quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mais uma taça "de" Feijões


Dormiam os portugueses em vésperas de mais uma manhã de trabalho e lá andavam os craques benfiquistas, em terras canadianas, a conquistar mais um troféu (o quinto) na época 2009/10. Os 3-1 ao Celtic de Glasgow constituíram a prova de que este Benfica de Jorge Jesus nem mesmo em jogos a feijões "fecha para descanso do pessoal". E como gostaram da festa "encarnada" os mais de 20 mil emigrantes que quase encheram as bancadas do BMO Field e viram as "águias" erguerem a CNE Cup.

Agradável... mas com um senão

Um Benfica em versão soccer para português ver e escocês temer. De cabeça à roda terão ficado os emigrantes britânicos quando logo aos dois minutos Nélson Oliveira aproveitou o lançamento de Shaffer e rompeu pela esquerda antes de acertar no ferro e permitir ao companheiro de ataque, Keirrison, estrear-se a marcar de águia ao peito. Uma dupla inédita e que mostrou credenciais na madrugada do jogo. Quanto aos quase 20 mil espectadores presentes no BMO Field, só lhes restou aplaudir.

Dando continuidade ao luxo atacante visto e revisto na "era" Jesus, o Benfica marcou pelo 16.º jogo consecutivo. Um luxo, mesmo tendo em conta a aposta em vários jovens. É que além de Nélson Oliveira, também Roderick Miranda e Rúben Pinto foram titulares na estreia de Júlio César. O guardião brasileiro mostrou elasticidade para deter a primeira ameaça do Celtic de Glasgow, aos 13 minutos.

Nada que assustasse Di María e companheiros. O argentino, tal como Shaffer e Javi García, foi um dos poucos resistentes da profíqua noite de segunda-feira. Uma bomba do número 20, desferida de fora da área, foi desactivada na hora "H" por Dominic Cervi naquela que foi a evidência do maior poder de fogo "encarnado". Ganharam uma segunda vida os escoceses que em cima do intervalo empataram a contenda. Uma recarga vitoriosa de Paul McGowan, uma espécie de herói escocês ainda assim sem direito a nome na camisola.

Putos-maravilha

Mas foi o mesmo jogador a mostrar credenciais quando, logo no início da segunda parte, acertou na barra. A resposta benfiquista surgiu pela cabeça de Roderick. Só falhou a pontaria. Outro jovem, de nome Rúben Pinto, assumiu o papel de herói benfiquista quando, aos 58 minutos, após assistência de Di María, perguntou a Cervi para que lado queria a bola e meteu-a lá dentro, consumando uma estreia em grande estilo. Guarda-redes para um lado... bola para outro.

Aos poucos, Jorge Jesus apostava na carga pesada. Depois de Rúben Amorim e David Luiz, também Saviola foi chamado ao jogo. E foi o atacante a estar a um ferro apenas do terceiro golo. Um aviso para o que se seguiria. Estoiro de Di María e Saviola eficaz na recarga. Um autêntico coelho saído da cartola de Jesus e que confirmou a conquista do quinto troféu do Benfica 2009/2010 numa noite em que nem mesmo as lesões de Luís Filipe e Rúben Amorim, resquícios de uma vergonhosa arbitragem, estragaram a festa dos emigrantes lusos.

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