicologicamente a formação ucrianana no primeiro quarto-de-hora através de um futebol compacto, seguro e solidário. E foi isso que a equipa de Jorge Jesus conseguiu fazer sem ter tido necessidade de pôr em prática uma grande intensidade competitiva.

Depois de ultrapassada a barreira dos 15', o Benfica foi avançando no terreno com mais consistência, sentindo no terreno a sua vincada superioridade. E, inevitavelmente, foram surgindo as oportunidades de golo.

Muito activo como já vem sendo habitual, Fábio Coentrão foi o primeiro jogador a criar uma situação de perigo, na marcação de um livre directo descaído para o lado direito (19') – remate a bater na barreira e a levar o esférico a sair ligeiramente ao lado do poste direito.

Um minuto depois, César Peixoto desmarcou na perfeição Keirrison com um toque de calcanhar, mas o avançado brasileiro, só com o guarda-redes pela frente no interior da grande área, não conseguiu evitar que Dolganskyy fizesse um estirada eficaz. Só dava Benfica no relvado do estádio e aos 32’, após um cruzamento largo de Luís Filipe junto à linha lateral, César Peixoto atirou ao lado de cabeça na grande área (o esférico saiu muito perto do poste direito).

Estrelinha a mais para o Poltava

Cinco minutos depois, César Peixoto (boa estreia na condição de titular) voltou a estar em evidência com uma tentativa falhada de um chapéu, à entrada da pequena área, num lance que pôs em evidência a melhor capacidade do Benfica na circulação do esférico.

A equipa de Jorge Jesus entrou para a etapa complementar com Saviola (rendeu o capitão Nuno Gomes) e esta alteração produziu rendimento visto que o talentoso argentino marcou um golo aos 61’ que dissipou as ténues dúvidas que ainda existiam no apuramento do Benfica para a fase de grupos. Um golo que nasceu de um cruzamento tenso de César Peixoto na marcação de um livre indirecto (o atacante argentino ganhou, com alguma felicidade, um ressalto de bola e, após dominar a redondinha na perfeição, desferiu um violento remate de primeira que não deu a mínima hipótese ao keeper adversário.

O golo de Saviola ganhou mais importância pelo facto de ter anulado uma vantagem de 1-0 conquistada pelo Poltava à passagem do minuto 49, através de um remate certeiro de Sachko que não desaproveitou uma saída de Moreira que não conseguiu interceptar um cruzamento "muito puxado" de Kulakov.

Ciente da sua superioridade e de que a eliminatória estava praticamente ganha face ao nulo ao intervalo, o Benfica atacou com mais veemência a vitória e acabou por conceder metros na sua retaguarda, nomedamente no flanco esquerdo, tendo sido por aí que o Poltava fez o primeiro golo.

E esta lacuna defensiva dos encarnados seria agravada aos 74' com a marcação do segundo tento dos ucranianos – na ala direita Bezus cruzou e Yesin, na grande área, na passada, desferiu um violento remate, indefensável para Moreira.

O Benfica não vacilou, é certo, perante a segunda desvantagem no marcador, mas o melhor que fez até ao final do encontro passou por um remate em jeito de David Luiz que fez o esférico passar ligeiramente ao lado do poste esquerdo.

A equipa de Jorge Jesus controlou sem dificuldades o jogo, dominou os acontecimementos, mas enfrentou um adversário que acabou por ter toda a estrelinha da partida (quase 100 por cento de eficácia na hora da finalização).

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