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Jogou-se hoje, em Águeda, aquele que era o jogo em atraso referente à última jornada da Taça de Portugal.
Depois de um tão apregoado adiamento de jogo, mais do que justíficável (na medida em que as condições de terreno eram deploráveis), o F.C Porto apresentou-se (novamente) diante da turma de Oliveira de Azeméis, desta feita em Águeda.
Ainda que o relvado não estivesse em perfeitas condições (e isso foi notório no desenrolar da partida), o jogo reunia os requisitos mínimos para a sua realização. Como tal, o F.C Porto jogou, venceu e apartir do segundo tento actuou em "piloto automático".
Os dois golos que deram forma a uma vitória inequívoca, foram alcançados sem grande esforço por parte da globalidade da equipa e, em particular, destacaria até alguns lances de displicência de jogadores como, por exemplo, Fucile.
Aliás, não só Fucile como também Varela, embora não tenham jogado mal, não se esforçaram como vem sendo habitual em ambos. Por outro lado, o lado esquerdo da equipa do F.C Porto funcionou quase na perfeição. Álvaro Pereira regressou das férias com as "baterias recarregadas" e o seu compatriota C.Rodriguez foi, sem dúvida, uma das figuras do jogo.
O extremo Uruguaio "batalhou", correu, fintou, cruzou e ainda foi dando uma "perninha" em sectores mais recuados, no que concerna à recuperação de bolas. Foi definitivamente uma das notas positivas desta partida.
A par de Álvaro e C.Rodriguez, destacaria as exibições de todos os elementos do meio-campo, com particular destaque para Raul Meireles que acrescentou um golo e uma assistência para golo ao seu registo (golo de Rolando).
Fernando nesta partida voltou a ser o "bombeiro" de serviço, mostrando sempre uma disponibilidade enorme para recuperar bolas e impedir todas e quaisquer investidas de uma desinibida equipa de Oliveira de Azeméis.
Quanto à exibição de Belluschi, foi mais uma vez de bom nível. Com uma série de passes certeiros e alguns deles de execução dificil (como por exemplo, o que deu origem ao penalty cometido sobre o Orlando Sá), o nº10 Argentino desmistificou aquela ideia que apenas paira na cabeça de Jesualdo que, eventualmente, este jogador não se adaptaria a terrenos mais pesados.
Pura ilusão, já que o relvado não estando em perfeitas condições (longe disso), não o impediu de fazer o seu jogo habitual e, como tal, o F.C Porto voltou aos golos e às vitórias.
Por fim e não menos importante, destacaria a exibição intermitente de Orlando Sá. O jovem jogador Português vinha de uma lesão gravíssima (foram cerca de sete meses parado) e, como tal, seria de esperar que não apresentasse ritmo competitivo à altura do que seria exigível. Aliás, o jogador aliou a essa falta de ritmo, o natural nervosismo por estar pela primeira vez na sua ainda curta carreira a defender as cores de um clube de tamanha grandeza. Ainda assim e perante todas estas condicionantes, assistimos a uma exibição esforçada, com alguns pormenores interessantes a espaços, mas que obviamente fica marcada pela dupla infelicidade no lance do penalty. Orlando Sá falha o penalty e, escandalosamente, falha a recarga.
Há dias assim. Os grandes jogadores também têm os seus momentos de desinspiração, sendo certo que para Orlando Sá atingir esse estatuto, terá de se tornar um jogador mais maduro. O tempo, o F.C Porto e Jesualdo Ferreira farão dele, concerteza, o futuro ponta-de-lança da Selecção Nacional.
Dito isto, termino esta minha análise com um pequeno destaque para um pormenor deveras interessante. No decorrer da partida, foi notório da parte dos comentadores uma certa "êxtase" quando a Oliveirense protagonizava alguns lances que poderiam ser perigosos (no final de contas todos eles foram condenados ao insucesso). Por oposição, quando o F.C Porto concretizou o primeiro e segundo golo, notou-se algum desencanto no tom de voz com que os comentadores anunciavam o resultado. Ora se isto seria normal em Vitor Paneira (que toda a gente já conhece a sua preferência clubística), eu direi que me causa um pouco de impressão ver o restante comentador (cujo nome desconheço) manifestar-se de tal forma. Para o cargo que ocupa exigia-se um pouco de contenção da sua parte.
Mas enfim, são acontecimentos do futebol.
O F.C Porto segue então em frente na Taça de Portugal e entra em 2010 com o pé-direito.
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