E o vencedor foi o Sport Lucílio Baptista...

Foi hoje o dia em que se realizou a tão "publicitada" final da Taça da Liga. Esta final reuniu Benfica e Sporting no estádio do Algarve, num jogo pautado por um futebol aos "repelões" e por alguns casos bastante polémicos. Para começar, este jogo foi bastante faltoso com a bola na maioria das vezes a ser jogável pelo ar. Neste capítulo, jogadores como Luisão, David Luiz, Derlei e Rochemback revelaram-se as "vedetas" da partida, sendo certo que Luisão ainda nos primeiros 15 minutos teve 3 jogadas passíveis de cartão amarelo, com nenhuma delas a ser devidamente sancionada (ora, sendo esta uma competição da Liga e sabendo que Luisão está em risco de suspensão, haverá motivo para suspeição? Fica a questão no ar...). Por sua vez Derlei e Rochemback tiveram liberdade total para entrar "durinho". Aliás, houve alturas do jogo em que me pareceu que o "Ninja" se abstraiu completamente da bola para se dedicar única e exclusivamente ao seu adversário (custa-me a crer como, sobretudo Derlei, tenha permanecido em campo durante 90 minutos).

Mas o "momento do jogo" esteve longe de ser qualquer um destes lances referidos. Perante o que se passou na segunda-parte, com o Sporting já a ganhar 1-0, estes lances passaram desde logo para um plano secundário. Pois foi então que surgiu Lucílio Baptista no seu melhor ao assinalar uma grande penalidade, que se revelou absolutamente decisiva para o desenrolar natural da partida. A grande penalidade foi completamente falsa e veja-se a reacção efusiva de Di Maria que, à imagem do jogo com o Braga na Luz, lá conseguiu "cavar" novo penalty.

Numa altura em que tanto se apregoa sobre os penaltys marcados a favor do F.C Porto, dos golos do Lucho, das "frutas" e dos "cafés", eis que se pode aplicar a célebre frase: "Pela boca morre o peixe".

Nestas três ultimas semanas fiquei então a saber que, entre outras coisas, uma bola que bate na cara do adversário é considerada falta defensiva e, por sua vez, uma bola que bate do peito de um jogador é considerada como sendo motivo de grande penalidade. Não haja dúvida que o futebol é uma "caixinha de surpresas".

Quanto ao jogo em si, penso que o Paulo Bento teve o que merecia já que, mesmo tendo necessidade de reforçar a defesa com o Abel, foi de todo ridicula a substituição por Vukcevic (que vinha sendo o melhor elemento da parte do Sporting). Nota de destaque ainda para a entrada de Postiga a 2/3 minutos do fim, que se veio a revelar decisivo ao falhar a grande penalidade "capital" do jogo.

Está salva a época do Benfica com este troféu.