Os primeiros cinco minutos de jogo demonstraram o que ia ser a primeira parte. Ascendente ofensivo por parte dos “encarnados”, com o Sp. Braga a defender com onze jogadores atrás da linha de meio-campo, sempre à espera de um contra-ataque venenoso.
O Benfica dominou a posse de bola e foi a equipa que criou as melhores ocasiões de golo. Aos sete minutos foi Carlos Martins que obrigou Felipe à primeira defesa da noite, num remate forte de fora da área.
Os campeões nacionais exibiram-se em bom plano e aos 17 minutos, Alan Kardec quase marcou. Na sequência do pontapé de canto, Carlos Martins voltou a rematar com muito perigo para as redes bracarenses. Aos 33 minutos, o inevitável número 17 voltou a rematar de longe e Felipe voltou a defender o esférico com alguma dificuldade. Um duelo à margem do jogo.
A pressão acentuou-se e aos 34 minutos, depois de uma excelente desmarcação de Pablo Aimar, Saviola rematou dentro da área para uma defesa de grande qualida
de do guardião brasileiro do Sp. Braga.A cinco minutos do intervalo, Carlos Martins e Felipe voltaram a encontrar-se. Livre lateral batido pelo médio recentemente convocado por Paulo Bento e Felipe volta defender. Luisão quase conseguiu o desvio vitorioso. Já em cima do apito para o recolher aos balneários, a equipa de Domingos obrigou Roberto à defesa da noite, na sequência de um pontapé forte de Elderson. Refira-se, a única vez, durante os primeiros 45 minutos que os arsenalistas chegaram com perigo à baliza “encarnada”.
No segundo tempo mais do mesmo. O Sporting de Braga recolhido ao seu meio-campo e o Benfica a pressionar. Com três minutos na segunda parte, Carlos Martins voltou a contribuir para o duelo com Felipe, mas atirou por cima. Aos 53 minutos o Benfica teve uma grande oportunidade para marcar e abrir as contas no Estádio da Luz. Maxi Pereira centrou no flanco direito, Kardec ganhou nas alturas à dupla de centrais bracarenses e Saviola sozinho dentro da área atirou por cima. Infelicidade do argentino.
O anti-jogo do Sp. Braga era cada vez mais notório. Os jogadores aproveitavam todos os segundos para cair, ou para não permitir livres marcados rapidamente e o maior exemplo disso foi a eternidade que Vandinho levou a ser assistido e a ser substituído… tudo isto sob o olhar complacente de Duarte Gomes.
Com 72 minutos jogados, o duelo da partida teve um justo vencedor: Carlos Martins fez um golo espectacular. Javier Saviola centrou para o segundo poste e depois de receber com o pé direito, o médio português utilizou o esquerdo para “fuzilar” Felipe e dar justiça ao resultado.
Os minhotos foram obrigados a abrir o jogo, mas a agressividade manteve-se. Que o diga Nico Gaitán, depois de uma entrada muito dura de Moisés. Não se percebe se o defesa bracarense confundiu a meia vermelha do argentino com o Mar Vermelho…
O árbitro Duarte Gomes concedeu seis minutos de tempo extra e Fábio Coentrão ainda teve uma grande oportunidade para fazer o segundo tento dos campeões nacionais, ao aparecer isolado. O remate acabou por sair ao lado da baliza.
No final da partida, o 1-0 é um resultado justo, mas há a lamentar a atitude defensiva da equipa de Domingos Paciência. O Sport Lisboa e Benfica somou a terceira vitória consecutiva na Liga portuguesa.
O treinador do Benfica, Jorge Jesus, apresentou o seguinte onze: Roberto, Maxi Pereira, David Luiz, Luisão, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Carlos Martins, Gaitán (César Peixoto 86’), Aimar, Saviola (Salvio 75’) e Kardec (Weldon 89’).
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