quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Deus perdoa, Falcao não...


O título diz muito daquilo que foi o jogo do F.C Porto com o Atl.Madrid esta noite. O nulo foi-se "arrastando" até bem perto do fim, quando Radamel Falcao num golo de "antologia" libertou os "Dragões" para um resto de jogo mais enérgico, interventivo e minutos mais tarde culminado com um segundo tento da autoria de Rolando. O resultado foi 2-0 e diga-se que foi inteiramente justo.

No entanto, o desenrolar da partida mostrou-nos um Atl.Madrid muito bom na posse de bola, com muito critério no passe mas sem grande objectividade na hora de rematar à baliza.

Do outro lado, o F.C Porto apesar de ter desperdiçado algumas boas oportunidades foi pouco "agressivo" no meio-campo até ao momento da entrada de Guarín.

Sentiu-se efectivamente a falta do "Polvo" (vulgo, Fernando) e vimos em diversas ocasiões tanto Belluschi como Raul Meireles mais preocupados com o auxílio a Tomas Costa (que jogou numa posição que não é a sua), do que propriamente a fazer aquilo que lhes era à partida destinado (passes de ruptura e auxilio ao "trio" de avançados). O F.C Porto enquanto jogou com o meio-campo composto por Tomas Costa, Meireles e Belluschi exibiu-se de uma forma não muito comum. Tomas Costa sentiu as habituais dificuldades de um jogador que não está familiarizado com aquela posição (pese embora a meu ver seja um excelente jogador), Raul Meireles encontra-se num inequívoco mau momento de forma e, posto isto, todo o processo de lançamento do ataque esteve entregue a um só homem, Belluschi.

Mais tarde e, tal como referi, o F.C Porto teve uma subida de produção evidente a partir do momento que entrou Fredy Guarín. O Colombiano que já havia feito um excelente jogo em Stamford Bridge, acrescentou aquela "agressividade" que vinha faltando ao meio-campo dos Dragões, "roubou" bolas no meio-campo do Atlético e as "linhas" subiram gradualmente até remeter por completo o Atl.Madrid à sua própria defesa.

O grande golo de Falcao foi consequência dessa subida das "linhas" da equipa Portista, que mesmo para lá do segundo golo concretizado por Rolando, ainda poderia ter dilatado a vantagem para 3 ou mais golos.

Deste jogo e do ponto-de-vista individual não posso deixar de destacar Falcao como o "homem do jogo", seguido de Guarín e de um Fucile que esteve sempre em "alta rotação" durante os 90 minutos.

Boa vitória do F.C Porto, justa, sabendo-se de antemão que o F.C Porto é capaz de fazer mais e melhor. Para tal faltou Fernando que é unanimemente considerado como um dos "pilares" da estrutura Portista e não é à "toa" que foi merecedor há bem pouco tempo de um "Dragão de Ouro", como reconhecimento do seu progresso.



Termino aqui o meu "post" deixando o video do momento que marcou positivamente este jogo. Falcao "assina" um golo que me fez recordar Rabah Madjer na final de Viena'87. É por momentos destes que o futebol é considerado como o maior espectáculo do mundo... Deliciem-se!


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