quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

F.C Porto domina Marcas



Os diferentes períodos de dominância dos três grandes clubes de futebol em Portugal ao longo do tempo tornam difícil perceber qual o emblema com melhor "marca", embora o FC Porto surja destacado nas últimas duas décadas.

O consultor Ricardo Luz, autor do relatório "As marcas do futebol português - ano 2008", explicou ser "difícil" analisar qual o clube vencedor no campeonato das marcas, embora tenha realçado a supremacia nos resultados do FC Porto nos últimos anos.

"Há períodos diferentes no futebol: O Sporting foi dominante em determinada altura, tal como o Benfica. O FC Porto tem dominado claramente nos últimos anos e, pelos resultados, é a marca mais credível, porque ganhou a maioria das competições a nível nacional, conseguindo também títulos internacionais. Mas olhamos para a história como um todo e os três grandes têm todos períodos de dominância".

Entrevistado pela Agência Lusa, o gestor frisou que uma "grande empresa" não se consegue manter se "não tiver resultados" e explicou que estes resultados devem ser potencializados sistematicamente.

"O clube que não potenciar os resultados desportivos está a perder oportunidades para conseguir mais receitas que, depois, se repercutirá na qualidade da equipa. Tudo isto é um circuito cada vez mais ligado", disse.

Diferenciando claramente, em Portugal, os três "grandes" dos outros clubes, Ricardo Luz explicou que os emblemas mais pequenos estão a começar a gerir melhor a imagem, partindo da "componente comercial, como merchandising, naming dos estádios, plataformas digitais ou lugares anuais, para fidelizar adeptos".

"Sporting de Braga e Vitória de Guimarães, e mesmo o Boavista, têm uma frequência grande na Europa. O Boavista é uma marca forte e seria uma pena não conseguir voltar ao lugar que merece. Os clubes mais pequenos começam a expandir-se pelo país. Braga, Guimarães ou Boavista são clubes com projecção internacional e isso vai abrir novas oportunidades".

Para Ricardo Luz, a "indústria está a crescer", havendo, por isso, "muita gente na Ásia, por exemplo, que, hoje, é adepta de clubes na Europa".

"Com as novas tecnologias, rapidamente passam a consumidores, porque vão a Internet, compram as camisolas dos jogadores preferidos e conseguem ver os jogos. O mercado é global e há aqui uma oportunidade excelente para os clubes. Mas também uma ameaça, como tudo na vida, já que todos os clubes combatem no mercado".

O consultor, no entanto, embora frisando sempre as inúmeras oportunidades de negócio para os clubes lusos, deixou um alerta importante, no respeitante à ética dentro e fora dos relvados.
"Os clubes têm de ter uma relação ética com aqueles com quem se relacionam. Ética não só no sentido desportivo mas da relação com os adeptos, simpatizantes, com os outros clubes e com a indústria em geral.

Luz explicou a existência de "novos consumidores, para os quais o futebol já não é o desporto principal, como é o caso das crianças", que têm ídolos no ténis, no basquetebol da NBA ou na fórmula 1.

"Se o futebol não for capaz de aparecer junto desta faixa como um desporto ético, a atenção dirige-se para outros desportos. Se não tiverem esta relação ética com o mercado, pode-se estar a matar a galinha dos ovos de ouro".

Ricardo Luz disse também querer continuar a fazer este relatório anualmente, sublinhando que a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga "são muito importantes porque monitorizam a indústria, mas também como instituições que podem aprofundar estes estudos, para dar os clubes um instrumento, enquanto informação estruturada".



in OJOGO

1 comentário:

Peter disse...

bla bla bla bla....

Como a marca do clube fosse importante ...

bla bla bla bla...