
Foi com naturalidade e com algum desinteresse à mistura que o F.C Porto carimbou a primeira vitória na Taça da Liga. É notório (aliás, é óbvio) que o F.C Porto dispensaria bem a participação nesta fracassada competição. Se estivessemos a pensar numa perspectiva de rodagem de jogadores, para isso já existiria a Liga Intercalar.
Em todo o caso, o F.C Porto jogou o suficiente e a espaços até fez jogadas muito boas diante de um Leixões que, segundo José Mota, se apresentára na máxima força.
O golo da vitória foi alcançado pelo "explosivo" Varela, num golpe de cabeça absolutamente fantástico. Qual ponta-de-lança!
Este jogador é na realidade um tremendo talento. Desde a energia que coloca em campo, passando pela capacidade técnica, recepção, remate e a consequente eficácia.
O golo foi obtido perto do intervalo e na sequência de um livre batido por um jogador que, na globalidade, foi o melhor em campo. Para quem não o conhecia, eis o cartão de apresentação de Diego Valeri. Tecnicamente extremamente dotado, exímio na marcação das bolas paradas (e não me refiro apenas ao livre que deu o golo a Varela, pois a par desse lance foi ele o "assistente" para pelo menos mais três oportunidades flagrantes do novato Orlando Sá), Valeri fez um jogo que deixou os adeptos naturalmente esperançados numa segunda volta de campeonato mais segura e, pois claro, plena de competitividade interna na luta por um lugar no "onze".
Parece-me é "criminoso" um treinador como Jesualdo Ferreira, em jogos como contra o Chelsea (fora), contra o Maritimo (fora), contra o Braga (fora) e contra o Benfica (fora) não tenha utilizado um dos dois "maestros" que lhe foi entregue em mãos. Tanto Valeri como Belluschi são indiscutivelmente dois enormes talentos, cujas apostas não têm sido tão continuas quanto o esperado e, como tal, os resultados estão à vista (pelo menos availando pelos jogos acima referidos).
A par de Valeri (que como referi, foi para mim o melhor jogador em campo), Varela e Álvaro Pereira (que também se exibiu a alto nível), houve um jogador que saltou à vista na primeira-parte. Falo de Maicon. Durante os primeiros 45 minutos este jovem central Brasileiro esteve "intratável". Foi uma autêntica "muralha" que, incompreensivelmente, na segunda-parte viveu momentos complicados.
Pelo aspecto negativo destacaria a exibição algo apática de Prediger, conjuntamente com a habitual intermitência de Mariano.
Orlando Sá, que concluiu o seu segundo jogo de Dragão ao peito, fez uma partida novamente esforçada, foi mais interventivo, mas falhou golos que quer Falcao, quer Farías no seu lugar, não falhariam.
Um último destaque para a entrada de Sérgio Oliveira em campo, a quinze minutos do final do encontro. Ainda teve tempo de marcar um golo que viria (e bem) a ser invalidado. Para quem teve oportunidade de seguir esse lance, deu para depreender dois aspectos de Sérgio Oliveira. Refira-se que é um jogador que tem tanto de talentoso como de "verde". A forma como concretiza o golo perante o guarda-redes do Leixões é sublime, mas por outro lado se Sérgio Oliveira se abstraísse do lance (a quando do passe de Mariano), certamente que Álvaro Pereira não falharia o golo.
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