Nunca dei grande valor à Taça da Liga e não será o recente apuramento do F.C Porto para as meias-finais que me irá fazer mudar de ideia. Sempre achei que esta Taça para lá da sua inutilidade no plano no futebol Português, apresenta debilidades do ponto de vista regulamentar que a "fragilizam" perante as restantes competições (Nacionais e Internacionais).
No entanto e mais do que a vitória, começarei por fazer referência ao aspecto mais positivo de todo o jogo. Falo precisamente na mudança de sistema (já há muito tempo defendida pelos adeptos Portistas, na globalidade) que, mais dia menos dia, trará "frutos" à actual estrutura Portista.
Não faria qualquer sentido ter contratado Ruben Micael se não fosse para avançar para a estrutura de 4-4-2 e foi isso que Jesualdo fez.
Com este sistema, no qual Ruben se integrou com bastante eficiência, vimos um Tomas Costa em grande plano (sendo o pivôt da manobra defensiva Portista) e um Belluschi mais solto para as acções ofensivas.
Os golos foram obtidos por Belluschi (numa marcação exemplar de um livre directo) e por Orlando Sá (num lance digno de ponta-de-lança). Ambos os jogadores já perseguiam e mereciam este momento, ainda que por motivos diferentes.
Se Belluschi tem sido "atormentado" pela falta de consistência do meio-campo e sobretudo pela oposição dos "postes" e das "traves", já Orlando Sá saiu recentemente de um calvário (refiro-me à sua lesão no joelho).
De agora em diante espero que Jesualo mantenha este modelo de jogo (podendo porventura variar o jogador "A" ou "B"), com vista a criar mecanismos que tornem a equipa mais sólida nos processos ofensivo e defensivo.
Tenho a certeza que Jesualdo, para a Champions, irá optar por jogar em 4-4-2 diante do Arsenal (sobretudo na visita ao Emirates Stadium) e convenhamos que é muito mais simples ir jogar em 4-4-2 com todos os mecanismos solidificados, do que mudar esporadicamente o sistema para um só jogo.
Em relação às notas individuais, destacaria acima de tudo Tomas Costa (que faz um grande jogo na posição "6"), Belluschi e Ruben Micael (que foram os dois estrategas de serviço) e Orlando Sá pela forma como "batalhou" pelo mais que merecido golo.
Em contrapartida a minha nota mais negativa vai para Mariano que tem uma irregularidade exibicional dentro do próprio jogo que ninguém compreende. Tão depressa faz um bom drible, como asseguir conclui a jogada com um cruzamento para a bancada.
Sinceramente e com o mercado de Janeiro aberto, acho que estamos na presença de uma boa oportunidade de vender este jogador que tem tanto de esforçado como de trapalhão.
Não percebo como é que jogadores como o Mariano ainda permanecem no plantel, ao passo que jogadores como Ukra nem vêm o seu regresso ao Dragão equacionado. Mas isso são contas de um treinador que aparente alguma vontade de mudar o processo e rendimento do jogo Portista. Nada mau.
Um último destaque para o Estoril que, a meu ver, mostrou mais futebol que muitas das equipas da primeira liga. Desta exibição do Estoril gostaria de destacar Lulinha que aparentemente tem um potencial enorme. Os clubes da Liga Sagres têm andado a "dormir".
À parte daquilo que foi o jogo jogado, não queria terminar este "post" sem fazer referência aos comportamentos primários de determinados adeptos "anti-Porto" assim que os Dragões se deslocam ao Sul.
Depois dos funcionários do meu clube serem agredidos dentro de túneis (premeditadamente), depois dos nossos jogadores serem suspensos por tempo indefinido, depois dos nossos golos válidos serem invalidados, só faltava mesmo apedrejarem o autocarro da equipa e o carro do Presidente. No comments!
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