domingo, 2 de agosto de 2009

Benfica goleia (4-0) Portsmouth

O Benfica deu o melhor seguimento à excelente pré-época que está a realizar ao bater de forma clara os ingleses do Portsmouth no seu primeiro jogo no Torneio Cidade de Guimarães. A vitória por 4-0 coloca os “encarnados” em condições de poderem, frente ao V. Guimarães, erguer o seu terceiro troféu da pré-temporada. Na retina fica, mais do que os golos marcados, a beleza do futebol praticado pelos “encarnados”.

Cardozaço

Juntos foram dinamite. Aimar, Saviola, Di María e Cardozo estiveram imparáveis numa primeira parte de grande nível e que deixou de rastos um Portsmouth que até se poupara quando na noite anterior apresentara uma equipa de recurso frente ao V. Guimarães (2-0 para os minhotos). Desta feita, com as estrelas em campo (entre elas Basinas e Krancjar), o Portsmouth cedo se viu enleado nas amarras tácticas gizadas por Jorge Jesus.

O técnico que já na temporada anterior eliminara (ao serviço do Sp. Braga) os ingleses da Taça UEFA, deu a táctica aos seus pupilos que cedo trocaram as voltas aos ingleses, não só pressionando bem alto a defesa britânica como também gizando infernais jogadas junto à área contrária. E nem a má arbitragem de Paulo Costa negou o que se esperava: o golo “encarnado”.

O árbitro não viu uma grande penalidade cometida sobre Rúben Amorim (à direita do losango), aos 14’, transformando um castigo máximo num livre directo. Mas Cardozo fez justiça, desta feita em jeito, colocando a bola no fundo das redes. Um prémio para o melhor futebol benfiquista que, em remates fortes de David Luiz (à esquerda, mercê da estreia de Sidnei) e Maxi Pereira, quase marcara anteriormente, na madrugada da partida.

O espectáculo continuou à medida que os minutos corriam, pois o já referido quarteto persistia em brindar os cerca de dez mil adeptos presentes no D. Afonso Henriques. E se Aimar e Saviola desperdiçaram golos quase certos, após tabelinhas fabulosas pela esquerda, já Cardozo, aos 39’, bisou, aproveitando da melhor forma um entendimento entre Aimar e Di María. Um lance digno do YouTube, tal a simplicidade de processos e beleza das acções. E se os mais pragmáticos duvidarem da tendência do jogo, eis os números finais da primeira parte: 22 ataques do Benfica contra quatro dos ingleses e nove remates das “águias” contra nenhum dos “Pompey”.

Licenciados em Letras na Universidade do Minho

O desafio que se colocava ao Benfica na segunda parte prendia-se com a capacidade de controlar a resposta do adversário, mantendo a posse de bola. E não podia ter sido melhor a resposta benfiquista ao desafio. Abrandando o ritmo do jogo, mas mantendo a bola no pé, o meio campo “encarnado” mostrou paciência quando em posse e ambição sempre que o adversário tentava construir jogo, o que dinamitou por completo qualquer resposta contrária.

Mas as obras de arte não tinham terminado. Aos 69’, eis como se joga à bola: Sidnei rouba a bola na bandeirola de canto à direita do ataque dos ingleses, a bola segue para Carlos Martins que cede em Rúben Amorim. Saviola desmarca-se pela direita e cede a bola para Carlos Martins que, após levantar a cabeça, centra para a finalização de Weldon. Um hino ao futebol.

Momento exacto para que, a 15 minutos do fim, Keirrison se estreasse de águia ao peito. Foi nesse período que Maxi Pereira se lesionou, sendo obrigado a sair, o que constituiu um importante revés. Mas nem mesmo essa infelicidade parou a máquina benfiquista que, por intermédio do turbo Di María, acelerou para o 4-0, aos 85’. Um passe de letra do argentino, obrigando Wilkinson a um autogolo. Apenas mais um espectáculo dentro do espectáculo que foi este Benfica. E já lá vão seis vitórias em oito jogos.

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