A Federação Portuguesa de Futebol emitiu, nesta sexta-feira, um comunicado sobre a polémica envolvendo o Oliveirense-F.C. Porto. O organismo descarta responsabilidades, lembrando que foi estudada a possibilidade de mudança para o Estádio de Aveiro (a emprega que gere o recinto pediu uma elevada verba pelo aluguer), que recebeu garantias das forças de segurança e que compete ao árbitro determinar se o relvado estará em condições.
Aqui fica o comunicado na íntegra:
Aqui fica o comunicado na íntegra:
«1. O Estádio Carlos Osório, em Oliveira de Azeméis, foi licenciado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional para a presente época e acolhe os jogos da UD Oliveirense nas diferentes competições em que está envolvida.
2. Não obstante este facto, foi estudada a hipótese de disputar o jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal Millennium no Estádio Municipal de Aveiro, situação que não foi possível concretizar face a condicionantes a que a FPF é totalmente alheia.
3. No passado dia 18 de Novembro, realizou-se uma reunião no Estádio Carlos Osório, que juntou representantes da FPF, Associação de Futebol de Aveiro, UD Oliveirense, Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, além dos comandantes da GNR e do comandante dos Bombeiros. Nessa ocasião, foi assegurado à FPF, pelas forças da ordem, que no dia do jogo será implementado um rigoroso dispositivo que garantirá a segurança de todos os espectadores que se deslocarem ao Estádio, nomeadamente com a entrada dedicada adeptos das duas equipas e com a criação de um cordão de segurança no interior do recinto, composto por Assistentes de Recinto Desportivo e elementos da GNR.
4. Como está previsto regulamentarmente, caberá ao árbitro que vai dirigir o jogo determinar se o relvado está, ou não, em condições para a prática do futebol. 5. A FPF deseja que o jogo entre a UD Oliveirense e o FC Porto seja - como sempre são os jogos da Taça de Portugal - uma verdadeira festa do futebol, disputado dentro do melhor espírito do fair-play, do respeito e do desportivismo.»
in Maisfutebol.iol.pt
Se dúvidas houvesse, eis mais um "episódio" inarrável da incompetência que perdura no seio da Federação Portuguesa de Futebol. Teoricamente os propósitos da FPF passariam por defender os interesses do futebol Português e de tudo o que lhe é inerente, mas na prática o seu Presidente e a restante "escumalha" que o acompanha vive na sombra dos resultados da Selecção Portuguesa. Aliás, depois de insistentes críticas às condições do relvado na Bósnia (que na realidade eram más), seria no mínimo espectável que a Federação intervisse no próximo jogo com a A.D Oliveirense, a contar para a Taça de Portugal. Não está aqui em causa o jogo, não está aqui em causa qualquer que seja o resultado, nem tão pouco o árbitro Bruno Paixão (que por sinal também se perspectiva que esteja ao nível das condições do relvado, ou seja, mal). Está apenas em causa o interesse comum de que as pessoas encham cada vez mais os "nossos" estádios e não que se afastem destes, inclusive por motivos de segurança.
Numa altura em que tanto se vem debatendo a necessidade de levar mais público para os estádios (normalmente um discurso mais adoptado pelo presidente da Liga), eis que a Federação na pessoa de Gilberto Madail dá mais um "tiro nos pés", contribuindo para o cada vez maior desencanto dos adeptos Portugueses para com o futebol (em especial os dos clubes mais modestos).
Com tantos estádios "vazios", com perspectivas de impludir estádios como o de Aveiro pela pouca utilização, porque razão não se transferiu este jogo para um desses campos. Porque não Aveiro? Porque não o Bessa?
É isto a festa da Taça?...Sem comentários.
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