Os dias que correm não são famosos no que diz respeito quer aos resultados quer às prestações do F.C Porto para o campeonato.
Faz hoje precisamente um ano, que o F.C Porto vivia uma situação idêntica e que se viu forçado a ultrapassar.
Este ano, nem mesmo o apuramento instantâneo para a próxima fase da "Champions" serviu para espicaçar uma equipa que, para lá dos equívocos tácticos de Jesualdo Ferreira, denota uma invulgar "falta de atitude" dentro de campo.
Lembro-me perfeitamente que na época transacta as derrotas com Arsenal (fora), Dinamo Kiev(em casa), Leixões (em casa) e Naval (fora), também deixaram marcas no que diz respeito à confiança e estabilidade da própria equipa. Houve, inclusive, uma fase em que os jogadores precisavam de realizar cerca de 15 remates à baliza (no Dragão), para conseguir marcar um golo.
Toda esta fase foi ultrapassada...e não foi mais que isso, uma fase. E se porventura me pedirem para identificar o momento em que tudo mudou sobretudo do ponto-de-vista anímico, destaco o gesto que o "capitão" Bruno Alves teve no final do jogo contra a Naval, na Figueira da Foz. O facto de ter sido capaz de se dirigir à massa adepta, de ter enfrentado a sua "fúria" e indignação (que era plenamente justificável em função dos resultados menos bons) foi um acto de coragem e revelador de carácter. Funcionou essencialmente como um "sinal" para dentro do balneário e, a partir desse preciso momento, o certo é que o F.C Porto iniciou um ciclo de invencibilidade.
Curiosidade ou não, a verdade é que após a derrota "imperdoável" na Madeira, Bruno Alves voltou a mostrar porque razão é o "capitão" de equipa, enfrentando e justificando-se perante os adeptos. Desta vez, fez inclusive questão de se dirigir à claque e oferecer a sua camisola.
O gesto está assim repetido e esperemos que de agora em diante, o F.C Porto se relance na dinâmica de vitórias a que sempre habituou a exigente massa adepta Portista.
Esta paragem do campeonato, independentemente das ausências da maioria dos jogadores por participação nos jogos internacionais, pode ser fulcral no que diz respeito à recuperação de atletas lesionados que, a dada altura, vinham sendo preponderantes na forma como o F.C Porto se vinha impondo dentro de campo. Neste momento Varela já treina integrado, Fucile está perto da recuperação, Valeri e Miguel Lopes foram recentemente integrados com os colegas no treino, faltando assim apenas Orlando Sá para que o leque de jogadores esteja plenamente à disposição do "mister" Jesualdo Ferreira.
Obviamente que só a recuperação dos jogadores não basta. Jesualdo terá de mudar a sua postura e a forma como aborda o jogo. Não faz sentido ter um plantel completíssimo (recordo que o plantel do F.C Porto é efectivamente o mais caro da Liga) e, no fim de contas, apostar sempre nos mesmos.
Assim sendo, este interregno de duas semanas serve não só para a recuperação dos jogadores (física e anímica), como também para um pouco de reflexão da parte de Jesualdo Ferreira .
Os "dados" estão lançados e tanto os adeptos, como a história e a cultura de vitória deste clube não aceitam outro resultado que não seja a vitória. Ânimo campeões...perdão, TetraCampeões!
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