quarta-feira, 6 de outubro de 2010

André Villas-Boas faz "mea culpa": Coerência e personalidade


André Villas-Boas tinha o compromisso de se justificar perante a opinião pública na próxima conferência de imprensa (antevendo o jogo com o Limianos para a Taça), na eventualidade do pretenso penalty aos 77.53 minutos não existir.

Efectivamente a referida grande penalidade não existiu. Compreendo que à distância que o treinador do F.C Porto se encontra do lance, um mau julgamento o possa ter feito pensar o contrário. É que objectivamente e para os mais desatentos até existe uma mão na bola durante a disputa aérea entre Ruben Micael e o defesa-central Vimaranense, no entanto a referida mão pertence a Rúben Micael e não ao seu opositor.

Todas estas conclusões foram retiradas com recurso ao vídeo em alguns programas de "debate" futebolístico e André Villas-Boas num acto de hombridade assumiu o erro de avaliação que havia feito.

Em comunicado e através do site oficial do F.C Porto o jovem técnico Portista fez "mea culpa", mostrou personalidade e foi coerente e honesto para consigo próprio.

Se eu e a generalidade dos adeptos Portistas já tinhamos em excelente conta André Villas-Boas, creio que esta atitude só o fez "ganhar pontos" perante a exigente massa adepta dos Dragões.

Naturalmente que nesse comunicado são vincados outros pontos que não ilibam Carlos Xistra daquela que foi uma má arbitragem (naturalmente com erros para ambos os lados). Agora o que é de salutar é que André Villas-Boas apesar de se ter excedido na "flash-interview" após o jogo, não fez referência à hipotética "felicidade" de Vitor Pereira para, dias mais tarde (e após um acto de pura vassalagem e subserviência para com o clube queixoso) emitir um comunicado onde é enaltecida a coragem do até então "feliz", Vitor Pereira.

Efectivamente e perante a realidade dos factos, André Villas-Boas não só continua a dar "lições" dentro do campo como também fora dele. E porventura algumas das lições vêm sendo dadas a índividuos que já andam pelo futebol à mais anos que o jovem técnico dos Dragões.

Uma última referência para o comportamento da comunicação social após o empate do F.C Porto. Ao fim de 21 jogos sempre a vencer (com 58 golos marcados!), um empate fora de casa e logo diante de um adversário que ainda não tinha perdido pontos perante os seus adeptos, motivou determinados programas de "debate" futebolístico a lançar perguntas aos telespectadores sobre se o F.C Porto "iria quebrar".

Ora, olhando para a felicidade com que este empate foi "festejado" não só pelos rivais mas também por alguma imprensa em particular, poder-se-á dizer que é lisonjeira a forma como todos eles olham para o F.C Porto. Acima de tudo olham para o F.C Porto como um clube vencedor, pelo que qualquer deslize (por mais pequeno que seja), foge sempre dos parâmetros da normalidade e é motivo de "inquérito nacional".

Tomara eu que o F.C Porto durante toda esta época fizesse séries de 11 vitórias seguidas mais um empate. Com esta toada certamente conquistaria todas as provas nas quais está inserido.

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