
O Estádio do Dragão foi palco do primeiro "clássico" da temporada 2009/10. O desafio colocava F.C Porto e Sporting frente-a-frente e a equipa de Jesualdo levou vantagem no "duelo".
Cedo se percebeu que o F.C Porto tinha entrado na disposição de resolver rápidamente o assunto. Uns 20 minutos absolutamente "sufocantes" do F.C Porto resultaram num golo madrugador da autoria, pois claro, de Radamel Falcao. É absolutamente notável a forma como este "matador" Colombiano "baralhou" Anderson Polga num livre distintamente cobrado por Fernando Belluschi.
O golo surgiu aos 2.5 minutos e mesmo em vantagem no marcador, o F.C Porto manteve um "pressing" extremamente alto até mais ou menos a meio da primeira-parte. A partir deste período o ritmo foi baixando até ao intervalo, mas sempre com controlo absoluto do jogo por parte dos "Dragões".
Na segunda-parte o jogo foi realizado a um ritmo mais baixo, sendo certo que apenas o F.C Porto criou oportunidades dignas de registo para alargar o marcador. Falcao poderia inclusive ter "bisado" mas algum infortúnio (e mérito do guarda-redes adversário) impediu que este concretiza-se uma grande penalidade.
O penalty defendido por Patrício galvanizou um pouco o Sporting que apesar de tudo, à excepção de um cabeceamento à trave de Postiga (ainda na primeira-parte), nunca criou muito perigo à baliza defendida por Helton.
Mas o jogo não se resume ao golo de Falcao. Ficam na "retina" as brilhantes exibições de Fucile, Fernando, Belluschi, Hulk e do inevitável Falcao.
Hulk voltou mesmo ao seu estado habitual e deu o mote para uma exibição vistosa do ponto-de-vista ofensivo. Realizou um jogo cheio de força e de "ganas", principalmente durante a primeira-parte em que foi um quebra-cabeças sem solução para Grimi.
A defesa do Sporting teve efectivamente bastantes problemas nesta partida já que à conta de Falcao e Hulk toda ela ficou "amarelada" (creio que à excepção de Carriço). Em dois dos casos houve inclusive "reincidência", já que Anderson Polga e Miguel Veloso foram justamente expulsos da partida (curiosidade ou não, a castigar faltas duras sobre Hulk).
Paulo Bento surge no final da partida com declarações excessivamente viradas para Duarte Gomes, o que de algum modo já se esperava a partir do momento que o Sporting sofresse um resultado adverso. Aliás, todo este "choradinho" do Sporting vem sendo nos últimos anos uma táctica habitual para ombrear com equipas que investem de forma mais significativa nos seus planteis. Meros modelos de gestão desportiva...
Queria no entanto não terminar esta minha análise sem tecer elogios à louvável atitude de Falcao neste jogo. A dado momento da partida o jogador rachou a cabeça e mesmo ensanguentado não virou a cara à "luta" (a imagem comprova-o), permanecendo dentro de campo até que lhe fosse dada ordem de saída. Aqui se vê o espírito e atitude de um jogador que para além das enormes potencialidades mostra um profissionalismo admirável.
2 comentários:
Foi um jogo interessante, só não o foi mais porque realmente o Sporting a jogar com 10 na segunda parte tornou-se difícil no entanto mesmo assim criou ali alguns lances perigosos provocando até algum medo a Jesualdo que tirou um avançado para por um médio defensivo.
De resto foi um resultado justo, o Sporting realmente tem 2 ou 3 excelentes jogadores mas com jogadores de tão baixo nível na defesa torna-se difícil.
Quanto ao "expirito guerreiro" do Falcao ele devia ser contemplado era com um Amarelo sabes quantas doenças são transmissíveis pelo sangue? se ele tivesse 2 palmos de testa tinha era saído logo mas enfim... acho que fica mal vires enaltecer isso quando é sem duvida um acto que deve ser condenado.
Sim eu sei que devia ter saido e sei das consequências dessa atitude. Eu próprio estava a ver o jogo e comentei que era incompreensivel o facto do árbitro não ter parado o jogo.
Eu como é óbvio preferia que ele saisse no imediato para ser assistido, mas apenas enalteci este momento porque mesmo com certamente alguma dor e ensanguentado o jogador não virou a cara à luta. Foi uma atitude inconsciente e que não devia ter sido tomada, mas por outro lado não deixa de confirmar o profissionalismo dele. Tens toda a razão quando condenas o facto do jogador ensanguentado ficar em campo...dou-te toda a razão nisso. Apenas destaquei este momento pelo aspecto da dedicação, só isso porque de resto é condenável.
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